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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO |
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CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO |
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CONSELHO PLENO |
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RESOLUÇÃO Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015 O 9 |
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Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a |
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formação inicial em nível superior (cursos de |
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licenciatura, cursos de formação pedagógica para |
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graduados e cursos de segunda licenciatura) e para |
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a formação continuada. |
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O Presidente do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições |
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legais e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, Lei nº 9.394, |
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de 20 de dezembro de 1996, Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, Lei nº 11.502, de 11 de |
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julho de 2007, Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, Lei |
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nº 13.005, de 25 de junho de 2014, observados os preceitos dos artigos 61 até 67 e do artigo |
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87 da Lei nº 9.394, de 1996, que dispõem sobre a formação de profissionais do magistério, e |
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considerando o Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009, as Resoluções CNE/CP nº 1, de |
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18 de fevereiro de 2002, CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, CNE/CP nº 1, de 15 de |
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maio de 2006, CNE/CP nº 1, de 11 de fevereiro de 2009, CNE/CP nº 3, de 15 de junho de |
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2012, e as Resoluções CNE/CEB nº 2, de 19 de abril de 1999, e CNE/CEB nº 2, de 25 de |
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fevereiro de 2009, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, bem como o |
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Parecer CNE/CP nº 2, de 9 de junho de 2015, homologado por Despacho do Ministro de |
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Estado da Educação publicado no Diário Oficial do União de 25 de junho de 2015, e |
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CONSIDERANDO que a consolidação das normas nacionais para a formação |
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de profissionais do magistério para a educação básica é indispensável para o projeto nacional |
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da educação brasileira, em seus níveis e suas modalidades da educação, tendo em vista a |
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abrangência e a complexidade da educação de modo geral e, em especial, a educação escolar |
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inscrita na sociedade; |
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CONSIDERANDO que a concepção sobre conhecimento, educação e ensino é |
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basilar para garantir o projeto da educação nacional, superar a fragmentação das políticas |
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públicas e a desarticulação institucional por meio da instituição do Sistema Nacional de |
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Educação, sob relações de cooperação e colaboração entre entes federados e sistemas |
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educacionais; |
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CONSIDERANDO que a igualdade de condições para o acesso e a |
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permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o |
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pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; o respeito à |
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liberdade e o apreço à tolerância; a valorização do profissional da educação; a gestão |
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democrática do ensino público; a garantia de um padrão de qualidade; a valorização da |
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experiência extraescolar; a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas |
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sociais; o respeito e a valorização da diversidade étnico-racial, entre outros, constituem |
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princípios vitais para a melhoria e democratização da gestão e do ensino; |
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CONSIDERANDO que as instituições de educação básica, seus processos de |
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organização e gestão e projetos pedagógicos cumprem, sob a legislação vigente, um papel |
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Resolução CNE/CP 2/2015. Diário Oficial da União, Brasília, 2 de julho de 2015 — Seção 1 — pp. 8-12. |
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(9 Retificação publicada no DOU de 3/7/2015, Seção 1, p. 28: Na Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de |
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2015, publicada no Diário Oficial da União de 2/7/2015, Seção 1, pp. 8-12, no Art. 17, 8 1º, p. 11, onde se lê: "II |
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- atividades ou cursos de extensão, oferecida por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto |
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de extensão aprovado pela instituição de educação superior formadora;", leia-se: "III - atividades ou cursos de |
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extensão, oferecida por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto de extensão aprovado pela |
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instituição de educação superior formadora;". |
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(9 Alterada pela Resolução CNE/CP nº 1, de 9 de agosto de 2017. |
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estratégico na formação requerida nas diferentes etapas (educação infantil, ensino |
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fundamental e ensino médio) e modalidades da educação básica; |
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CONSIDERANDO a necessidade de articular as Diretrizes Curriculares |
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Nacionais para a Formação Inicial e Continuada, em Nível Superior, e as Diretrizes |
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Curriculares Nacionais para a Educação Básica; |
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CONSIDERANDO os princípios que norteiam a base comum nacional para a |
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formação inicial e continuada, tais como: a) sólida formação teórica e interdisciplinar; b) |
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unidade teoria-prática; c) trabalho coletivo e interdisciplinar; d) compromisso social e |
|
valorização do profissional da educação; e) gestão democrática; f) avaliação e regulação dos |
|
cursos de formação; |
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CONSIDERANDO a articulação entre graduação e pós-graduação e entre |
|
pesquisa e extensão como princípio pedagógico essencial ao exercício e aprimoramento do |
|
profissional do magistério e da prática educativa; |
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CONSIDERANDO a docência como ação educativa e como processo |
|
pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares |
|
e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem entre |
|
conhecimentos científicos e culturais, nos valores éticos, políticos e estéticos inerentes ao |
|
ensinar e aprender, na socialização e construção de conhecimentos, no diálogo constante entre |
|
diferentes visões de mundo; |
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CONSIDERANDO o currículo como o conjunto de valores propício à |
|
produção e à socialização de significados no espaço social e que contribui para a construção |
|
da identidade sociocultural do educando, dos direitos e deveres do cidadão, do respeito ao |
|
bem comum e à democracia, às práticas educativas formais e não formais e à orientação para |
|
o trabalho; |
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CONSIDERANDO a realidade concreta dos sujeitos que dão vida ao currículo |
|
e às instituições de educação básica, sua organização e gestão, os projetos de formação, |
|
devem ser contextualizados no espaço e no tempo e atentos às características das crianças, |
|
adolescentes, jovens e adultos que justificam e instituem a vida da/e na escola, bem como |
|
possibilitar a reflexão sobre as relações entre a vida, o conhecimento, a cultura, o profissional |
|
do magistério, o estudante e a instituição; |
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CONSIDERANDO que a educação em e para os direitos humanos é um direito |
|
fundamental constituindo uma parte do direito à educação e, também, uma mediação para |
|
efetivar o conjunto dos direitos humanos reconhecidos pelo Estado brasileiro em seu |
|
ordenamento jurídico e pelos países que lutam pelo fortalecimento da democracia, e que a |
|
educação em direitos humanos é uma necessidade estratégica na formação dos profissionais |
|
do magistério e na ação educativa em consonância com as Diretrizes Nacionais para a |
|
Educação em Direitos Humanos; |
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CONSIDERANDO a importância do profissional do magistério e de sua |
|
valorização profissional, assegurada pela garantia de formação inicial e continuada, plano de |
|
carreira, salário e condições dignas de trabalho; |
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CONSIDERANDO o trabalho coletivo como dinâmica político-pedagógica |
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que requer planejamento sistemático e integrado, |
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Resolve: |
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CAPÍTULO I |
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS |
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Art. 1º Ficam instituídas, por meio da presente Resolução, as Diretrizes |
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Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de |
|
Profissionais do Magistério para a Educação Básica, definindo princípios, fundamentos, |
|
dinâmica formativa e procedimentos a serem observados nas políticas, na gestão e nos |
|
programas e cursos de formação, bem como no planejamento, nos processos de avaliação e de |
|
regulação das instituições de educação que as ofertam. |
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8 1º Nos termos do 8 1º do artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação |
|
Nacional (LDB), as instituições formadoras em articulação com os sistemas de ensino, em |
|
regime de colaboração, deverão promover, de maneira articulada, a formação inicial e |
|
continuada dos profissionais do magistério para viabilizar o atendimento às suas |
|
especificidades nas diferentes etapas e modalidades de educação básica, observando as |
|
normas específicas definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). |
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8 2º As instituições de ensino superior devem conceber a formação inicial e |
|
continuada dos profissionais do magistério da educação básica na perspectiva do atendimento |
|
às políticas públicas de educação, às Diretrizes Curriculares Nacionais, ao padrão de |
|
qualidade e ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), manifestando |
|
organicidade entre o seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), seu Projeto |
|
Pedagógico Institucional (PPT) e seu Projeto Pedagógico de Curso (PPC) como expressão de |
|
uma política articulada à educação básica, suas políticas e diretrizes. |
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83º Os centros de formação de estados e municípios, bem como as instituições |
|
educativas de educação básica que desenvolverem atividades de formação continuada dos |
|
profissionais do magistério, devem concebê-la atendendo às políticas públicas de educação, às |
|
Diretrizes Curriculares Nacionais, ao padrão de qualidade e ao Sistema Nacional de Avaliação |
|
da Educação Superior (Sinaes), expressando uma organicidade entre o seu Plano Institucional, |
|
o Projeto Político Pedagógico (PPP) e o Projeto Pedagógico de Formação Continuada (PPFC) |
|
através de uma política institucional articulada à educação básica, suas políticas e diretrizes. |
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Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e |
|
Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica |
|
aplicam-se à formação de professores para o exercício da docência na educação infantil, no |
|
ensino fundamental, no ensino médio e nas respectivas modalidades de educação (Educação |
|
de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do |
|
Campo, Educação Escolar Indígena, Educação a Distância e Educação Escolar Quilombola), |
|
nas diferentes áreas do conhecimento e com integração entre elas, podendo abranger um |
|
campo específico e/ou interdisciplinar. |
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8 1º Compreende-se a docência como ação educativa e como processo |
|
pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares |
|
e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem na |
|
construção e apropriação dos valores éticos, linguísticos, estéticos e políticos do |
|
conhecimento inerentes à sólida formação científica e cultural do ensinar/aprender, à |
|
socialização e construção de conhecimentos e sua inovação, em diálogo constante entre |
|
diferentes visões de mundo. |
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8 2º No exercício da docência, a ação do profissional do magistério da |
|
educação básica é permeada por dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas por meio de |
|
sólida formação, envolvendo o domínio e manejo de conteúdos e metodologias, diversas |
|
linguagens, tecnologias e inovações, contribuindo para ampliar a visão e a atuação desse |
|
profissional. |
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Art. 3º A formação inicial e a formação continuada destinam-se, |
|
respectivamente, à preparação e ao desenvolvimento de profissionais para funções de |
|
magistério na educação básica em suas etapas — educação infantil, ensino fundamental, ensino |
|
médio — e modalidades — educação de jovens e adultos, educação especial, educação |
|
profissional e técnica de nível médio, educação escolar indígena, educação do campo, |
|
educação escolar quilombola e educação a distância — a partir de compreensão ampla e |
|
contextualizada de educação e educação escolar, visando assegurar a produção e difusão de |
|
conhecimentos de determinada área e a participação na elaboração e implementação do |
|
projeto político-pedagógico da instituição, na perspectiva de garantir, com qualidade, os |
|
direitos e objetivos de aprendizagem e o seu desenvolvimento, a gestão democrática e a |
|
avaliação institucional. |
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$ 1º Por educação entendem-se os processos formativos que se desenvolvem na |
|
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino, pesquisa e |
|
extensão, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas relações criativas |
|
entre natureza e cultura. |
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8 2º Para fins desta Resolução, a educação contextualizada se efetiva, de modo |
|
sistemático e sustentável, nas instituições educativas, por meio de processos pedagógicos |
|
entre os profissionais e estudantes articulados nas áreas de conhecimento específico e/ou |
|
interdisciplinar e pedagógico, nas políticas, na gestão, nos fundamentos e nas teorias sociais e |
|
pedagógicas para a formação ampla e cidadã e para o aprendizado nos diferentes níveis, |
|
etapas e modalidades de educação básica. |
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83º A formação docente inicial e continuada para a educação básica constitui |
|
processo dinâmico e complexo, direcionado à melhoria permanente da qualidade social da |
|
educação e à valorização profissional, devendo ser assumida em regime de colaboração pelos |
|
entes federados nos respectivos sistemas de ensino e desenvolvida pelas instituições de |
|
educação credenciadas. |
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8 4º Os profissionais do magistério da educação básica compreendem aqueles |
|
que exercem atividades de docência e demais atividades pedagógicas, incluindo a gestão |
|
educacional dos sistemas de ensino e das unidades escolares de educação básica, nas diversas |
|
etapas e modalidades de educação (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, |
|
educação de jovens e adultos, educação especial, educação profissional e técnica de nível |
|
médio, educação escolar indígena, educação do campo, educação escolar quilombola e |
|
educação a distância), e possuem a formação mínima exigida pela legislação federal das |
|
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. |
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8 5º São princípios da Formação de Profissionais do Magistério da Educação |
|
Básica: |
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I - a formação docente para todas as etapas e modalidades da educação básica |
|
como compromisso público de Estado, buscando assegurar o direito das crianças, jovens e |
|
adultos à educação de qualidade, construída em bases científicas e técnicas sólidas em |
|
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica; |
|
|
|
II - a formação dos profissionais do magistério (formadores e estudantes) como |
|
compromisso com projeto social, político e ético que contribua para a consolidação de uma |
|
nação soberana, democrática, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos indivíduos e |
|
grupos sociais, atenta ao reconhecimento e à valorização da diversidade e, portanto, contrária |
|
a toda forma de discriminação; |
|
|
|
II - a colaboração constante entre os entes federados na consecução dos |
|
objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação |
|
Básica, articulada entre o Ministério da Educação (MEC), as instituições formadoras e os |
|
sistemas e redes de ensino e suas instituições; |
|
|
|
IV - a garantia de padrão de qualidade dos cursos de formação de docentes |
|
ofertados pelas instituições formadoras; |
|
|
|
V - a articulação entre a teoria e a prática no processo de formação docente, |
|
fundada no domínio dos conhecimentos científicos e didáticos, contemplando a |
|
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; |
|
|
|
VI - o reconhecimento das instituições de educação básica como espaços |
|
necessários à formação dos profissionais do magistério; |
|
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|
VII - um projeto formativo nas instituições de educação sob uma sólida base |
|
teórica e interdisciplinar que reflita a especificidade da formação docente, assegurando |
|
organicidade ao trabalho das diferentes unidades que concorrem para essa formação; |
|
|
|
VIII - a equidade no acesso à formação inicial e continuada, contribuindo para |
|
a redução das desigualdades sociais, regionais e locais; |
|
IX - a articulação entre formação inicial e formação continuada, bem como |
|
entre os diferentes níveis e modalidades de educação; |
|
|
|
X - a compreensão da formação continuada como componente essencial da |
|
profissionalização inspirado nos diferentes saberes e na experiência docente, integrando-a ao |
|
cotidiano da instituição educativa, bem como ao projeto pedagógico da instituição de educação |
|
básica; |
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XI - a compreensão dos profissionais do magistério como agentes formativos |
|
de cultura e da necessidade de seu acesso permanente às informações, vivência e atualização |
|
culturais. |
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8 6º O projeto de formação deve ser elaborado e desenvolvido por meio da |
|
articulação entre a instituição de educação superior e o sistema de educação básica, |
|
envolvendo a consolidação de fóruns estaduais e distrital permanentes de apoio à formação |
|
docente, em regime de colaboração, e deve contemplar: |
|
|
|
I- sólida formação teórica e interdisciplinar dos profissionais; |
|
|
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IH - a inserção dos estudantes de licenciatura nas instituições de educação |
|
básica da rede pública de ensino, espaço privilegiado da práxis docente; |
|
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|
III - o contexto educacional da região onde será desenvolvido; |
|
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|
IV - as atividades de socialização e a avaliação de seus impactos nesses |
|
contextos; |
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V - a ampliação e o aperfeiçoamento do uso da Língua Portuguesa e da |
|
capacidade comunicativa, oral e escrita, como elementos fundamentais da formação dos |
|
professores, e da aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras); |
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|
|
VI - as questões socioambientais, éticas, estéticas e relativas à diversidade |
|
étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural como princípios |
|
de equidade. |
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8 7º Os cursos de formação inicial e continuada de profissionais do magistério |
|
da educação básica para a educação escolar indígena, a educação escolar do campo e a |
|
educação escolar quilombola devem reconhecer que: |
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|
I - a formação inicial e continuada de profissionais do magistério para a |
|
educação básica da educação escolar indígena, nos termos desta Resolução, deverá considerar |
|
as normas e o ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando à |
|
valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua |
|
diversidade étnica; |
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II - a formação inicial e continuada de profissionais do magistério para a |
|
educação básica da educação escolar do campo e da educação escolar quilombola, nos termos |
|
desta Resolução, deverá considerar a diversidade étnico-cultural de cada comunidade. |
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Art. 4º A instituição de educação superior que ministra programas e cursos de |
|
formação inicial e continuada ao magistério, respeitada sua organização acadêmica, deverá |
|
contemplar, em sua dinâmica e estrutura, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão para |
|
garantir efetivo padrão de qualidade acadêmica na formação oferecida, em consonância com o |
|
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPT) e o |
|
Projeto Pedagógico de Curso (PPC). |
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Parágrafo único. Os centros de formação de estados e municípios, bem como as |
|
instituições educativas de educação básica que desenvolverem atividades de formação |
|
continuada dos profissionais do magistério, deverão contemplar, em sua dinâmica e estrutura, |
|
a articulação entre ensino e pesquisa, para garantir efetivo padrão de qualidade acadêmica na |
|
formação oferecida, em consonância com o plano institucional, o projeto político-pedagógico |
|
e o projeto pedagógico de formação continuada. |
|
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. CAPÍTULO II . |
|
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO |
|
PARA EDUCAÇÃO BÁSICA: BASE COMUM NACIONAL |
|
Art. 5º A formação de profissionais do magistério deve assegurar a base |
|
comum nacional, pautada pela concepção de educação como processo emancipatório e |
|
permanente, bem como pelo reconhecimento da especificidade do trabalho docente, que |
|
conduz à práxis como expressão da articulação entre teoria e prática e à exigência de que se |
|
leve em conta a realidade dos ambientes das instituições educativas da educação básica e da |
|
profissão, para que se possa conduzir o(a) egresso(a): |
|
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|
I - à integração e interdisciplinaridade curricular, dando significado e |
|
relevância aos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural, consoantes às |
|
exigências da educação básica e da educação superior para o exercício da cidadania e |
|
qualificação para o trabalho; |
|
|
|
II - à construção do conhecimento, valorizando a pesquisa e a extensão como |
|
princípios pedagógicos essenciais ao exercício e aprimoramento do profissional do magistério |
|
e ao aperfeiçoamento da prática educativa; |
|
|
|
III - ao acesso às fontes nacionais e internacionais de pesquisa, ao material de |
|
apoio pedagógico de qualidade, ao tempo de estudo e produção acadêmica-profissional, |
|
viabilizando os programas de fomento à pesquisa sobre a educação básica; |
|
|
|
IV - às dinâmicas pedagógicas que contribuam para o exercício profissional e o |
|
desenvolvimento do profissional do magistério por meio de visão ampla do processo |
|
formativo, seus diferentes ritmos, tempos e espaços, em face das dimensões psicossociais, |
|
histórico-culturais, afetivas, relacionais e interativas que permeiam a ação pedagógica, |
|
possibilitando as condições para o exercício do pensamento crítico, a resolução de problemas, |
|
o trabalho coletivo e interdisciplinar, a criatividade, a inovação, a liderança e a autonomia; |
|
|
|
V - à elaboração de processos de formação do docente em consonância com as |
|
mudanças educacionais e sociais, acompanhando as transformações gnosiológicas e |
|
epistemológicas do conhecimento; |
|
|
|
VI - ao uso competente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) |
|
para o aprimoramento da prática pedagógica e a ampliação da formação cultural dos(das) |
|
professores(as) e estudantes; |
|
|
|
VII - à promoção de espaços para a reflexão crítica sobre as diferentes |
|
linguagens e seus processos de construção, disseminação e uso, incorporando-os ao processo |
|
pedagógico, com a intenção de possibilitar o desenvolvimento da criticidade e da criatividade; |
|
|
|
VIII - à consolidação da educação inclusiva através do respeito às diferenças, |
|
reconhecendo e valorizando a diversidade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa |
|
geracional, entre outras; |
|
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|
IX - à aprendizagem e ao desenvolvimento de todos(as) os(as) estudantes |
|
durante o percurso educacional por meio de currículo e atualização da prática docente que |
|
favoreçam a formação e estimulem o aprimoramento pedagógico das instituições. |
|
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Art. 6º A oferta, o desenvolvimento e a avaliação de atividades, cursos e |
|
programas de formação inicial e continuada, bem como os conhecimentos específicos, |
|
interdisciplinares, os fundamentos da educação e os conhecimentos pedagógicos, bem como |
|
didáticas e práticas de ensino e as vivências pedagógicas de profissionais do magistério nas |
|
modalidades presencial e a distância, devem observar o estabelecido na legislação e nas |
|
regulamentações em vigor para os respectivos níveis, etapas e modalidades da educação |
|
nacional, assegurando a mesma carga horária e instituindo efetivo processo de organização, |
|
de gestão e de relação estudante/professor, bem como sistemática de acompanhamento e |
|
avaliação do curso, dos docentes e dos estudantes. |
|
|
|
CAPÍTULO II |
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DO(A) EGRESSO(A) DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA |
|
Art. 7º O(A) egresso(a) da formação inicial e continuada deverá possuir um |
|
repertório de informações e habilidades composto pela pluralidade de conhecimentos teóricos |
|
e práticos, resultado do projeto pedagógico e do percurso formativo vivenciado cuja |
|
consolidação virá do seu exercício profissional, fundamentado em princípios de |
|
interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética |
|
e sensibilidade afetiva e estética, de modo a lhe permitir: |
|
|
|
I - o conhecimento da instituição educativa como organização complexa na |
|
função de promover a educação para e na cidadania; |
|
|
|
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de |
|
interesse da área educacional e específica; |
|
|
|
III - a atuação profissional no ensino, na gestão de processos educativos e na |
|
organização e gestão de instituições de educação básica. |
|
|
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Parágrafo único. O PPC, em articulação com o PPI e o PDI, deve abranger |
|
diferentes características e dimensões da iniciação à docência, entre as quais: |
|
|
|
I - estudo do contexto educacional, envolvendo ações nos diferentes espaços |
|
escolares, como salas de aula, laboratórios, bibliotecas, espaços recreativos e desportivos, |
|
ateliês, secretarias; |
|
|
|
Il - desenvolvimento de ações que valorizem o trabalho coletivo, |
|
interdisciplinar e com intencionalidade pedagógica clara para o ensino e o processo de ensino- |
|
aprendizagem; |
|
|
|
II - planejamento e execução de atividades nos espaços formativos |
|
(instituições de educação básica e de educação superior, agregando outros ambientes |
|
culturais, científicos e tecnológicos, físicos e virtuais que ampliem as oportunidades de |
|
construção de conhecimento), desenvolvidas em níveis crescentes de complexidade em |
|
direção à autonomia do estudante em formação; |
|
|
|
IV - participação nas atividades de planejamento e no projeto pedagógico da |
|
escola, bem como participação nas reuniões pedagógicas e órgãos colegiados; |
|
|
|
V - análise do processo pedagógico e de ensino-aprendizagem dos conteúdos |
|
específicos e pedagógicos, além das diretrizes e currículos educacionais da educação básica; |
|
|
|
VI - leitura e discussão de referenciais teóricos contemporâneos educacionais e |
|
de formação para a compreensão e a apresentação de propostas e dinâmicas didático- |
|
pedagógicas; |
|
|
|
VII - cotejamento e análise de conteúdos que balizam e fundamentam as |
|
diretrizes curriculares para a educação básica, bem como de conhecimentos específicos |
|
pedagógicos, concepções e dinâmicas didático-pedagógicas, articuladas à prática e à |
|
experiência dos professores das escolas de educação básica, seus saberes sobre a escola e |
|
sobre a mediação didática dos conteúdos; |
|
|
|
VIII - desenvolvimento, execução, acompanhamento e avaliação de projetos |
|
educacionais, incluindo o uso de tecnologias educacionais e diferentes recursos e estratégias |
|
didático-pedagógicas; |
|
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|
IX - sistematização e registro das atividades em portfólio ou recurso |
|
equivalente de acompanhamento. |
|
|
|
Art. 8º O(A) egresso(a) dos cursos de formação inicial em nível superior |
|
deverá, portanto, estar apto a: |
|
|
|
I - atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade |
|
justa, equânime, igualitária; |
|
|
|
II - compreender o seu papel na formação dos estudantes da educação básica a |
|
partir de concepção ampla e contextualizada de ensino e processos de aprendizagem e |
|
desenvolvimento destes, incluindo aqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na |
|
idade própria; |
|
|
|
D |
|
III - trabalhar na promoção da aprendizagem e do desenvolvimento de sujeitos |
|
em diferentes fases do desenvolvimento humano nas etapas e modalidades de educação |
|
básica; |
|
|
|
IV - dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico- |
|
metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do |
|
desenvolvimento humano; |
|
|
|
V - relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos |
|
processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e |
|
comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem; |
|
|
|
VI - promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a |
|
família e a comunidade; |
|
|
|
VII - identificar questões e problemas socioculturais e educacionais, com |
|
postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de |
|
contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, |
|
religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras; |
|
|
|
VIII - demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de |
|
natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes |
|
sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras; |
|
|
|
IX - atuar na gestão e organização das instituições de educação básica, |
|
planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas |
|
educacionais; |
|
|
|
X - participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para |
|
a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto |
|
pedagógico; |
|
|
|
XI - realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre os estudantes e |
|
sua realidade sociocultural, sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios |
|
ambiental-ecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo |
|
e práticas pedagógicas, entre outros; |
|
|
|
XII - utilizar instrumentos de pesquisa adequados para a construção de |
|
conhecimentos pedagógicos e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria prática e a |
|
discussão e disseminação desses conhecimentos; |
|
|
|
XIII - estudar e compreender criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais, |
|
além de outras determinações legais, como componentes de formação fundamentais para o |
|
exercício do magistério. |
|
|
|
Parágrafo único. Os professores indígenas e aqueles que venham a atuar em |
|
escolas indígenas, professores da educação escolar do campo e da educação escolar |
|
quilombola, dada a particularidade das populações com que trabalham e da situação em que |
|
atuam, sem excluir o acima explicitado, deverão: |
|
|
|
I - promover diálogo entre a comunidade junto a quem atuam e os outros |
|
grupos sociais sobre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas |
|
e religiosas próprios da cultura local; |
|
|
|
II - atuar como agentes interculturais para a valorização e o estudo de temas |
|
específicos relevantes. |
|
|
|
CAPÍTULO IV |
|
DA FORMAÇÃO INICIAL DO MAGISTÉRIO DA |
|
EDUCAÇÃO BÁSICA EM NÍVEL SUPERIOR |
|
|
|
Art. 9º Os cursos de formação inicial para os profissionais do magistério para a |
|
educação básica, em nível superior, compreendem: |
|
|
|
I- cursos de graduação de licenciatura; |
|
|
|
II - cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados; |
|
III - cursos de segunda licenciatura. |
|
|
|
8 1º A instituição formadora definirá no seu projeto institucional as formas de |
|
desenvolvimento da formação inicial dos profissionais do magistério da educação básica |
|
articuladas às políticas de valorização desses profissionais e à base comum nacional |
|
explicitada no capítulo TI desta Resolução. |
|
|
|
8 2º A formação inicial para o exercício da docência e da gestão na educação |
|
básica implica a formação em nível superior adequada à área de conhecimento e às etapas de |
|
atuação. |
|
|
|
8 3º A formação inicial de profissionais do magistério será ofertada, |
|
preferencialmente, de forma presencial, com elevado padrão acadêmico, científico e |
|
tecnológico e cultural. |
|
|
|
Art. 10. A formação inicial destina-se àqueles que pretendem exercer o |
|
magistério da educação básica em suas etapas e modalidades de educação e em outras áreas |
|
nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, compreendendo a articulação entre |
|
estudos teórico-práticos, investigação e reflexão crítica, aproveitamento da formação e |
|
experiências anteriores em instituições de ensino. |
|
|
|
Parágrafo único. As atividades do magistério também compreendem a atuação |
|
e participação na organização e gestão de sistemas de educação básica e suas instituições de |
|
ensino, englobando: |
|
|
|
I - planejamento, desenvolvimento, coordenação, acompanhamento e avaliação |
|
de projetos, do ensino, das dinâmicas pedagógicas e experiências educativas; |
|
|
|
II - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico das áreas |
|
específicas e do campo educacional. |
|
|
|
Art. 11. A formação inicial requer projeto com identidade própria de curso de |
|
licenciatura articulado ao bacharelado ou tecnológico, a outra(s) licenciatura(s) ou a cursos de |
|
formação pedagógica de docentes, garantindo: |
|
|
|
I - articulação com o contexto educacional, em suas dimensões sociais, |
|
culturais, econômicas e tecnológicas; |
|
|
|
II - efetiva articulação entre faculdades e centros de educação, institutos, |
|
departamentos e cursos de áreas específicas, além de fóruns de licenciatura; |
|
|
|
III - coordenação e colegiado próprios que formulem projeto pedagógico e se |
|
articulem com as unidades acadêmicas envolvidas e, no escopo do PDI e PPI, tomem decisões |
|
sobre a organização institucional e sobre as questões administrativas no âmbito de suas |
|
competências; |
|
|
|
IV - interação sistemática entre os sistemas, as instituições de educação |
|
superior e as instituições de educação básica, desenvolvendo projetos compartilhados; |
|
|
|
V - projeto formativo que assegure aos estudantes o domínio dos conteúdos |
|
específicos da área de atuação, fundamentos e metodologias, bem como das tecnologias; |
|
|
|
VI - organização institucional para a formação dos formadores, incluindo |
|
tempo e espaço na jornada de trabalho para as atividades coletivas e para o estudo e a |
|
investigação sobre o aprendizado dos professores em formação; |
|
|
|
VII - recursos pedagógicos como biblioteca, laboratórios, videoteca, entre |
|
outros, além de recursos de tecnologias da informação e da comunicação, com qualidade e |
|
quantidade, nas instituições de formação; |
|
|
|
VIII - atividades de criação e apropriação culturais junto aos formadores e |
|
futuros professores. |
|
|
|
Art. 12. Os cursos de formação inicial, respeitadas a diversidade nacional e a |
|
autonomia pedagógica das instituições, constituir-se-ão dos seguintes núcleos: |
|
|
|
I - núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e |
|
interdisciplinares, e do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas |
|
realidades educacionais, articulando: |
|
a) princípios, concepções, conteúdos e critérios oriundos de diferentes áreas do |
|
conhecimento, incluindo os conhecimentos pedagógicos, específicos e interdisciplinares, os |
|
fundamentos da educação, para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e da |
|
sociedade; |
|
|
|
b) princípios de justiça social, respeito à diversidade, promoção da participação |
|
e gestão democrática; |
|
|
|
c) conhecimento, avaliação, criação e uso de textos, materiais didáticos, |
|
procedimentos e processos de ensino e aprendizagem que contemplem a diversidade social e |
|
cultural da sociedade brasileira; |
|
|
|
d) observação, análise, planejamento, desenvolvimento e avaliação de |
|
processos educativos e de experiências educacionais em instituições educativas; |
|
|
|
e) conhecimento multidimensional e interdisciplinar sobre o ser humano e |
|
práticas educativas, incluindo conhecimento de processos de desenvolvimento de crianças, |
|
adolescentes, jovens e adultos, nas dimensões física, cognitiva, afetiva, estética, cultural, |
|
lúdica, artística, ética e biopsicossocial; |
|
|
|
f) diagnóstico sobre as necessidades e aspirações dos diferentes segmentos da |
|
sociedade relativamente à educação, sendo capaz de identificar diferentes forças e interesses, |
|
de captar contradições e de considerá-los nos planos pedagógicos, no ensino e seus processos |
|
articulados à aprendizagem, no planejamento e na realização de atividades educativas; |
|
|
|
g) pesquisa e estudo dos conteúdos específicos e pedagógicos, seus |
|
fundamentos e metodologias, legislação educacional, processos de organização e gestão, |
|
trabalho docente, políticas de financiamento, avaliação e currículo; |
|
|
|
h) decodificação e utilização de diferentes linguagens e códigos linguístico- |
|
sociais utilizadas pelos estudantes, além do trabalho didático sobre conteúdos pertinentes às |
|
etapas e modalidades de educação básica; |
|
|
|
i) pesquisa e estudo das relações entre educação e trabalho, educação e |
|
diversidade, direitos humanos, cidadania, educação ambiental, entre outras problemáticas |
|
centrais da sociedade contemporânea; |
|
|
|
j) questões atinentes à ética, estética e ludicidade no contexto do exercício |
|
profissional, articulando o saber acadêmico, a pesquisa, a extensão e a prática educativa; |
|
|
|
1) pesquisa, estudo, aplicação e avaliação da legislação e produção específica |
|
sobre organização e gestão da educação nacional. |
|
|
|
II - núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação |
|
profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos, priorizadas pelo projeto |
|
pedagógico das instituições, em sintonia com os sistemas de ensino, que, atendendo às |
|
demandas sociais, oportunizará, entre outras possibilidades: |
|
|
|
a) investigações sobre processos educativos, organizacionais e de gestão na |
|
área educacional; |
|
|
|
b) avaliação, criação e uso de textos, materiais didáticos, procedimentos e |
|
processos de aprendizagem que contemplem a diversidade social e cultural da sociedade |
|
brasileira; |
|
|
|
c) pesquisa e estudo dos conhecimentos pedagógicos e fundamentos da |
|
educação, didáticas e práticas de ensino, teorias da educação, legislação educacional, políticas |
|
de financiamento, avaliação e currículo. |
|
|
|
d) Aplicação ao campo da educação de contribuições e conhecimentos, como o |
|
pedagógico, o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o |
|
linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural; |
|
|
|
INI - núcleo de estudos integradores para enriquecimento curricular, |
|
compreendendo a participação em: |
|
|
|
a) seminários e estudos curriculares, em projetos de iniciação científica, |
|
iniciação à docência, residência docente, monitoria e extensão, entre outros, definidos no |
|
|
|
10 |
|
projeto institucional da instituição de educação superior e diretamente orientados pelo corpo |
|
docente da mesma instituição; |
|
|
|
b) atividades práticas articuladas entre os sistemas de ensino e instituições |
|
educativas de modo a propiciar vivências nas diferentes áreas do campo educacional, |
|
assegurando aprofundamento e diversificação de estudos, experiências e utilização de |
|
recursos pedagógicos; |
|
|
|
c) mobilidade estudantil, intercâmbio e outras atividades previstas no PPC; |
|
|
|
d) atividades de comunicação e expressão visando à aquisição e à apropriação |
|
de recursos de linguagem capazes de comunicar, interpretar a realidade estudada e criar |
|
conexões com a vida social. |
|
|
|
. CAPÍTULO V . , |
|
DA FORMAÇÃO INICIAL DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA |
|
EM NÍVEL SUPERIOR: ESTRUTURA E CURRÍCULO |
|
|
|
Art. 13. Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica |
|
em nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas especializadas, por |
|
componente curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar, considerando-se a |
|
complexidade e multirreferencialidade dos estudos que os englobam, bem como a formação |
|
para o exercício integrado e indissociável da docência na educação básica, incluindo o ensino |
|
e a gestão educacional, e dos processos educativos escolares e não escolares, da produção e |
|
difusão do conhecimento científico, tecnológico e educacional, estruturam-se por meio da |
|
garantia de base comum nacional das orientações curriculares. |
|
|
|
8 1º Os cursos de que trata o caput terão, no mínimo, 3.200 (três mil e |
|
duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, em cursos com duração de, no mínimo, 8 |
|
(oito) semestres ou 4 (quatro) anos, compreendendo: |
|
|
|
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, |
|
distribuídas ao longo do processo formativo; |
|
|
|
II - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de |
|
formação e atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for |
|
o caso, conforme o projeto de curso da instituição; |
|
|
|
III - pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas às atividades |
|
formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II do artigo 12 desta |
|
Resolução, conforme o projeto de curso da instituição; |
|
|
|
IV - 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em |
|
áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo definido no inciso III do artigo |
|
12 desta Resolução, por meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da extensão e da |
|
monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição. |
|
|
|
8 2º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos |
|
específicos da respectiva área de conhecimento ou interdisciplinares, seus fundamentos e |
|
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na |
|
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos |
|
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua |
|
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e |
|
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. |
|
|
|
8 3º Deverá ser garantida, ao longo do processo, efetiva e concomitante relação |
|
entre teoria e prática, ambas fornecendo elementos básicos para o desenvolvimento dos |
|
conhecimentos e habilidades necessários à docência. |
|
|
|
8 4º Os critérios de organização da matriz curricular, bem como a alocação de |
|
tempos e espaços curriculares, se expressam em eixos em torno dos quais se articulam |
|
dimensões a serem contempladas, como previsto no artigo 12 desta Resolução. |
|
|
|
11 |
|
8 5º Nas licenciaturas, curso de Pedagogia, em educação infantil e anos iniciais |
|
do ensino fundamental a serem desenvolvidas em projetos de cursos articulados, deverão |
|
preponderar os tempos dedicados à constituição de conhecimento sobre os objetos de ensino, |
|
e nas demais licenciaturas o tempo dedicado às dimensões pedagógicas não será inferior à |
|
quinta parte da carga horária total. |
|
|
|
8 6º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da |
|
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente |
|
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico. |
|
|
|
Art. 14. Os cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados, de |
|
caráter emergencial e provisório, ofertados a portadores de diplomas de curso superior |
|
formados em cursos relacionados à habilitação pretendida com sólida base de conhecimentos |
|
na área estudada, devem ter carga horária mínima variável de 1.000 (mil) a 1.400 (mil e |
|
quatrocentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, dependendo da equivalência entre o curso |
|
de origem e a formação pedagógica pretendida. |
|
|
|
8 1º A definição da carga horária deve respeitar os seguintes princípios: |
|
|
|
I - quando o curso de formação pedagógica pertencer à mesma área do curso de |
|
origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.000 (mil) horas; |
|
|
|
II - quando o curso de formação pedagógica pertencer a uma área diferente da |
|
do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.400 (mil e quatrocentas) horas; |
|
|
|
II - a carga horária do estágio curricular supervisionado é de 300 (trezentas) |
|
horas; |
|
|
|
IV - deverá haver 500 (quinhentas) horas dedicadas às atividades formativas |
|
referentes ao inciso I deste parágrafo, estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II |
|
do artigo 12 desta Resolução, conforme o projeto de curso da instituição; |
|
|
|
V - deverá haver 900 (novecentas) horas dedicadas às atividades formativas |
|
referentes ao inciso II deste parágrafo, estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II |
|
do artigo 12 desta Resolução, conforme o projeto de curso da instituição; |
|
|
|
VI - deverá haver 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de |
|
aprofundamento em áreas específicas de interesse dos alunos, conforme núcleo definido no |
|
inciso II do artigo 12, consoante o projeto de curso da instituição; |
|
|
|
8 2º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos |
|
específicos da respectiva área de conhecimento ou interdisciplinares, seus fundamentos e |
|
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na |
|
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos |
|
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua |
|
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e |
|
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. |
|
|
|
8 3º Cabe à instituição de educação superior ofertante do curso verificar a |
|
compatibilidade entre a formação do candidato e a habilitação pretendida. |
|
|
|
8 4º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da |
|
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente |
|
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico. |
|
|
|
85º A oferta dos cursos de formação pedagógica para graduados poderá ser |
|
realizada por instituições de educação superior, preferencialmente universidades, que ofertem |
|
curso de licenciatura reconhecido e com avaliação satisfatória realizada pelo Ministério da |
|
Educação e seus órgãos na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos |
|
autorizativos. |
|
|
|
8 6º A oferta de cursos de formação pedagógica para graduados deverá ser |
|
considerada quando dos processos de avaliação do curso de licenciatura mencionado no |
|
parágrafo anterior. |
|
|
|
8 7º No prazo máximo de 5 (cinco) anos, o Ministério da Educação, em |
|
articulação com os sistemas de ensino e com os fóruns estaduais permanentes de apoio à |
|
|
|
12 |
|
formação docente, procederá à avaliação do desenvolvimento dos cursos de formação |
|
pedagógica para graduados, definindo prazo para sua extinção em cada estado da federação. |
|
|
|
Art. 15. Os cursos de segunda licenciatura terão carga horária mínima variável |
|
de 800 (oitocentas) a 1.200 (mil e duzentas) horas, dependendo da equivalência entre a |
|
formação original e a nova licenciatura. |
|
|
|
8 1º A definição da carga horária deve respeitar os seguintes princípios: |
|
|
|
I - quando o curso de segunda licenciatura pertencer à mesma área do curso de |
|
origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 800 (oitocentas) horas; |
|
|
|
II - quando o curso de segunda licenciatura pertencer a uma área diferente da |
|
do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.200 (mil e duzentas) horas; |
|
|
|
II - a carga horária do estágio curricular supervisionado é de 300 (trezentas) |
|
horas; |
|
|
|
$ 2º Durante o processo formativo, deverá ser garantida efetiva e concomitante |
|
relação entre teoria e prática, ambas fornecendo elementos básicos para o desenvolvimento |
|
dos conhecimentos e habilidades necessários à docência. |
|
|
|
8 3º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos |
|
específicos da respectiva área de conhecimento e/ou interdisciplinar, seus fundamentos e |
|
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na |
|
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos |
|
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua |
|
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e |
|
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. |
|
|
|
8 4º Os cursos descritos no caput poderão ser ofertados a portadores de |
|
diplomas de cursos de graduação em licenciatura, independentemente da área de formação. |
|
|
|
8 5º Cabe à instituição de educação superior ofertante do curso verificar a |
|
compatibilidade entre a formação do candidato e a habilitação pretendida. |
|
|
|
8 6º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da |
|
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente |
|
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico. |
|
|
|
8 7º Os portadores de diploma de licenciatura com exercício comprovado no |
|
magistério e exercendo atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da |
|
carga horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 100 (cem) horas. |
|
|
|
8 8º A oferta dos cursos de segunda licenciatura poderá ser realizada por |
|
instituição de educação superior que oferte curso de licenciatura reconhecido e com avaliação |
|
satisfatória pelo MEC na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos |
|
autorizativos. |
|
|
|
89º A oferta de cursos de segunda licenciatura deverá ser considerada quando |
|
dos processos de avaliação do curso de licenciatura mencionado no parágrafo anterior. |
|
|
|
8 10. Os cursos de segunda licenciatura para professores em exercício na |
|
educação básica pública, coordenados pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas |
|
de ensino e realizados por instituições públicas e comunitárias de educação superior, |
|
obedecerão às diretrizes operacionais estabelecidas na presente Resolução. |
|
|
|
. CAPÍTULO VI . |
|
DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO |
|
|
|
Art. 16. A formação continuada compreende dimensões coletivas, |
|
organizacionais e profissionais, bem como o repensar do processo pedagógico, dos saberes e |
|
valores, e envolve atividades de extensão, grupos de estudos, reuniões pedagógicas, cursos, |
|
programas e ações para além da formação mínima exigida ao exercício do magistério na |
|
educação básica, tendo como principal finalidade a reflexão sobre a prática educacional e a |
|
busca de aperfeiçoamento técnico, pedagógico, ético e político do profissional docente. |
|
|
|
13 |
|
Parágrafo único. A formação continuada decorre de uma concepção de |
|
desenvolvimento profissional dos profissionais do magistério que leva em conta: |
|
|
|
I - os sistemas e as redes de ensino, o projeto pedagógico das instituições de |
|
educação básica, bem como os problemas e os desafios da escola e do contexto onde ela está |
|
inserida; |
|
|
|
II - a necessidade de acompanhar a inovação e o desenvolvimento associados |
|
ao conhecimento, à ciência e à tecnologia; |
|
|
|
III - o respeito ao protagonismo do professor e a um espaço-tempo que lhe |
|
permita refletir criticamente e aperfeiçoar sua prática; |
|
|
|
IV - o diálogo e a parceria com atores e instituições competentes, capazes de |
|
contribuir para alavancar novos patamares de qualidade ao complexo trabalho de gestão da |
|
sala de aula e da instituição educativa. |
|
|
|
Art. 17. A formação continuada, na forma do artigo 16, deve se dar pela oferta |
|
de atividades formativas e cursos de atualização, extensão, aperfeiçoamento, especialização, |
|
mestrado e doutorado que agreguem novos saberes e práticas, articulados às políticas e gestão |
|
da educação, à área de atuação do profissional e às instituições de educação básica, em suas |
|
diferentes etapas e modalidades da educação. |
|
|
|
8 1º Em consonância com a legislação, a formação continuada envolve: |
|
|
|
I - atividades formativas organizadas pelos sistemas, redes e instituições de |
|
educação básica incluindo desenvolvimento de projetos, inovações pedagógicas, entre outros; |
|
|
|
II - atividades ou cursos de atualização, com carga horária mínima de 20 |
|
(vinte) horas e máxima de 80 (oitenta) horas, por atividades formativas diversas, direcionadas |
|
à melhoria do exercício do docente; |
|
|
|
II - atividades ou cursos de extensão, oferecida por atividades formativas |
|
diversas, em consonância com o projeto de extensão aprovado pela instituição de educação |
|
superior formadora; |
|
|
|
IV - cursos de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 (cento e |
|
oitenta) horas, por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto pedagógico |
|
da instituição de educação superior; |
|
|
|
V - cursos de especialização lato sensu por atividades formativas diversas, em |
|
consonância com o projeto pedagógico da instituição de educação superior e de acordo com |
|
as normas e resoluções do CNE; |
|
|
|
VI - cursos de mestrado acadêmico ou profissional, por atividades formativas |
|
diversas, de acordo com o projeto pedagógico do curso/programa da instituição de educação |
|
superior, respeitadas as normas e resoluções do CNE e da Coordenação de Aperfeiçoamento |
|
de Pessoal de Nível Superior — Capes; |
|
|
|
VII - curso de doutorado, por atividades formativas diversas, de acordo com o |
|
projeto pedagógico do curso/programa da instituição de educação superior, respeitadas as |
|
normas e resoluções do CNE e da Capes. |
|
|
|
8 2º A instituição formadora, em efetiva articulação com o planejamento |
|
estratégico do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente e com os sistemas e |
|
redes de ensino e com as instituições de educação básica, definirá no seu projeto |
|
institucional as formas de desenvolvimento da formação continuada dos profissionais do |
|
magistério da educação básica, articulando-as às políticas de valorização a serem efetivadas |
|
pelos sistemas de ensino. |
|
|
|
CAPÍTULO vII . |
|
DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO E SUA VALORIZAÇÃO |
|
|
|
Art. 18. Compete aos sistemas de ensino, às redes e às instituições educativas a |
|
|
|
responsabilidade pela garantia de políticas de valorização dos profissionais do magistério da |
|
educação básica, que devem ter assegurada sua formação, além de plano de carreira, de |
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acordo com a legislação vigente, e preparação para atuar nas etapas e modalidades da |
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educação básica e seus projetos de gestão, conforme definido na base comum nacional e nas |
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diretrizes de formação, segundo o PDI, PPI e PPC da instituição de educação superior, em |
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articulação com os sistemas e redes de ensino de educação básica. |
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8 1º Os profissionais do magistério da educação básica compreendem aqueles |
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que exercem atividades de docência e demais atividades pedagógicas, como definido no artigo |
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3º, 8 4º, desta Resolução; |
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8 2º No quadro dos profissionais do magistério da instituição de educação |
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básica deve constar quem são esses profissionais, bem como a clara explicitação de sua |
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titulação, atividades e regime de trabalho. |
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83º A valorização do magistério e dos demais profissionais da educação deve |
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ser entendida como uma dimensão constitutiva e constituinte de sua formação inicial e |
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continuada, incluindo, entre outros, a garantia de construção, definição coletiva e aprovação |
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de planos de carreira e salário, com condições que assegurem jornada de trabalho com |
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dedicação exclusiva ou tempo integral a ser cumprida em um único estabelecimento de ensino |
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e destinação de 1/3 (um terço) da carga horária de trabalho a outras atividades pedagógicas |
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inerentes ao exercício do magistério, tais como: |
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I- preparação de aula, estudos, pesquisa e demais atividades formativas; |
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II - participação na elaboração e efetivação do projeto político-pedagógico da |
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instituição educativa; |
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III - orientação e acompanhamento de estudantes; |
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IV - avaliação de estudantes, de trabalhos e atividades pedagógicas; |
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V - reuniões com pais, conselhos ou colegiados escolares; |
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VI - participação em reuniões e grupos de estudo e/ou de trabalho, de |
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coordenação pedagógica e gestão da escola; |
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VII - atividades de desenvolvimento profissional; |
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VIII - outras atividades de natureza semelhante e relacionadas à comunidade |
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escolar na qual se insere a atividade profissional. |
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Art. 19. Como meio de valorização dos profissionais do magistério público nos |
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planos de carreira e remuneração dos respectivos sistemas de ensino, deverá ser garantida a |
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convergência entre formas de acesso e provimento ao cargo, formação inicial, formação |
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continuada, jornada de trabalho, incluindo horas para as atividades que considerem a carga |
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horária de trabalho, progressão na carreira e avaliação de desempenho com a participação dos |
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pares, asseverando-se: |
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I - acesso à carreira por concurso de provas e títulos orientado para assegurar a |
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qualidade da ação educativa; |
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II - fixação do vencimento ou salário inicial para as carreiras profissionais da |
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educação de acordo com a jornada de trabalho definida nos respectivos planos de carreira no |
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caso dos profissionais do magistério, com valores nunca inferiores ao do Piso Salarial |
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Profissional Nacional, vedada qualquer diferenciação em virtude da etapa ou modalidade de |
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educação e de ensino de atuação; |
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III - diferenciação por titulação dos profissionais da educação escolar básica |
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entre os habilitados em nível médio e os habilitados em nível superior e pós-graduação lato |
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sensu, com percentual compatível entre estes últimos e os detentores de cursos de mestrado e |
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doutorado; |
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IV - revisão salarial anual dos vencimentos ou salários conforme a Lei do Piso; |
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V - manutenção de comissão paritária entre gestores e profissionais da |
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educação e os demais setores da comunidade escolar para estudar as condições de trabalho e |
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propor políticas, práticas e ações para o bom desempenho e a qualidade dos serviços prestados |
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à sociedade; |
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VI - elaboração e implementação de processos avaliativos para o estágio |
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probatório dos profissionais do magistério, com a sua participação; |
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VII - oferta de programas permanentes e regulares de formação e |
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aperfeiçoamento profissional do magistério e a instituição de licenças remuneradas e |
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formação em serviço, inclusive em nível de pós-graduação, de modo a atender às |
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especificidades do exercício de suas atividades, bem como os objetivos das diferentes etapas e |
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modalidades da educação básica. |
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Art. 20. Os critérios para a remuneração dos profissionais do magistério |
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público devem se pautar nos preceitos da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que |
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estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional, e no artigo 22 da Lei nº 11.494, de 20 de |
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junho de 2007, que dispõe sobre a parcela da verba do Fundo de Manutenção e |
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Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb), destinada ao |
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pagamento dos profissionais do magistério, bem como no artigo 69 da Lei nº 9.394, de 20 de |
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dezembro de 1996, que define os percentuais mínimos de investimento dos entes federados na |
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educação, em consonância com a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano |
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Nacional de Educação (PNE). |
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Parágrafo único. As fontes de recursos para o pagamento da remuneração dos |
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profissionais do magistério público são aquelas descritas no artigo 212 da Constituição |
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Federal e no artigo 60 do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, além de |
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recursos provenientes de outras fontes vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do |
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ensino. |
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Art. 21. Sobre as formas de organização e gestão da educação básica, incluindo |
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as orientações curriculares, os entes federados e respectivos sistemas de ensino, redes e |
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instituições educativas deverão garantir adequada relação numérica professor/educando, |
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levando em consideração as características dos educandos, do espaço físico, das etapas e |
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modalidades da educação e do projeto pedagógico e curricular. |
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CAPÍTULO vm |
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DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS |
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Art. 22. Os cursos de formação de professores que se encontram em |
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funcionamento deverão se adaptar a esta Resolução no prazo de 2 (dois) anos, a contar da data |
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de sua publicação. |
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Parágrafo único. Os pedidos de autorização para funcionamento de curso em |
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andamento serão restituídos aos proponentes para que sejam feitas as adequações necessárias. |
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Art. 23. Os processos de avaliação dos cursos de licenciatura serão realizados |
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pelo órgão próprio do sistema e acompanhados por comissões próprias de cada área. |
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Art. 24. Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica |
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em nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas interdisciplinares, serão |
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objeto de regulamentação suplementar. |
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Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as |
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disposições em contrário, em especial a Resolução CNE/CP nº 2, de 26 de junho de 1997, a |
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Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de setembro de 1999, a Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de |
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fevereiro de 2002 e suas alterações, a Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002 e |
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suas alterações, a Resolução nº 1, de 11 de fevereiro de 2009, e a Resolução nº 3, de 7 de |
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dezembro de 2012. |
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GILBERTO GONÇALVES GARCIA |
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