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§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. |
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. |
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. |
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. |
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. |
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. |
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. |
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. |
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. (Vide ADI nº 5737) (Vide ADI nº 5492) |
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. |
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. |
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. |
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. |
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: |
I - o foro de situação dos bens imóveis; |
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; |
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. |
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. |
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. |
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. |
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. |
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. |
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. (Vide ADI nº 5737) (Vide ADI nº 5492) |
Art. 53. É competente o foro: |
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: |
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; |
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; |
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; |
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019) |
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; |
III - do lugar: |
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; |
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; |
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; |
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; |
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; |
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; |
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: |
a) de reparação de dano; |
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; |
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. |
Seção II |
Da Modificação da Competência |
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. |
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. |
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. |
§ 2º Aplica-se o disposto no caput : |
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; |
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. |
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. |