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USP_2024_6
6
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
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"Na coluna do ativo como na do passivo, seria difícil exagerar o papel do açúcar na história do Brasil colonial. Se ele foi o produto que proporcionou a base inicial solidamente econômica para o esforço do colonizador, foi também o que plasmou o regime de propriedade latifundiária, instalou a escravidão africana na América portuguesa e, no seu exclusivismo, inibiu o desenvolvimento da policultura (...), embora estimulando, em áreas apartadas, a pecuária e a lavoura de subsistência. (...) Ele desenvolveu um estilo de vida que marcou a existência de todas as camadas da população que integrou, reservando, contudo, seus privilégios a uns poucos." MELLO, Evaldo Cabral de. Um imenso Portugal: História e historiografia. São Paulo: Ed. 34, 2002. p.110. O texto indica que, no Nordeste açucareiro dos séculos XVI e XVII,
{ "text": [ "a mão de obra de escravizados de origem africana e \nindígena era empregada nos canaviais, na pecuária e na \nlavoura de subsistência.", "a distribuição de terras baseava-se na concessão, pela \nCoroa portuguesa, de privilégios e pequenos lotes a \ndonatários.", "os privilégios concentravam-se nas mãos dos senhores de \nengenho, em detrimento da população escravizada ou \nlivre e pobre.", "o desenvolvimento de relações socioeconômicas fundadas \nna horizontalidade recebia estímulos governamentais.", "o modo de produção feudal prevaleceu na exploração \nagrícola pela metrópole." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
USP_2024_8
8
USP_2024
2024
USP
[ "philosophy" ]
null
"Entre os anos de 2012 e 2022, o número de pessoas autodeclaradas pretas e pardas aumentou em uma taxa superior à do crescimento do total da população do país, segundo o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. No caso dos negros, essa porcentagem variou de 7,4% em 2012 para 10,6% em 2022. '(...) uma das hipóteses para o crescimento da proporção é que a percepção racial tenha mudado dentro da população, nos últimos anos'." O Globo, 22/07/2022; CNN Brasil, 16/06/2023. "Pois bem, é justamente a partir daí que aparece a necessidade de teorizar as 'raças' como o que elas são, ou seja, construtos sociais, formas de identidade baseadas numa ideia biológica errônea, mas eficaz, socialmente, para construir, manter e reproduzir diferenças e privilégios. Se as raças não existem num sentido estritamente realista de ciência, ou seja, se não são um fato do mundo físico, são, contudo, plenamente existentes no mundo social, produtos de formas de classificar e de identificar que orientam as ações dos seres humanos." GUIMARÃES, Antônio Sergio Alfredo. Raças e estudos de relações raciais no Brasil. Novos Estudos CEBRAP, n.54, 1999. p.153. Relacionando os dados trazidos pela PNAD/IBGE e o conceito de raça do sociólogo Antônio Sergio Alfredo Guimarães, é correto afirmar:
{ "text": [ "A hipótese de que a autopercepção racial de parte dos \nbrasileiros mudou está em conflito com a tese de que raça \né um construto social. Isso porque, como os traços \nfenotípicos da população brasileira mantiveram-se os \nmesmos de 2012 a 2022, não haveria motivos para o \naumento dos autodeclarados pretos e pardos.", "A tese de que raças são construtos sociais ganha força \ndiante das mudanças na autopercepção de parte dos \nbrasileiros sobre sua condição racial. Alterações culturais \ne ideológicas da inserção social de negros e pardos teriam \npermitido o crescimento dos assim autodeclarados.", "As alterações na autopercepção racial captadas pelas \npesquisas do IBGE não guardam relação com a ideia de que \nraça é um construto social. Na verdade, reafirmam que as \nraças são realidades biológicas e que mais indivíduos \nestariam se dando conta do seu verdadeiro pertencimento \nracial.", "Os dados colhidos pelo IBGE sobre o aumento da \nautodeclaração racial dos respondentes como pretos e \npardos indicam que houve um aumento dessa população \nno Brasil, o que contraria a tese de que raça é um \nconstruto social, e não uma realidade biológica.", "A existência do racismo no Brasil indica que a tese de raça \ncomo construto social está errada. Se raça fosse um \nconstruto social, e não uma realidade biológica, os \nindivíduos prefeririam se declarar como brancos para \nevitar serem vítimas de racismo." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_9
9
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"O lugar do ensino superior agora tem as portas abertas. A (...) Constituição é que impõe essa situação por decreto. Mas (...) este não pode garantir que todos tenham a tal 'capacidade' que lhes vai permitir o aproveitamento dessa educação. Há rapazes – até agora são poucas as moças com a força de vontade que Jabu, ainda menina, tinha para dar e vender – que recebem bolsas ou auxílios de algum tipo (...). As 'aulas de reforço' (...): um band-aid. Steve sabe que isso não é uma solução para o abismo da educação ruim do fundo do qual os alunos tentam emergir. A Luta não terminou. – (...) Eu tenho alunos de estudos africanos que não sabem escrever (...). – Então o que é que nós devíamos estar fazendo? (...) O professor Nielson ainda usa terno (...), embora o padrão da indumentária tenha relaxado a partir do exemplo dado pelas túnicas de Mandela. (...) – Você não está propondo que a gente baixe ainda mais os critérios de admissão à universidade. Então a universidade é pra avançar no conhecimento ou é pra andar pra trás? O que Steve está perguntando é se esse ensino adicional de faz de conta na esperança de elevar os alunos a um nível universitário pode compensar dez anos de educação primária e secundária de péssimo nível." GORDIMER, Nadine. O melhor tempo é o tempo presente. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. p.82-83. No excerto do romance da escritora sul-africana Nadine Gordimer, é possível identificar:
{ "text": [ "o regime de apartheid em vigor na África do Sul na época \nem que o romance se passa, que mantinha alunos e \nprofessores negros fora da universidade.", "a segregação formal das mulheres no acesso à educação, \nconforme estabelecido pela Constituição promulgada no \npós-apartheid.", "as eficazes estratégias de apoio aos estudantes pobres \npara assegurar a boa qualidade da educação básica e \nsuperior na época do apartheid.", "as incertezas sobre as estratégias adotadas para enfrentar \ndesigualdades sociais e educacionais legadas pelo regime \ndo apartheid na África do Sul.", "o reconhecimento consensual do sucesso do projeto de \ninclusão educacional no cenário sul-africano pós-\napartheid." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_10
10
USP_2024
2024
USP
[ "philosophy" ]
null
"Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. (...). Nesse ponto as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? (...). Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos." CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 3ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995. Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que Antonio Candido defende que o acesso a bens como a literatura e a música
{ "text": [ "é privilégio de minorias, pois são bens que exigem \nreflexão.", "deve ser reivindicado como um direito, e não como um \nprivilégio.", "vitimiza as pessoas que não têm acesso a bens \nfundamentais para viver.", "humaniza as minorias privilegiadas, incentivando-as a \ncompartilhar seu conhecimento.", "é indispensável para quem luta pelos direitos humanos. \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \nTEXTO PARA AS QUESTÕES 11 E 12 \nVincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers \nof ads everywhere would be forgiven for thinking that art \ngalleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less \nexciting, more expensive and certainly more depressing. For \nthis is no ordinary art on offer; this art is \"immersive\", the \nlatest lovechild of TikTok and enterprising warehouse \nlandlords. The first problem with immersive art? It's not \nactually very immersive. A common trope of \"immersive\" \nretrospectives is to recreate original pieces using gimmicky \ntech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn't \ndo much in the way of sensory stimulation. My favourite \nelement of an \"immersive\" show I have been to was their \nfaithful recreation of Van Gogh's bedroom. An ambitious feat, \nexecuted with some furniture and, of course, mutilated \npastiches of his paintings. While projectors, surround sound \nand uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive \nart, there are also the VR headsets. But many exhibitions don't \neven include these with the standard ticket, so my return to \nreality has twice been accompanied by an usher brandishing \na credit card machine. Sometimes these installations are so \nbanal and depthless, visitors have often walked through \ninstallations entirely oblivious to whatever is happening \naround them. Despite the fixation \"immersive experiences\" \nhave with novelty, the products of their labours are \nremarkably similar: disappointing light shows punctuated by a \nfew gamified set pieces. \nDisponível em https://www.vice.com/en/article/. Adaptado." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_11
11
USP_2024
2024
USP
[ "english" ]
null
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers of ads everywhere would be forgiven for thinking that art galleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less exciting, more expensive and certainly more depressing. For this is no ordinary art on offer; this art is “immersive”, the latest lovechild of TikTok and enterprising warehouse landlords. The first problem with immersive art? It's not actually very immersive. A common trope of “immersive” retrospectives is to recreate original pieces using gimmicky tech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn’t do much in the way of sensory stimulation. My favourite element of an “immersive” show I have been to was their faithful recreation of Van Gogh’s bedroom. An ambitious feat, executed with some furniture and, of course, mutilated pastiches of his paintings. While projectors, surround sound and uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive art, there are also the VR headsets. But many exhibitions don’t even include these with the standard ticket, so my return to reality has twice been accompanied by an usher brandishing a credit card machine. Sometimes these installations are so banal and depthless, visitors have often walked through installations entirely oblivious to whatever is happening around them. Despite the fixation “immersive experiences” have with novelty, the products of their labours are remarkably similar: disappointing light shows punctuated by a few gamified set pieces. De acordo com o texto, muitos visitantes das exposições de arte imersivas demonstram
{ "text": [ "fascínio pelas novidades tecnológicas utilizadas pelos \ncuradores.", "desconforto causado pelo excesso de estímulos sensoriais.", "curiosidade sobre a biografia dos pintores e os \nmovimentos artísticos.", "apreciação pelas informações oferecidas por guias e \neducadores.", "indiferença diante das simulações das obras de arte." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_12
12
USP_2024
2024
USP
[ "english" ]
null
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers of ads everywhere would be forgiven for thinking that art galleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less exciting, more expensive and certainly more depressing. For this is no ordinary art on offer; this art is “immersive”, the latest lovechild of TikTok and enterprising warehouse landlords. The first problem with immersive art? It's not actually very immersive. A common trope of “immersive” retrospectives is to recreate original pieces using gimmicky tech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn’t do much in the way of sensory stimulation. My favourite element of an “immersive” show I have been to was their faithful recreation of Van Gogh’s bedroom. An ambitious feat, executed with some furniture and, of course, mutilated pastiches of his paintings. While projectors, surround sound and uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive art, there are also the VR headsets. But many exhibitions don’t even include these with the standard ticket, so my return to reality has twice been accompanied by an usher brandishing a credit card machine. Sometimes these installations are so banal and depthless, visitors have often walked through installations entirely oblivious to whatever is happening around them. Despite the fixation “immersive experiences” have with novelty, the products of their labours are remarkably similar: disappointing light shows punctuated by a few gamified set pieces. O texto apresenta uma crítica às exposições de arte imersivas que está relacionada com
{ "text": [ "a manipulação digital das imagens exibidas pelos usuários \ndo TikTok.", "o emprego das obras de arte para fins publicitários ilícitos.", "a cobrança pelo uso de equipamentos para simular a \nexperiência de imersão nas obras.", "a falta de informação para o público leigo nos catálogos \ndas exibições.", "o investimento necessário para a criação da tecnologia \nusada nas instalações." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
USP_2024_15
15
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
Em Dois irmãos, de Milton Hatoum, os gêmeos Yaqub e Omar representam duas personalidades antagônicas que se enfrentam ao longo da narrativa. A rivalidade entre eles tem como resultado:
{ "text": [ "A prosperidade econômica de ambos.", "A reconstrução dos laços entre eles.", "A ida de Nael a São Paulo para viver com Yaqub.", "A morte de Rânia, a irmã dos gêmeos.", "A desagregação e a ruína da família." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_16
16
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
A partir da leitura de Dois irmãos, com o foco na questão da paternidade de Nael, narrador do romance, pode-se afirmar:
{ "text": [ "Nenhum dos dois irmãos assumiu a paternidade de Nael, \nnem Nael os reconheceu como pais.", "Nael é filho de Rochiram, de quem ganha a casa no fundo \ndo terreno para escrever suas memórias.", "Nael gostaria que Yaqub fosse seu pai, pelos projetos e \nvisão de mundo que compartilhava com ele.", "A cena final do romance, na qual Omar e Nael se \nencontram, confirma a paternidade de Omar.", "Embora não quisesse ter tido filhos, Halim é o pai de Nael, \nOmar e Yaqub." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
USP_2024_17
17
USP_2024
2024
USP
[ "biology" ]
null
"O Quim disse-me também que as feridas do Cão Tinhoso eram por causa da guerra e da bomba atômica [...] O Quim disse-me isso de o Cão Tinhoso ser muito velho quando um dia o vimos a bocejar sem dentes na boca. Foi nesse dia que me contou a história da bomba atômica com os japoneses pequeninos a morrer todos que era uma beleza e o Cão Tinhoso a fugir depois de ela rebentar e a correr uma distância monstra para não morrer." Luís Bernardo Honwana. Nós matamos o Cão Tinhoso!. A radiação ionizante, resultante da explosão da bomba atômica, é capaz de provocar feridas na pele iguais às do Cão Tinhoso, que são consequências de
{ "text": [ "mutações no DNA das células epiteliais, o que pode alterar \nseu ciclo celular.", "alterações no DNA mitocondrial que levam à redução do \nmetabolismo celular.", "ativação dos processos de reparo do DNA e bloqueio da \ndiferenciação celular.", "aumento da divisão meiótica decorrente do processo de \ncrossing-over.", "processos de evolução desencadeados por mutações \naleatórias." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
USP_2024_22
22
USP_2024
2024
USP
[ "philosophy" ]
null
"A Enciclopédia conseguiu destronar a antiga rainha das ciências e elevar a filosofia para o seu lugar. Longe de ser um compêndio neutro de informações, a obra modelava o conhecimento de tal maneira que o tirava do clero e o colocava nas mãos de intelectuais comprometidos com o Iluminismo. (...) Mas o combate mais importante ocorreu na década de 1750, quando os enciclopedistas reconheceram que conhecimento era poder e, mapeando o universo do saber, partiram para a conquista." DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p.270. Adaptado. Segundo o excerto, a Enciclopédia preparada pelos pensadores Diderot e D'Alembert propunha um novo papel para os filósofos e uma reordenação do conhecimento científico. Tal proposta se caracterizou pela
{ "text": [ "conexão com um modelo de saber que justificava a \nhierarquia social do Antigo Regime.", "revelação de que o conhecimento filosófico oferecia as \nbases políticas para o absolutismo.", "valorização do mecenato como forma de proteção aos \nnovos pensadores.", "aclamação dos pensadores como defensores da \nneutralidade científica.", "legitimação dos filósofos enquanto portadores de virtudes \nderivadas do culto do conhecimento empírico." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_23
23
USP_2024
2024
USP
[ "philosophy" ]
null
"Quero dizer, numa palavra, que, levando em conta todas as coisas que nascem, devemos verificar se em cada caso é bem assim que nasce cada um dos seres, isto é, se os contrários não nascem senão dos seus próprios contrários, em toda parte onde existe tal relação: entre o belo, por exemplo, e o feio, que é, penso, o seu contrário; entre o justo e o injusto; e assim milhares de outros casos. (...) Exemplo: quando uma coisa se torna maior, não é necessário que ela anteriormente tenha sido menor, para em seguida se tornar maior?" Platão, Fédon, p.79. No trecho transcrito do texto Fédon, Platão propõe uma compreensão filosófica própria sobre a relação existente entre os opostos. Com base nela, dentre as inferências possíveis, aquela que descreve a articulação principal entre dois termos que se opõem é:
{ "text": [ "Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal \nde complementariedade.", "Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal \nde alternância.", "Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal \nde exclusão.", "Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal \nde anulação.", "Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal \nde geração." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_24
24
USP_2024
2024
USP
[ "physics" ]
null
"Os experimentos de difração e interferência da luz realizados no período de 1800 a 1803, em analogia com os processos de interferência das ondas acústicas, corroboraram a natureza ondulatória da luz. Por outro lado, Einstein introduziu, em 1905, o conceito de fóton, em que cada componente monocromática de frequência 𝑓 da radiação seria equivalente a um sistema de partículas idênticas sem massa, cada qual com energia ℎ𝑓, sendo ℎ≃6,626×10^(−34) J.s a constante de Planck.A hipótese da existência de fótons só teve ampla aceitação após os experimentos de Compton, em 1922, sobre o espalhamento da radiação eletromagnética na faixa dos raios X por alvos de elementos leves, como o grafite." Adaptado de F. Caruso e V. Oguri, Sobre a necessidade do conceito de fóton, RBEF 43, e20210011 (2021). De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar:
{ "text": [ "A radiação eletromagnética apresenta somente \ncomportamento ondulatório.", "Os experimentos de Compton mostraram que feixes de \nraios X exibem comportamento corpuscular.", "A energia de um fóton independe de seu comprimento de \nonda.", "A hipótese da natureza corpuscular da radiação está em \ndesacordo com os resultados experimentais.", "Einstein demonstrou que os experimentos de difração e \ninterferência da luz deveriam estar incorretos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_29
29
USP_2024
2024
USP
[ "chemistry" ]
null
Fogareiros abastecidos com pequenos botijões de gás são equipamentos corriqueiros em trilhas e escaladas de duração prolongada para possibilitar o cozimento de alimentos. Em geral, esses botijões são abastecidos com propano, isobutano ou n-butano. A tabela mostra a temperatura de ebulição e o calor liberado na combustão desses três gases, à pressão atmosférica. Gás | Temperatura de ebulição (°C) | Calor de combustão (kcal/m^3 de substância na fase gasosa) Propano | -42 | 5065 Isobutano | -12 | 8211 n-Butano | -1 | 8411 Com base nessas informações, qual seria o gás mais indicado para a utilização em um ambiente com temperatura típica de -6 °C, considerando a viabilidade e o consumo de gás necessário para o preparo de alimentos?
{ "text": [ "Propano, por estar líquido em -6 °C e, dentre as \nsubstâncias líquidas nessa temperatura, sua combustão \nfornecer mais calor por volume de gás.", "Isobutano, por estar gasoso em -6 °C e, dentre as \nsubstâncias gasosas nessa temperatura, sua combustão \nfornecer mais calor por volume de gás.", "n-Butano, por estar gasoso em -6 °C e, dentre as \nsubstâncias gasosas nessa temperatura, sua combustão \nfornecer mais calor por volume de gás.", "n-Butano, por estar líquido em -6 °C e, dentre as \nsubstâncias gasosas nessa temperatura, sua combustão \nfornecer menos calor por volume de gás.", "Isobutano, por estar gasoso em -6 °C e, dentre as \nsubstâncias gasosas nessa temperatura, sua combustão \nfornecer menos calor por volume de gás." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_32
32
USP_2024
2024
USP
[ "biology" ]
null
A tabela a seguir mostra a condição de duas variáveis sociais em quatro cidades urbanas genéricas. % da população Cidade | % de domicílios com coleta de esgoto e tratamento de água | % da população imunizada com cobertura vacinal completa cidade I | 89% | 19% cidade II | 12% | 13% cidade III | 98% | 15% cidade IV | 10% | 90% Com base nesses dados, é correto afirmar que a população humana dessas cidades tem risco aumentado de ter as respectivas doenças: cidade I cidade II cidade III cidade IV
{ "text": [ "cidade I - leptospirose; cidade II - influenza; cidade III - amebíase; cidade IV - cólera", "cidade I - COVID; cidade II - teníase; cidade III - tétano; cidade IV - tuberculose", "cidade I - hepatite B; cidade II - amebíase; cidade III - cólera; cidade IV - leptospirose", "cidade I - influenza; cidade II - teníase; cidade III - pneumonia; cidade IV - COVID", "cidade I - tuberculose; cidade II - poliomielite; cidade III - hepatite B; cidade IV - amebíase" ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_33
33
USP_2024
2024
USP
[ "mathematics" ]
null
Uma empresa farmacêutica produz certo medicamento, o qual é formado por quatro componentes, conforme indicado na tabela I. O custo do grama de cada um dos componentes desse medicamento também é apresentado nessa tabela. Tabela I Composição do medicamento | Quantidade (em mg) | Custo (em R$/g) Componente A | 200 | 700 Componente B | 70 | 500 Componente C | 130 | 300 Componente D | 100 | 120 Para a produção do próximo lote do medicamento, a empresa terá um gasto diferente para fabricá-lo, pois os custos de alguns componentes sofreram alterações, conforme mostra a tabela II. Tabela II Composição do medicamento | Variação no custo (em %) Componente A | +7 Componente B | -5 Componente C | 0 Componente D | +10 Note e adote: Considere que os outros custos de produção permaneceram inalterados. Qual é o aumento, em reais, no custo do medicamento?
{ "text": [ "9,25", "12,00", "12,75", "36,00", "86,00" ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
USP_2024_34
34
USP_2024
2024
USP
[ "mathematics" ]
null
Os conceitos de moda, mediana, média e amplitude definem medidas utilizadas para estudar um conjunto de informações numéricas. Por exemplo, na lista de 5 números (2, 2, 4, 8, 14), temos que a moda é igual a 2, a mediana é igual a 4, a média é igual 6 e a amplitude é igual a 12. Assinale a alternativa que representa a quantidade de listas de 5 números inteiros positivos que cumprem a condição: moda = mediana = média = amplitude = 23.
{ "text": [ "8", "9", "11", "22", "44" ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
USP_2024_36
36
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
"Todos os dias que depois vieram, eram tempo de doer. Miguilim tinha sido arrancado de uma porção de coisas, e estava no mesmo lugar. Quando chegava o poder de chorar, era até bom – enquanto estava chorando, parecia que a alma toda se sacudia, misturando ao vivo todas as lembranças, as mais novas e as muito antigas. Mas, no mais das horas, ele estava cansado. Cansado e como que assustado. Sufocado. Ele não era ele mesmo. Diante dele, as pessoas, as coisas, perdiam o peso de ser. Os lugares, o Mutum – se esvaziavam, numa ligeireza, vagarosos. E Miguilim mesmo se achava diferente de todos. Ao vago, dava a mesma ideia de uma vez, em que, muito pequeno, tinha dormido de dia, fora de seu costume – quando acordou, sentiu o existir do mundo em hora estranha, e perguntou assustado: – 'Uai, Mãe, hoje já é amanhã?!'" João Guimarães Rosa. Campo Geral. Conforme sugere o trecho, o sofrimento perturba a noção que Miguilim tinha do tempo, porque
{ "text": [ "a falta de acuidade visual não lhe permite distinguir as \népocas.", "o desamor ao pai o faz romper com a infância cedo demais.", "o aprendizado da morte embaralha os planos da memória.", "a sensação de vazio o leva a se sentir seguro no presente.", "os dias vividos no Mutum mostram-se cada vez mais curtos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
USP_2024_37
37
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
A respeito dos contos "Nós matamos o Cão Tinhoso!", "Dina", "Papá, cobra e eu" e "Nhinguitimo", de Nós matamos o Cão Tinhoso!, é possível afirmar:
{ "text": [ "Os narradores e os protagonistas são crianças.", "São narrados em primeira pessoa, por narradores-\nprotagonistas.", "Os protagonistas são oprimidos socialmente, e a reação \ndeles não é endereçada aos opressores.", "São fábulas, e os protagonistas são animais.", "O espaço representado é o das grandes cidades \nmoçambicanas." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
USP_2024_38
38
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
Leia o texto a seguir: Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás. Cíntia Moscovich, Os cem menores contos brasileiros do século (organização: Marcelino Freire). Embora seja um texto composto por apenas duas linhas, é possível caracterizá-lo como uma narrativa. Nesse texto, essa caracterização deve-se ao fato de que ele apresenta
{ "text": [ "adjetivação de tempos.", "diálogo entre narradores.", "referenciação de espaços.", "descrição de personagens.", "sequência de ações." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_39
39
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
"Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta. Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos." Clarice Lispector. "Insônia infeliz e feliz". In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. Considerando as características do trecho apresentado, pode- se afirmar que ele pertence a uma crônica, pois
{ "text": [ "representa uma história paralela ligada a uma história \nprincipal.", "há apenas um conflito que se resolve em pouco tempo.", "possui estrutura simples e apresenta um cunho \npedagógico.", "é uma narrativa breve que comenta um evento do \ncotidiano.", "compõe uma crítica indireta a alguém ou a algum fato." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_44
44
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"Industrializar é uma condição de vida, é uma absoluta e imperiosa necessidade, é mesmo um dever de que já não está ao nosso alcance declinar. Nem que o quiséssemos, não poderíamos sobreviver conservando-nos nação pastoril e agrícola, no velho estilo, exportando café e umas poucas matérias-primas [...] Industrializar um país não é uma obra mágica que possa ser feita sem preparo, ao simples sopro de uma aspiração. É necessário que exista uma mentalidade industrial, um estado de espírito propício ao desenvolvimento, é necessário que existam gerações preparadas para a ação." OLIVEIRA, Juscelino Kubitschek de. Industrialização: batalha pela própria sobrevivência da nacionalidade. São Paulo: Serviço de Publicações da Federação e Centro das Indústrias do Estado de S. Paulo, 1957. p.9-10. A "mentalidade industrial", proposta pelo então presidente Juscelino Kubitschek, concretiza-se em seu governo (1956- 1961) sob a forma
{ "text": [ "de grandes investimentos na educação básica e na \nfundação de centros de pesquisa.", "de incentivos à diversificação e mecanização da produção \nagrícola.", "da implantação de formas racionais de organização do \ntrabalho.", "da ação governamental embasada em concepção \nnacionalista e trabalhista.", "de um projeto desenvolvimentista amparado por incentivos \ne captação de recursos estrangeiros." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_45
45
USP_2024
2024
USP
[ "geography", "history" ]
null
"Em uma onda sem precedentes de medo, confusão e pânico, hoje quase 13 milhões de ações mudaram de mãos na Bolsa de Valores de Nova York. Corretores atordoados atravessaram um mar de papel segurando ordens de investidores assustados para 'vender a qualquer preço'." "Wall Street cai". The Guardian (Londres), 24/10/1929, p.1. "O mercado esteve ontem numa situação de verdadeiro pânico. Em São Paulo pedem-se a moratória e a emissão de papel-moeda. O presidente da República receberá hoje uma comissão do comércio de Santos." "A crise do café". Correio da Manhã (Rio de Janeiro), 29/10/1929, p.1. Os excertos, extraídos de matérias jornalísticas publicadas à época, relatam reações ante a Crise de 1929. Essa crise
{ "text": [ "atingiu as atividades agrícolas, incentivou a mecanização \ndo processo produtivo e a absorção dos trabalhadores \npelo setor industrial.", "afetou as bases do liberalismo econômico, obrigando a \nintervenção do Estado por meio de regulações e \ninvestimentos.", "impulsionou a indústria do entretenimento, responsável \npor forjar comportamentos que se opunham ao \npessimismo.", "favoreceu a substituição do dólar pela libra esterlina \nenquanto moeda empregada no comércio internacional.", "contribuiu para o desenvolvimento industrial com a \nsubstituição de importações e a ampliação do crédito para \ninvestimentos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_52
52
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese", "philosophy" ]
null
"A história do skate no Brasil passou por fases diferentes e até mesmo antagônicas. Em 1988, por exemplo, na cidade de São Paulo, sob acusação de ser prática displicente, foi promulgada a Lei n º 25.871, pelo então prefeito Jânio Quadros, que proibia a prática da modalidade nas ruas da cidade. Essa proibição foi alterada no ano seguinte, quando a nova prefeita da cidade, Luiza Erundina, em um de seus primeiros atos, revogou essa mesma lei e liberou a prática do skate nas ruas da cidade. Anos depois, em 2015, o Brasil somava 8,4 milhões de praticantes de skate, segundo pesquisa Datafolha. Já em 2021, quando o skate estreou como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio, o Brasil se destacou como o segundo país com mais medalhas olímpicas na modalidade. No mesmo ano, a indústria nacional ligada ao esporte foi considerada a segunda maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, cujo mercado é estimado em US$ 4,5 bilhões ao ano." Thais Carrança, BBC News Brasil em São Paulo, 26 julho 2021. Adaptado. A partir da leitura do texto, é correto afirmar:
{ "text": [ "O skate adentrou o mundo esportivo, entre outros \nmotivos, por pressão dos praticantes da modalidade. No \nentanto, práticas esportivas que surgem pautadas pelo \nlazer ou por atividades cotidianas não deveriam ser \nconsideradas modalidades esportivas por não terem sido \ninstitucionalizadas desde sua origem.", "Eventos esportivos de grande alcance, tal qual a \nOlimpíada, deveriam considerar as estruturas normativas \nque dão origem aos esportes para inseri-los nas \ncompetições. Apenas dessa forma, seria possível garantir \na autenticidade das modalidades e justificar a inserção do \nskate como esporte olímpico.", "Os esportes são uma forma de representação das práticas \nsociais. Sendo assim, as transformações sociais podem \nresultar em alterações de regras esportivas, na \nesportivização de práticas de lazer e até na extinção de \nmodalidades esportivas.", "Os esportes podem sofrer alterações normativas ao longo \ndos tempos. Com tal efeito, torna-se equivocado datar a \ncriação de um esporte, pois ele já pode ter sofrido \nalterações que descaracterizaram sua origem.", "O skate, bem como outras práticas esportivas, foi criado \nde modo discreto, por grupos pequenos, e ganhou força e \nascensão a partir do aumento de incentivo financeiro para \nsua realização, o que é determinante para um esporte \nalcançar reconhecimento mundial." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
USP_2024_53
53
USP_2024
2024
USP
[ "english" ]
null
Over the last two decades, technology companies and policymakers warned of a "digital divide" in which poor children could fall behind their more affluent peers without equal access to technology. Today, with widespread internet access and smartphone ownership, the gap has narrowed sharply. But with less fanfare a different division has appeared: Across the country, poor children and adolescents are participating far less in sports and fitness activities than more affluent youngsters are. Call it the physical divide. Data from multiple sources reveal a significant gap in sports participation by income level. A combination of factors is responsible. Spending cuts and changing priorities at some public schools have curtailed physical education classes and organized sports. At the same time, privatized youth sports have become a multibillion- dollar enterprise offering new opportunities — at least for families that can afford hundreds to thousands of dollars each season for club-team fees, uniforms, equipment, travel to tournaments and private coaching. "What's happened as sports has become privatized is that it has become the haves and have-nots," said Jon Solomon, editorial director for the Aspen Institute Sports and Society Program. "Particularly for low-income kids, if they don't have access to sports within the school setting, where are they going to get their physical activity?" Mr. Solomon said. "The answer is nowhere." The New York Times. 24 March 2023. Adaptado. Conforme o texto, um dos motivos para a disparidade relativa à prática de atividades físicas por alunos, segundo o nível de renda, reside
{ "text": [ "no abismo persistente entre as notas de estudantes ricos \ne pobres.", "no corte de gastos e mudanças de prioridades em algumas \nescolas públicas.", "na preferência por jogadores com potencial superior para \ncompetição.", "na redução de bolsas de estudos para adolescentes de \nfamílias abaixo da linha de pobreza.", "na realização de campeonatos contemplados com \ndoações de ONGs." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_54
54
USP_2024
2024
USP
[ "english" ]
null
Over the last two decades, technology companies and policymakers warned of a "digital divide" in which poor children could fall behind their more affluent peers without equal access to technology. Today, with widespread internet access and smartphone ownership, the gap has narrowed sharply. But with less fanfare a different division has appeared: Across the country, poor children and adolescents are participating far less in sports and fitness activities than more affluent youngsters are. Call it the physical divide. Data from multiple sources reveal a significant gap in sports participation by income level. A combination of factors is responsible. Spending cuts and changing priorities at some public schools have curtailed physical education classes and organized sports. At the same time, privatized youth sports have become a multibillion- dollar enterprise offering new opportunities — at least for families that can afford hundreds to thousands of dollars each season for club-team fees, uniforms, equipment, travel to tournaments and private coaching. "What's happened as sports has become privatized is that it has become the haves and have-nots," said Jon Solomon, editorial director for the Aspen Institute Sports and Society Program. "Particularly for low-income kids, if they don't have access to sports within the school setting, where are they going to get their physical activity?" Mr. Solomon said. "The answer is nowhere." The New York Times. 24 March 2023. Adaptado. Considerado o contexto, o termo "far", na expressão "far less" (2º parágrafo), expressa
{ "text": [ "temporalidade.", "distância.", "antecipação.", "intensidade.", "progresso." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_67
67
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
O SOBREVIVENTE Impossível compor um poema a essa altura da evolução [da humanidade. Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de [verdadeira poesia. O último trovador morreu em 1914. Tinha um nome de que ninguém se lembra mais. Há máquinas terrivelmente complicadas para as [necessidades mais simples. Se quer fumar um charuto aperte um botão. Paletós abotoam-se por eletricidade. Amor se faz pelo sem-fio. Não precisa estômago para digestão. Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta muito para atingirmos um nível razoável de cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto. Os homens não melhoraram e matam-se como percevejos. Os percevejos heroicos renascem. Inabitável o mundo é cada vez mais habitado. E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo [dilúvio. (Desconfio que escrevi um poema.) Carlos Drummond de Andrade. Alguma Poesia, 1930. Entre o primeiro e o último verso, há uma aparente contradição, que, todavia, não se sustenta porque
{ "text": [ "os entraves à plenitude lírica são removidos.", "os trovadores ainda inspiram os enamorados.", "a sabedoria controla o poder das máquinas.", "os heróis sempre ressuscitam neste mundo.", "a poesia resiste à negatividade do seu tempo." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
USP_2024_68
68
USP_2024
2024
USP
[ "biology" ]
null
[...] Um sino de vidro claro, uma ampola cristalina e contrátil, flutua calma no seu caminho. "Peixinho, peixinho, deixe-a ir! Peixinho, peixinho, se apresse em fugir!" Ali atrás, longos fios transparentes se arrastam e os olhos do peixinho a um banquete convidam. "Serão, por acaso, minhocas o que eu vejo de repente?" "Peixinho, peixinho, deixe-me alertar! Peixinho, peixinho, não se deixe enganar!" Próximo demais o peixinho chegou: "Ai, ai, ai, agora ela me pegou! Firme me amarrou e não consigo me soltar! Firme me envolve e arde de matar!" [...] Tradução e adaptação de Flavia Souza, Stefano Hagen e Luiz Fontes. O fragmento de poema apresentado foi escrito pelo naturalista Fritz Müller para suas filhas. O trecho do poema permite afirmar que a predação é realizada por um/uma
{ "text": [ "camarão.", "água-viva.", "tubarão.", "lula.", "plâncton." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_74
74
USP_2024
2024
USP
[ "chemistry" ]
null
Apesar de a África ser considerada o berço das civilizações e existirem indícios de conhecimentos elementares de Química no sul do continente cerca de 100.000 anos atrás, os conhecimentos químicos ensinados são eurocentristas. Entretanto, uma das grandes contribuições para o estudo de reatividade química é atribuída ao químico egípcio Ahmed Hassan Zewail, agraciado com o prêmio Nobel em 1999 por seus estudos de reações químicas usando uma técnica conhecida como espectroscopia de femtossegundos. Essa técnica possibilita identificar espécies com tempo de vida curto utilizando pulsos de laser com duração de 10−15 s. Essa contribuição é relevante para o estudo de reações químicas, pois
{ "text": [ "todos os processos químicos são extremamente rápidos e \nnão podem ser estudados por técnicas que não sejam em \nfemtossegundos.", "as reações químicas podem passar por espécies instáveis \ne com pouco tempo de vida.", "o tempo existente para analisar os produtos de uma \nreação depende apenas da quantidade de produtos \nformada.", "permite entender como reagentes específicos se \ncomportam frente a processos reacionais que são \nextremamente lentos.", "apenas com uma técnica tão rápida é possível analisar o \ngrau de pureza dos reagentes isolados." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_76
76
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"O plano dos Estados Unidos de derrubarem a Revolução já estava esboçado na ocasião em que Mikoyan [vice-líder no governo soviético de Nikita Kruschev] visitou Havana, em fevereiro de 1960 (...). A CIA propunha a sabotagem das refinarias de açúcar de Cuba, a principal fonte de riqueza da ilha. (...) Como prometido, Fidel Castro reagiu contra os Estados Unidos (...). Ele anunciou a nacionalização de todas as propriedades norte-americanas importantes da ilha. (...) Numa frase sinistra (...), Castro salientou que a Cuba revolucionária tinha agora o apoio militar de fora do continente. Cuba 'aceitaria com gratidão', disse ele, 'a ajuda dos foguetes da União Soviética (...)'. Naquele mês, a lenha fora jogada na fogueira, quando Castro chegou a Nova York para falar na Assembleia Geral da ONU, instalando-se no Harlem. (...) Castro ficou no [hotel] Theresa, cercado por um grupo de admiradores (...) e numa tarde memorável foi visitado pelo líder soviético. (...) Kruschev escreveu nas suas memórias que 'indo a um hotel negro num bairro negro, nós estávamos fazendo uma dupla demonstração contra as políticas discriminatórias dos Estados Unidos em relação aos negros, assim como em relação a Cuba'". GOTT, Richard. Cuba: uma nova história. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p.210-213. Adaptado. As tensões políticas abordadas no texto referem-se
{ "text": [ "à indecisão de Fidel Castro sobre o alinhamento político de \nCuba na Guerra Fria e ao isolamento da ilha em relação a \noutros debates políticos da época.", "às garantias do governo revolucionário em Cuba aos \ncapitais norte-americanos e à salvaguarda dos direitos \ncivis da população negra na ilha.", "à aliança entre Cuba e URSS selada na origem da guerrilha \nem Sierra Maestra e à consequente oposição dos EUA ao \nmovimento insurgente.", "ao gradual alinhamento entre Cuba e a URSS e ao aceno \ndos dois governantes de apoio ao movimento negro norte-\namericano.", "à articulação entre os governos da URSS e dos EUA para \nenfraquecer Fidel Castro e os movimentos sociais no \nHarlem." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_77
77
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"Desde os anos 20 governado pela dinastia Pahlevi, o Irã vinha sendo modernizado e ocidentalizado pelas sucessivas gerações de xás, que viam na observância estrita da religião um atraso a ser superado. País de numerosa população xiita, no entanto, o regime modernizante sempre precisou contar com uma grande dose de repressão, para conter a oposição dos grupos religiosos, que se fazia cada vez mais popular. Na década de 1970, este movimento conheceu um líder, que, refugiado na França, preparava-se para voltar ao país: era o aiatolá Khomeini, que apelava aos muçulmanos para que restaurassem a autoridade do islã na sociedade." GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In: REIS FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX: o tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p.116. O texto descreve o contexto histórico que antecedeu
{ "text": [ "uma intervenção norte-americana em território iraniano.", "a integração do Irã aos países do bloco socialista soviético.", "a laicização integral do Estado iraniano.", "o estabelecimento de uma república teocrática no Irã.", "uma cooperação militar entre Irã e Iraque contra o \nOcidente." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_79
79
USP_2024
2024
USP
[ "geography", "history" ]
null
"A China enviou ontem navios de guerra e dezenas de caças para Taiwan, em retaliação a uma reunião entre a presidente da ilha, Tsai Ing-Wen, e o presidente da Câmara dos Deputados do EUA, Kevin McCarty, na Califórnia". O Estado de São Paulo, 08/04/2023. Adaptado. A reportagem faz alusão ao aumento das tensões geopolíticas entre China e Taiwan. Sobre esse tema, é correto afirmar:
{ "text": [ "As tensões iniciaram-se no final de década de 1970, em \ndecorrência das mudanças políticas e econômicas \nperpetradas pelo então presidente chinês Deng Xiaoping, \nque resultaram na declaração de independência de \nTaiwan em relação à China.", "Iniciadas ainda na primeira metade do século XX, as \ntensões entre China e Taiwan aumentaram desde então \nem decorrência da presença militar dos EUA no território \ntaiwanês, o que contraria os interesses geopolíticos \nchineses na região.", "As tensões decorreram do aumento da influência russa \nsobre o território taiwanês, com foco na exploração do \npotencial mercado consumidor, considerado estratégico \npara o aumento das exportações do gás natural russo.", "Com apoio soviético, Taiwan conseguiu independência do \nterritório chinês no final da década de 1960. Após o fim da \nGuerra Fria, tornou-se uma potência tecnológica, o que \nampliou o interesse geopolítico chinês na retomada desse \nterritório.", "Taiwan é reconhecido como país independente pelos EUA \ne tem emergido na rota dos conflitos entre os governos \nestadunidense e chinês, o que pode ser interpretado como \nindício do deslocamento do eixo geopolítico do mundo \npara o sudeste asiático." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_81
81
USP_2024
2024
USP
[ "geography" ]
null
"As sociólogas, filósofas e ativistas feministas destacaram, com o conceito de 'reprodução social', algo que a teoria econômica ocultava: para que haja produção de bens e de serviços é necessário que as pessoas que os produzem sejam, por sua vez, produzidas. O trabalho da reprodução social, portanto, cria e repõe a condição primordial e necessária – a existência de pessoas que trabalham – para que a produção econômica possa continuar ocorrendo. Em grande medida, esse trabalho é relegado ao ambiente familiar e às mulheres: cuidado com os filhos, cuidado com doentes e idosos, preparação de alimentos, limpeza e arrumação da casa e outros. O trabalho de reprodução se opõe, socialmente, ao trabalho de produção; este está inserido numa economia organizada com base em empresas – nas fábricas, na agricultura, nos escritórios –, voltado para o mercado e é percebido como merecedor de contrapartida financeira: o salário. Assim, mesmo quando um trabalho da esfera da reprodução se realiza por meio de uma relação de emprego, se for realizado por mulheres, ele costuma ser mal pago e desfrutar de menor prestígio." ARRUZZA, Cinzia; BATTACHARYA, Tithi; FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo, 2019. "A chamada 'economia do cuidado' é o conjunto de atividades não remuneradas, geralmente exercidas por mulheres, como a limpeza da casa, preparação de alimentos e os cuidados com crianças, idosos e doentes da família. Um pacote que vale 11% do PIB atual (...). Em valores, foram cerca de 634,3 bilhões de reais em 2015 [por exemplo]. (...) Contabilizar o valor dos afazeres domésticos no PIB do Brasil só se tornou possível a partir de 2001, quando o IBGE introduziu na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) a pergunta referente ao número de horas despendido pela população para executar essas atividades." Disponível em https://www.cartacapital.com.br/. Nos textos apresentados, encontram-se dois conceitos, o de "reprodução social" e o de "economia do cuidado". De acordo com as definições desses conceitos e com os dados indicados, qual das afirmações a seguir está correta?
{ "text": [ "Os conceitos de reprodução social e de economia do \ncuidado são contraditórios porque o primeiro se refere a \ntodo trabalho doméstico e o segundo apenas ao trabalho \ndoméstico pago e que é possível contabilizar.", "Ambos os conceitos se referem a um tipo de trabalho cuja \nimportância é socialmente reconhecida, fato que pode ser \ncomprovado pela porcentagem expressiva que ele \nrepresentava do PIB brasileiro no ano de 2015.", "As definições de reprodução social e de economia do \ncuidado excluem, necessariamente, a possibilidade de que \no Estado seja responsável por parte das tarefas envolvidas \nna reprodução das pessoas.", "A contabilização no PIB dos valores dos afazeres \ndomésticos no contexto da economia do cuidado abarca \napenas uma parte da reprodução social, pois não inclui o \ntrabalho doméstico remunerado e os trabalhos de \nreprodução executados fora do ambiente doméstico.", "Os dados estimados sobre a participação das atividades \ndomésticas não remuneradas no PIB do Brasil mostram \nque a reprodução social acontece apenas quando não há \numa relação salarial entre quem executa e quem se \nbeneficia desse tipo de trabalho." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_82
82
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
Texto I "Na confusão verde do fundo da machamba, Maria não viu o capataz imediatamente. Esbracejou com aflição, tentando libertar as pernas. O braço rodeou-lhe os ombros duramente. O bafo quente e ácido do homem aproximou-se da sua face. A capulana da Maria desprendeu-se durante a breve luta e a sensação fria de água tornou-se-lhe mais vívida. Um arrepio fê-la contrair-se. Sentiu nas coxas nuas a carícia morna e áspera dos dedos calosos do homem." Luis Bernardo Honwana. Dina, In: Nós Matamos o Cão Tinhoso!. Texto II "– Mas choraste. A bofetada que te dei foi só uma disciplina para aprenderes a não fazer ciúmes. Gosto muito de ti, Sarnau. És a minha primeira mulher. É tua a honra deste território. Tu és a mãe de todas as mães da nossa terra. Tu és o meu mundo, minha flor, rebuçado [bala] do meu coração. Deixei cair duas gotas de fel bem amargas e salgadinhas. Meu marido acariciava-me à moda dos búfalos; dizia-me coisas no ouvido e o seu hálito fedia a álcool, enjoava-me, arrepiava- me, maltratando o meu corpinho frágil. Explodi furiosa e chorei de amargura. – Sarnau, pareces ser uma machamba difícil. Já faz tempo que semeio em ti e não vejo resultado. Com a outra foi tão diferente. Bastou uma sementeira e germinou logo. – Casámo-nos há pouco tempo, Nguila, muito pouco tempo. – Não tenho lá muita paciência. Não estou para lavrar sem colher." Paulina Chiziane. Balada de amor ao vento, p. 61-62. Os trechos transcritos foram retirados dos livros dos moçambicanos Luís Bernardo Honwana e Paulina Chiziane. Em ambos, observa-se a ocorrência da palavra "machamba". A respeito do uso desse termo, é correto afirmar:
{ "text": [ "No texto I, machamba refere-se a um matagal, em sentido \ndenotativo; no texto II, ao papel de esposa de Sarnau, em \nsentido conotativo.", "No texto I, machamba possui sentido literal, referindo-se \nàs terras para cultivo; no texto II, o sentido é figurado, \nreferindo-se ao útero de Sarnau.", "No texto I, machamba possui sentido figurado, referindo-\nse à colheita; no texto II, o sentido é literal, referindo-se a \num problema.", "Em ambos os textos, machamba apresenta sentido literal \ne refere-se a um terreno agrícola de produção familiar.", "Em ambos os textos, machamba possui sentido figurado e \nrefere-se às terras férteis ocupadas pelos portugueses." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_83
83
USP_2024
2024
USP
[ "portuguese" ]
null
Texto I "Na confusão verde do fundo da machamba, Maria não viu o capataz imediatamente. Esbracejou com aflição, tentando libertar as pernas. O braço rodeou-lhe os ombros duramente. O bafo quente e ácido do homem aproximou-se da sua face. A capulana da Maria desprendeu-se durante a breve luta e a sensação fria de água tornou-se-lhe mais vívida. Um arrepio fê-la contrair-se. Sentiu nas coxas nuas a carícia morna e áspera dos dedos calosos do homem." Luis Bernardo Honwana. Dina, In: Nós Matamos o Cão Tinhoso!. Texto II "– Mas choraste. A bofetada que te dei foi só uma disciplina para aprenderes a não fazer ciúmes. Gosto muito de ti, Sarnau. És a minha primeira mulher. É tua a honra deste território. Tu és a mãe de todas as mães da nossa terra. Tu és o meu mundo, minha flor, rebuçado [bala] do meu coração. Deixei cair duas gotas de fel bem amargas e salgadinhas. Meu marido acariciava-me à moda dos búfalos; dizia-me coisas no ouvido e o seu hálito fedia a álcool, enjoava-me, arrepiava- me, maltratando o meu corpinho frágil. Explodi furiosa e chorei de amargura. – Sarnau, pareces ser uma machamba difícil. Já faz tempo que semeio em ti e não vejo resultado. Com a outra foi tão diferente. Bastou uma sementeira e germinou logo. – Casámo-nos há pouco tempo, Nguila, muito pouco tempo. – Não tenho lá muita paciência. Não estou para lavrar sem colher." Paulina Chiziane. Balada de amor ao vento, p. 61-62. Nos excertos, os escritores moçambicanos descrevem, cada um em seu contexto, cenas de violência. Sobre elas, é correto afirmar:
{ "text": [ "Luís Bernardo Honwana descreve uma cena de violência \npsicológica velada do capataz contra a mulher, sem que \nela perceba a agressão sofrida.", "Luís Bernardo Honwana expõe a violência social de que a \nmulher é vítima ao relatar uma discussão acalorada que \nela trava com o capataz.", "Luís Bernardo Honwana narra uma luta física entre o \ncapataz e a mulher, a qual tenta resistir à agressão sofrida, \nmas acaba por consentir com a relação.", "Paulina Chiziane apresenta elementos narrativos que \npermitem identificar a agressão psicológica e física \npraticada, pelo marido, contra a mulher.", "Paulina Chiziane associa a violência contra a mulher a um \nprocesso educativo que visa zelar pela estabilidade da \nrelação conjugal e pela felicidade do casal." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
USP_2024_86
86
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"Para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada – técnica que iria ser incorporada pelos colonizadores. Plantavam feijão, milho, abóbora e principalmente mandioca, cuja farinha se tornou também um alimento básico da Colônia. A economia era basicamente de subsistência e destinada ao consumo próprio. Cada aldeia produzia para satisfazer a suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias. Mas existiam contatos entre elas para a troca de mulheres e de bens de luxo, como penas de tucano e pedras para se fazer botoque. Dos contatos resultavam alianças em que grupos de aldeias se posicionavam uns contra os outros. A guerra e a captura de inimigos – mortos em meio à celebração de um ritual canibalístico – eram elementos integrantes da sociedade tupi. Dessas atividades, reservadas aos homens, dependiam a obtenção de prestígio e a renovação das mulheres." FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006. p.40. De acordo com o texto, é correto afirmar que, no período colonial brasileiro, as sociedades pertencentes ao tronco linguístico Tupi
{ "text": [ "praticavam o canibalismo devido à escassez de alimentos \nnas regiões em que viviam.", "desenvolviam uma cultura agrícola de subsistência que \nnão abolia a existência de sistemas de troca.", "cultivavam produtos agrícolas que deixaram de ser \nconsumidos após a chegada dos colonizadores.", "organizavam-se em unidades políticas autônomas, que \nevitavam contatos comerciais entre si.", "realizavam rituais em que homens e mulheres \ndesempenhavam funções idênticas." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
USP_2024_87
87
USP_2024
2024
USP
[ "history" ]
null
"Colombo não reconhece a diversidade das línguas e, por isso, quando se vê diante de uma língua estrangeira, só há dois comportamentos possíveis, e complementares: reconhecer que é uma língua, e recusar-se a aceitar que seja diferente, ou então reconhecer a diferença e recusar-se a admitir que seja uma língua... Os índios que encontra logo no início, a 12 de outubro de 1492, provocam uma reação do segundo tipo; ao vê-los, promete: 'Se Deus assim o quiser, no momento da partida levarei seis deles a Vossas Altezas, para que aprendam a falar' (...)." TODOROV, Tzvetán. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p.29-30. Ao tratar das reações iniciais de Colombo ao chegar à América, o excerto indica que o navegador
{ "text": [ "reconheceu a necessidade de tradução mútua entre as \nlínguas.", "considerou as línguas indígenas como expressão de outras \nculturas.", "interpretou as diferenças linguísticas como estratégia de \nresistência dos nativos.", "mostrou-se disposto a estudar e compreender as línguas \ndos indígenas.", "entendeu o ensino do castelhano aos indígenas como \nforma de civilização." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
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88
USP_2024
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USP
[ "english" ]
null
The main players in the Spanish–Aztec War (1519–21) are well known: Hernán Cortés and Montezuma. Lesser-known, though no less important, is a multilingual exiled Aztec woman who was enslaved, then served as a guide and interpreter, then became Cortés's mistress. She was known as Doña Marina, and as La Malinche. Scholar and researcher Cordelia Candelaria writes: her paramount value to the Spaniards was not merely linguistic. She was an interpreter/liaison who served as a guide to the region, as an advisor on native customs and beliefs, and as a strategist. La Malinche was the daughter of an Aztec cacique (chief). This gave her an unusual level of education, which she would later leverage as a guide and interpreter for the Spanish. Throughout Cortés's travels, she became indispensable as a translator, not only capable of functionally translating from one language to the other, but of speaking compellingly, strategizing, and forging political connections. Integral as she was to Spain's success, La Malinche is a controversial figure. Candelaria quotes T. R. Fehrenbach as saying, "If there is one villainess in Mexican history, she is La Malinche. She was to become the ethnic traitress supreme." But Candelaria argues that La Malinche's act of turning her back on her own people makes more psychological sense when we consider that, at a young age, she had been sold by her own mother into slavery. Candelaria asks, "What else could this outcast from the Aztecs, 'her own people,' have done?" Disponível em https://daily.jstor.org/. Adaptado. Segundo o texto, em relação à imagem de La Malinche como traidora do povo Asteca, a pesquisadora Cordelia Candelaria argumenta que a intérprete
{ "text": [ "havia sido preterida no seio da própria família.", "fez uso de idiomas em proveito próprio.", "era invejada pelos privilégios alcançados.", "ignorou as vulnerabilidades do povo mexicano.", "tentou se sobrepor aos líderes da época." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
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89
USP_2024
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USP
[ "portuguese" ]
null
"O preconceito linguístico é tanto mais poderoso porque, em grande medida, ele é 'invisível', no sentido de que quase ninguém fala dele, com exceção dos raros cientistas sociais que se dedicam a estudá-lo. Pouquíssimas pessoas reconhecem a existência do preconceito linguístico, quem dirá a sua gravidade como um sério problema social." BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. Edições Loyola, São Paulo, 1999. Com base na leitura do texto, é possível depreender que o preconceito linguístico, apesar de nocivo para a sociedade, muitas vezes é despercebido. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta um exemplo de preconceito linguístico.
{ "text": [ "A língua falada é um instrumento de sobrevivência em \nsociedade.", "A língua varia tão rapidamente quanto as mudanças que \nocorrem na sociedade.", "Existem muitas maneiras de se expressar a mesma ideia.", "Os habitantes de uma cidade grande não possuem \nsotaque na língua falada.", "Todo falante nativo de uma língua a conhece plenamente." ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
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2024
USP
[ "portuguese", "geography" ]
null
Texto I "W. I. Thomas, decano dos sociólogos norte-americanos, formula um teorema básico para as ciências sociais: 'Se os indivíduos definem as situações como reais, elas são reais em suas consequências'. (...) A primeira parte do teorema constitui uma incessante lembrança de que os homens reagem não somente aos traços objetivos de uma situação, como também, e às vezes principalmente, ao sentido que a situação tem para eles. E, assim que atribuíram algum sentido à situação, sua conduta consequente, e algumas das consequências dessa conduta, são determinadas pelo sentido atribuído. (...) A profecia que se cumpre por si mesma é, inicialmente, uma definição falsa da situação que provoca uma nova conduta, a qual, por sua vez, converte em verdadeiro o conceito originalmente falso." MERTON, Robert. Sociologia: Teoria e Estrutura. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1970. p.515-517. Texto II "Depois de alguns anos inseridos nesta lógica de abuso e privações de distintos tipos, o detento é novamente colocado em liberdade. (...) Conseguir um trabalho não é tão fácil como parece, já que mesmo as atividades menos qualificadas e manuais (como as relacionadas a limpeza, serviços gerais, construção civil, dentre outras) demandam 'atestado de bons antecedentes e a marca da passagem pela cadeia pode significar um indesejável pertencimento ao mundo do crime' (Ramalho, 2018, p. 91). (...) O fator [condicionante da reincidência] mais citado, presente em 44% dos textos [sobre o tema], foi a baixa qualificação e as poucas oportunidades, sendo essa a explicação padrão de boa parte da literatura para a reincidência." RIBEIRO, Ludmila; OLIVEIRA, Valéria. Reincidência e reentrada na prisão no Brasil: o que os estudos dizem sobre os fatores que contribuem para essa trajetória. Artigo Estratégico 56. São Paulo: Instituto Igarapé, 2022. p.10-14. Aplicando a noção proposta por Robert Merton, no texto I, ao cenário descrito no texto II, qual definição da situação das pessoas egressas do sistema prisional pelos possíveis empregadores no mercado de trabalho tornaria a reincidência criminal uma "profecia que se cumpre por si mesma"?
{ "text": [ "Pessoas egressas do sistema prisional têm dificuldade de \nconseguir emprego no mercado de trabalho porque são \nestigmatizadas.", "Pessoas egressas do sistema prisional têm a mesma \nchance de conseguir empregos que o restante da \npopulação, razão pela qual não devem ser privilegiadas \npelos empregadores.", "Pessoas egressas do sistema prisional já foram condenadas \ne cumpriram pena pelo crime cometido e merecem a \noportunidade de trabalhar para recomeçarem a vida.", "Pessoas egressas do sistema prisional voltarão a cometer \ncrimes e, por isso, não devem ser contratadas para \ntrabalhar.", "Pessoas egressas do sistema prisional conseguem \nsomente trabalhos informais e de baixa remuneração por \nterem pouca qualificação e dificuldades para conseguir \nseus documentos. \n \n \n \n \n \n \n \nRASCU\nNÃO \nCONSIDER\nCORR\nUNHO \n \n \n SERÁ \nRADO NA \nREÇÃO" ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
UNICAMP_2018_1
1
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Glossário: Bug: falha devido ao mau funcionamento em um programa de informática. Computar: contar, incluir. Dar load: carregar. Lolking: site da Internet sobre o jogo Ranked: partida que dá pontos ao jogador Server: servidor; em informática, é um programa ou um computador que fornece serviços a uma rede de computadores. Upar: subir de nível, recarregar. Estrangeirismos são palavras e expressões de outras línguas usadas correntemente em nosso cotidiano. Sobre o emprego de palavras estrangeiras no português, o linguista Sírio Possenti comenta: Tomamos alguns verbos do inglês e os adaptamos a nosso sistema verbal exclusivamente segundo regras do português. Se adotarmos start, logo teremos estartar (e todas as suas flexões), pois nossa língua não tem sílabas iniciais como st-, que imediatamente se tornam est-. A forma nunca será startar, nem ostartar ou ustartar, nem estarter ou estartir, nem printer ou printir, nem atacher ou atachir etc., etc., etc. (Adaptado de Sírio Possenti, “A questão dos estrangeirismos”, em Carlos Alberto Faraco, Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola, 2001, p. 173-174.) As alternativas abaixo reproduzem trechos de um fórum de discussão na Internet sobre um jogo eletrônico. Nessa discussão, um jogador queixa-se por não ter conseguido se conectar a uma partida e ter perdido pontos. Escolha a alternativa que contém um exemplo do processo de adaptação de verbos do inglês para o sistema verbal do português, como descreve Sírio Possenti.
{ "text": [ "“Aconteceu logo na manhã deste domingo, quando \niniciei uma ranked.”", "“Ela não deu load e pensei que era um bug no site.”", "“Entrei no lolking para ver se a partida estava sendo \ncomputada.”", "“Nem upei meu personagem de tanto problema no \nserver.”" ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_2
2
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Leia, a seguir, um excerto de “Terrorismo Literário”, um manifesto do escritor Ferréz. A capoeira não vem mais, agora reagimos com a palavra, porque pouca coisa mudou, principalmente para nós. A literatura marginal se faz presente para representar a cultura de um povo composto de minorias, mas em seu todo uma maioria. A Literatura Marginal, sempre é bom frisar, é uma literatura feita por minorias, sejam elas raciais ou socioeconômicas. Literatura feita à margem dos núcleos centrais do saber e da grande cultura nacional, isto é, de grande poder aquisitivo. Mas alguns dizem que sua principal característica é a linguagem, é o jeito que falamos, que contamos a história, bom, isso fica para os estudiosos. Cansei de ouvir:  “Mas o que cês tão fazendo é separar a literatura, a do gueto e a do centro”. E nunca cansarei de responder:  “O barato já tá separado há muito tempo, foi feito todo um mundo de teses e de estudos do lado de lá, e do de cá mal terminamos o ensino dito básico.” (Adaptado de Ferréz, “Terrorismo literário”, em Ferréz (Org.), Literatura marginal: talentos da escrita periférica. Rio de Janeiro: Agir, 2005, p. 9,12,13.) Ferréz defende sua proposta literária como uma
{ "text": [ "descoberta de que é preciso reagir com a palavra para \nque não haja separação entre a grande cultura nacional e \na literatura feita por minorias.", "comprovação de que, sendo as minorias de fato uma \nmaioria, não faz sentido distinguir duas literaturas, uma do \ncentro e outra da periferia.", "manifestação de que a literatura marginal tem seu modo \npróprio de falar e de contar histórias, já reconhecido pelos \nestudiosos.", "constatação de que é preciso reagir com a palavra e \nmostrar-se nesse lugar marginal como literatura feita por \nminorias que juntas formam uma maioria." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_4
4
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Numa entrevista ao jornal El País em 26 de agosto de 2016, o jornalista Caco Barcellos comenta uma afirmação sua anterior, feita em um congresso de jornalistas investigativos, de que novos profissionais não deveriam “atuar como porta-vozes de autoridades”. “Tenho o maior encanto e admiração e respeito pelo jornalismo de opinião. O que critiquei lá é quando isso vai para a reportagem. Não acho legítimo. O repórter tem o dever de ser preciso. Pode ser até analítico, mas não emitir juízo. Na reportagem de rua, fico imbuído, inclusive, de melhor informar o meu colega de opinião. Se eu não fizer isso de modo preciso e correto, ele vai emitir um juízo errado sobre aquele universo que estou retratando. E não só ele, mas também o advogado, o sociólogo, o antropólogo e mais para frente o historiador (...) Por exemplo, essa matança que a polícia militar provoca no cotidiano das grandes cidades brasileiras – isso é muito mal reportado pela mídia no seu conjunto. Quem sabe, lá no futuro, o historiador não passe em branco por esse momento da história. Não vai poder dizer ‘olha, os negros pobres do estado mais rico da federação estão sendo eliminados com a frequência de três por dia, um a cada oito horas’. Se o repórter não fizer esse registro preciso e contundente, a cadeia toda pode falhar, a começar pelo jornalista de opinião.” (“Caco Barcelos: ‘Erros históricos nascem da imprecisão jornalística’ ”. El País. 26/08/2016. Entrevista concedida a Camila Moraes. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/19/cultura/1468956578_924541.html. Acessado em 13/07/2017.) De acordo com a posição defendida por Caco Barcellos com relação a seus leitores, uma reportagem exige do jornalista
{ "text": [ "conhecimento preciso do assunto, uma vez que seu \nobjetivo é convencer o leitor a concordar com o que \nescreve para evitar que ele cometa erros.", "investigação e precisão no tratamento do assunto, \nporque ela vai servir de base a outros artigos, \npermitindo que o leitor tire suas próprias conclusões.", "investigação e precisão na abordagem dos fatos, já \nque ele também emite seu juízo sobre o assunto, \nconduzindo o leitor a aceitar a história que narra.", "conhecimento preciso dos fatos tratados, para que, no \nfuturo, o leitor seja levado a crer que o repórter \nregistrou sua opinião de forma equilibrada." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_7
7
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Em maio deste ano, uma festa do 3º ano do Ensino Médio de uma escola do Rio Grande do Sul propôs aos alunos que se preparavam para o vestibular uma atividade chamada “Se nada der certo”. O objetivo era “trabalhar o cenário de não aprovação no vestibular”, e como “lidar melhor com essa fase”. Os alunos compareceram à festa “fantasiados” de faxineiros, garis, domésticas, agricultores, entre outras profissões consideradas de pessoas “fracassadas”. O evento teve repercussão nacional e acirrou o debate sobre a meritocracia. Para Luis Felipe Miguel, professor de ciência política, “o tom de chacota da festa-recreio era óbvio”, e teria sido mais interessante “discutir como se constrói a hierarquia que define algumas ocupações como subalternas e outras como superiores; discutir como alguns podem desprezar os saberes incorporados nas práticas dessas profissões (subalternas apenas porque contam com quem as faça por eles); discutir como o que realmente ‘deu certo’ para eles foi a loteria do nascimento, que, na nossa sociedade, determina a parte do leão das trajetórias individuais”. (Adaptado de Fernanda Valente, Dia do ’se nada der certo’ acende debate sobre meritocracia e privilégio. Carta Capital, 06/06/2017. Disponível em http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/06/dia-do-se-nada-der-certo- acende-debate-sobre-meritocracia-e-privilegio/. Acessado em 08/06/2017.) As alternativas a seguir reproduzem trechos de uma entrevista do professor Sidney Chalhoub (Unicamp e Harvard) sobre o mito da meritocracia. (Manuel Alves Filho, A meritocracia é um mito que alimenta as desigualdades, diz Sidney Chalhoub. Jornal da Unicamp, 07/06/2017.) Assinale aquela que dialoga diretamente com a notícia acima.
{ "text": [ "É preciso promover a inclusão “e fazer com que o \nconhecimento que essas pessoas trarão à \nUniversidade seja reconhecido e disseminado”.", "Com a adesão da Unicamp ao sistema de cotas, um \n“novo contingente de alunos colocará em cheque \nvários hábitos da universidade”.", "“As melhores universidades do mundo (que servem de \nreferência) adotam a diversidade no ingresso dos \nestudantes há bastante tempo”.", "“O ideal seria que todos aqueles que tivessem \ncondições intelectuais e interesse em entrar na \nuniversidade obtivessem uma vaga”." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_8
8
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
O título do romance Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo,
{ "text": [ "alude às dificuldades vividas pelas personagens mais \nrepresentativas da elite urbana, além de sugerir que \nnenhum homem é uma ilha.", "sugere que a vida social das personagens é \nconstituída pelo conjunto de relações econômicas e \npsicológicas dos indivíduos.", "remete à técnica narrativa do romance, no qual várias \nhistórias são relacionadas, sem o estabelecimento de \num protagonista principal.", "simboliza as relações de poder da classe burguesa \nemergente e o seu desejo de controlar a conduta ética \nda sociedade." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_9
9
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
“Sapo não pula por boniteza, mas porém por percisão.” (“Provérbio capiau” citado em epígrafe no conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, em João Guimarães Rosa, Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015, p.287.) Elementos textuais que antecedem a narrativa como, por exemplo, o provérbio citado, funcionam, em alguns autores, como pista para se entender o sentido das ações ficcionais. No excerto acima, as ideias de beleza e necessidade são contrapostas com vistas à produção de um sentido de ordem moral. Considerando-se a jornada heroica de Augusto Matraga, é correto afirmar que a narrativa
{ "text": [ "contradiz o sentido moral do provérbio, uma vez que o \nprotagonista não é fiel ao seu propósito de mudar os \nhábitos antigos.", "confirma o sentido moral do provérbio, uma vez que o \nprotagonista realiza uma série de ações para corrigir \nseu caráter e reordenar eticamente sua vida.", "ratifica o sentido moral do provérbio, uma vez que o \nprotagonista é seduzido pelos encantos da natureza e \npelos prazeres da bebida e do fumo.", "refuta o sentido moral do provérbio, uma vez que o \nprotagonista não consegue agir sem as motivações da \nbeleza física e do afeto femininos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_10
10
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
A fim de dar exemplos de sua teoria da “alma exterior”, o narrador-personagem do conto “O espelho”, de Machado de Assis, refere-se a uma senhora conhecida sua “que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano”. E, questionado sobre a identidade dessa mulher, afirma: “Essa senhora é parenta do diabo, e tem o mesmo nome: chama-se Legião...” Considerando o contexto dessa frase no conto, pode-se dizer que ela constitui
{ "text": [ "uma crítica à noção de alma exterior como resultante \nda influência do mal.", "uma consideração cômica que ressalta o nome \ninusitado da senhora.", "uma condenação do comportamento moral da senhora \nem questão.", "uma ironia com a inconstância dos valores sociais \nassociados à alma exterior." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
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11
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Leia abaixo duas passagens do poema “Olá! Negro”, de Jorge de Lima. “A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro! E és tu que a alegras ainda com os teus jazzes. Com os teus songs, com os teus lundus!” (...) “Não basta iluminares hoje as noites dos brancos com teus jazzes. Olá, Negro! O dia está nascendo! O dia está nascendo ou será a tua gargalhada que vem vindo?” (Jorge de Lima, Poesias completas. v. I, Rio de Janeiro / Brasília: J. Aguilar / INL, 1974, p.180-181.) Considerando o livro Poemas negros como um todo e a poética de Jorge de Lima, é correto afirmar que o último verso citado
{ "text": [ "manifesta o desprezo do negro pela situação \ndecadente da cultura do branco.", "realiza a aproximação entre a alegria do negro e uma \nideia de futuro.", "remete à vingança do negro contra a violência a que \nfoi submetido pelo branco.", "funciona como um lamento, já que o nascer do dia não \ntraz justiça social." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_12
12
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese", "history" ]
null
Transforma-se o amador na coisa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois com ele tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim como a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; E o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples busca a forma. (Luís de Camões, Lírica: redondilhas e sonetos, Rio de Janeiro: Ediouro / São Paulo: Publifolha, 1997, p. 85.) Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a retomada renascentista de ideias do filósofo grego Platão. Considerando o soneto citado, pode-se dizer que o chamado “neoplatonismo” camoniano
{ "text": [ "é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a \nunião entre amador e pessoa amada resulta em uma \nalma única e perfeita.", "é confirmado nos dois últimos tercetos, uma vez que a \nbeleza e a pureza reúnem-se finalmente na matéria \nsimples que deseja.", "é negado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a \nconsequência da união entre amador e coisa amada é a \nausência de desejo.", "é contrariado nos dois últimos tercetos, uma vez que a \npureza e a beleza mantêm-se em harmonia na sua \ncondição de ideia." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_13
13
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa (...). À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa, junto à mesa da sala de jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito. (Aluísio de Azevedo, O cortiço. 14. ed. São Paulo: Ática, 1983, p. 22.) Levando em conta o excerto, bem como o texto integral do romance, é correto afirmar que
{ "text": [ "o grosseiro rumor, a sexualidade desregrada e a exalação \nforte que provinham do cortiço decorriam, segundo \nMiranda, do abandono daquela população pelo governo.", "os termos “grosseiro rumor”, “animais”, “bestas no coito”, \nque fazem referência aos moradores do cortiço, \nfuncionam como metáforas da vida pulsante dos seus \nhabitantes.", "o nivelamento sociológico na obra O Cortiço se dá não \nsomente entre os moradores da habitação coletiva e o \nseu senhorio, mas também entre eles e o vizinho \nMiranda.", "a presença portuguesa, exemplificada nas personagens \nJoão Romão e Miranda, não é relevante para o \ndesenvolvimento da narrativa nem para a compreensão \ndo sentido da obra." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_14
14
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
O brasileiro João Guimarães Rosa e o irlandês James Joyce são autores reverenciados pela inventividade de sua linguagem literária, em que abundam neologismos. Muitas vezes, por essa razão, Guimarães Rosa e Joyce são citados como exemplos de autores "praticamente intraduzíveis". Mesmo sem ter lido os autores, é possível identificar alguns dos seus neologismos, pois são baseados em processos de formação de palavras comuns ao português e ao inglês. Entre os recursos comuns aos neologismos de Guimarães Rosa e de James Joyce, estão: i. Onomatopeia (formação de uma palavra a partir de uma reprodução aproximada de um som natural, utilizando-se os recursos da língua); e ii. Derivação (formação de novas palavras pelo acréscimo de prefixos ou sufixos a palavras já existentes na língua). Os neologismos que aparecem nas opções abaixo foram extraídos de obras de Guimarães Rosa (GR) e James Joyce (JJ). Assinale a opção em que os processos (i) e (ii) estão presentes:
{ "text": [ "Quinculinculim (GR, No Urubuquaquá, no Pinhém) \ne tattarrattat (JJ, Ulisses).", "Transtrazer (GR, Grande sertão: veredas) e monoideal \n(JJ, Ulisses).", "Rtststr (JJ, Ulisses) e quinculinculim (GR, No \nUrubuquaquá, no Pinhém).", "Tattarrattat (JJ, Ulisses) e inesquecer-se (GR, Ave, \nPalavra)." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_16
16
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
“ODORICO Eu sei. É um movimento subversivo procurando me intrigar com a opinião pública e criar problemas à minha administração. Sei, sim. É uma conspiração. Eles não queriam o cemitério. Desde o princípio foram contra. E agora que o cemitério está pronto caem de pau em cima de mim, me chamam de demagogo, de tudo..” (...) “ODORICO Pois eu quero que depois o senhor soletre esta gazeta de ponta a ponta. Neco Pedreira o senhor conhece? ZECA Conheço não sinhô. ODORICO É o dono do jornal. Elemento perigoso. Sua primeira missão como delegado é dar uma batida na redação dessa gazeta subversiva e sacudir a marreta em nome da lei e da democracia...” (Dias Gomes, O bem amado. 12.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014, p. 40 e 68.) A peça de Dias Gomes é uma crítica a um momento histórico e político da sociedade brasileira. Odorico Paraguassu tornou-se um personagem emblemático desse período porque por meio dele
{ "text": [ "simbolizou-se a defesa da democracia a qualquer custo. \nEssa defesa resultou em uma sociedade cindida entre o \nrespeito à lei e o seu uso particular, temas políticos \ncomuns aos países latino-americanos nos anos de \n1970.", "representaram-se o atropelo da lei constitucional, a \nrelativização da liberdade de imprensa e a construção \nde um inimigo interno que justificasse o arbítrio das \ndecisões do executivo, próprios aos Anos de Chumbo.", "explicitaram-se as leis que regiam a vida política e social \nde uma nação subdesenvolvida da América Latina na \ndécada de 1970, marcada pela inércia e pela \ncumplicidade dos cidadãos com a corrupção sistêmica \ndo país.", "fez-se a defesa da democracia e do respeito irrestrito à \nlei constitucional para um projeto de nação brasileira da \ndécada 1970, que enfrentava o espírito demagógico \ndos políticos latino-americanos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_17
17
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Considere três números inteiros cuja soma é um número ímpar. Entre esses três números, a quantidade de números ímpares é igual a
{ "text": [ "0 ou 1.", "1 ou 2.", "2 ou 3.", "1 ou 3." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_18
18
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Dois anos atrás certo carro valia R$ 50.000,00 e atualmente vale R$ 32.000,00. Supondo que o valor do carro decresça a uma taxa anual constante, daqui um ano o valor do carro será
{ "text": [ "R$ 25.600,00.", "R$ 24.400,00.", "R$ 23.000,00.", "R$ 18.000,00." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_19
19
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Lançando-se determinada moeda tendenciosa, a probabilidade de sair cara é o dobro da probabilidade de sair coroa. Em dois lançamentos dessa moeda, a probabilidade de sair o mesmo resultado é igual a
{ "text": [ "1/2.", "5/9.", "2/3.", "3/5" ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_20
20
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Seja a função h(x) definida para todo número real por h(x) = 2^(x+1) se x<=1, h(x) = x-1 se x>1 Então, h(h(h(0))) é igual a
{ "text": [ "0.", "2.", "4.", "8." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_24
24
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Seja x um número real tal que sen(x) + cos(x) = 0,2. Logo, |sen(x) - cos(x)| igual a
{ "text": [ "0,5.", "0,8.", "1,1.", "1,4." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_25
25
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Sejam a e b números reais tais que a matriz A = [[1,2],[0,1]]satisfaz a equaçã A^2 = aA+bI, em que I é a matriz identidade de ordem 2. Logo, o produto ab é igual a
{ "text": [ "-2.", "-1.", "1.", "2." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_26
26
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Sabendo que k é um número real, considere o sistema linear nas variáveis reais x e y, x+ky=1 x+y=k é Correto afirmar que esse sistema
{ "text": [ "tem solução para todo k.", "não tem solução para nenhum k.", "não tem solução se k=1", "tem infinitas soluções se k > 1." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_27
27
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
No plano cartesiano, sejam C a circunferência de centro na origem e raio r > 0 e s a reta de equação x+3y=10. A reta s intercepta a circunferência C em dois pontos distintos se e somente se
{ "text": [ "r > 2.", "r > 5.", "r > 3.", "r > 10." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_28
28
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Sejam p(x) e q(x) polinômios com coeficientes reais. Dividindo-se p(x) por q(x), obtém-se quociente e resto iguais a x^2 + 1.Nessas condições, correto afirmar que
{ "text": [ "o grau de p(x) menor que 5.", "o grau de q(x) menor que 3.", "p(x) tem raízes complexas.", "q(x) tem raízes reais." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_29
29
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "mathematics" ]
null
Sejam a e b números reais não nulos. Se o número complexo z= a+bi uma raiz da equação quadrática x^2 + bx + a = 0 então o valor de |z| é igual a
{ "text": [ "|z| = 1/√3.", "|z| = 1/√5.", "|z| = √3.", "|z| = √5." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_31
31
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "english" ]
null
Elderly flight passenger throws coins into engine for ‘luck’, delays take-off for hours China Southern Airlines Flight 380 was held up at the Shanghai Pudong International Airport after an elderly woman passenger caused a disruption, according to the airline’s official WeChat account. An investigation into the incident is under way. Passengers boarding the flight reportedly saw an elderly woman throwing coins at the engine for “blessings” from the middle of the boarding staircase and alerted the crew. Ground staff said the woman, who appeared to be about 80 and had limited mobility, was accompanied by her husband, daughter and son-in-law. The captain was quoted as saying the metal, if sucked up by the engine, could have caused serious damage, including failure. The flight was later given a green light and took off at 5.52pm, more than five hours late. It is scheduled to arrive in Guangzhou at 8.14pm. (Adaptado de Sarah Zheng, Elderly flight passenger throws coins into engine for ‘luck’, delays take-off for hours. South China Morning Post, 27/06/2017. Disponível em http://www.scmp.com/news/china/society/article/2100242/elderly- flight-passenger-throws-coins-engine-luck-delays-take. Acessado em 10/07/2017.) O que é correto afirmar sobre o incidente relatado na notícia anterior?
{ "text": [ "Por causa do incidente, o avião chegou a seu \ndestino com cinco horas de atraso, às 17h52.", "Segundo o piloto, moedas atiradas na turbina do \navião causaram sérios danos à aeronave.", "Uma idosa chinesa, seu marido, sua filha e seu \ngenro quase provocaram um acidente aéreo.", "A ação de alguns passageiros evitou o risco de um \ngrave acidente aéreo." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_33
33
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "english" ]
null
ZOMBIE NEUROSCIENCE I don’t know if cockroaches dream, but I imagine if they do, jewel wasps feature prominently in their nightmares. These small, solitary tropical wasps are of little concern to us humans; after all, they don’t manipulate our minds so that they can serve us up as willing, living meals to their newborns, as they do to unsuspecting cockroaches. The story is simple, if grotesque: the female wasp controls the minds of the cockroaches she feeds to her offspring, taking away their sense of fear or will to escape their fate. What turns a once healthy cockroach into a mindless zombie it’s venom. Not just any venom, either: a specific venom that acts like a drug, targeting the cockroach's brain. (Adaptado de Christie Wilcox, Zombie Neuroscience. Scientific American, New York, v. 315, n. 2, p. 70–73, 2016.) De acordo com o autor,
{ "text": [ "certas baratas conseguem escapar de ataques de \nvespas comportando-se como zumbis.", "baratas são capazes de ações predatórias que mal \npodemos imaginar.", "vespas fêmeas de uma certa espécie podem controlar \na mente das baratas.", "uma barata pode inocular um veneno que transforma \numa outra barata em um zumbi." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_37
37
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "english" ]
null
Coral reefs are colorful underwater forests which teem with life and act as a natural protective barrier for coastal regions. The fishes and plants which call them home belong to some of the most diverse ― and fragile ― ecosystems on the planet. Higher sea temperatures from global warming have already caused major coral bleaching events. Bleaching occurs when corals respond to the stress of warmer temperatures by expelling the colorful algae that live within them. Increased levels of atmospheric carbon dioxide result in higher levels of CO2 in the water, leading to ocean acidification, which is also a threat to coral. As the oceans become more acidic, the corals' ability to form skeletons through calcification is inhibited, causing their growth to slow. Increasing sea levels caused by melting sea ice could also cause problems for some reefs by making them too deep to receive adequate sunlight, another factor important for survival. (Adaptado de Coral Reefs, The National Wildlife Federation. Disponível em https://www.nwf.org/Wildlife/Threats-to-Wildlife/Global- Warming/Effects-on-Wildlife-and-Habitat/Coral-Reefs.aspx. Acessado em 26/07/2017.) Considerando o texto e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. Os recifes de corais estão seriamente ameaçados pela combinação dos seguintes fatores:
{ "text": [ "branqueamento das esponjas calcáreas pela exalação \nde suas algas simbiontes; acidificação marinha em \nvirtude da elevação do nível do mar; e menor taxa \nfotossintética pelo aumento do CO2 nos oceanos.", "bloqueio das conchas dos cnidários pela expulsão de \nsuas algas parasíticas; acidificação marinha em \nvirtude dos maiores níveis de CO2 no ar; e maior incidência de luz solar por causa do degelo das \ncalotas polares.", "branqueamento dos pólipos de cnidários pela \nexpulsão de suas algas simbiontes; acidificação \nmarinha em virtude dos maiores níveis de CO2 no ar; e menor taxa fotossintética em razão dos níveis \noceânicos elevados.", "bloqueio das esponjas calcáreas pela aquisição de \nalgas comensalistas; acidificação marinha em virtude \ndos maiores níveis de CO2 no ar; e maior incidência de luz solar por causa do degelo das calotas polares" ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_38
38
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "english", "physics" ]
null
The modern F=ma form of Newton's second law occurs nowhere in any edition of the Principia even though he had seen his second law formulated in this way in print during the interval between the second and third editions in Jacob Hermann's Phoronomia of 1716. Instead, it has the following formulation in all three editions: A change in (1) ________ is proportional to the motive (2) ________ impressed and takes place along the (3) _________ line in which that force is (4)________. In the body of the Principia this law is applied both to (5) _______ cases, in which an instantaneous impulse such as from impact is effecting the change in motion, and to cases of (6) _______ action, such as the change in motion in the continuous deceleration of a body moving in a resisting medium. Newton thus appears to have intended his second law to be neutral between discrete forces (that is, what we now call impulses) and continuous forces. (Adaptado de George Smith, "Newton's Philosophiae Naturalis Principia Mathematica", em Edward N. Zalta (ed.), The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2008 Edition). Disponível em https://plato.stanford.edu/archives/win2008/entries/newton-principia/. Acessado em 24/10/2017.) Assinale a alternativa que apresenta a sequência adequada de palavras que preenchem as lacunas do texto acima, para que os conceitos utilizados estejam corretos.
{ "text": [ "Motion, force, straight, impressed, discrete, continuous.", "Force, motion, impressed, straight, discrete, continuous.", "Motion, force, impressed, straight, continuous, discrete.", "Force, motion, straight, impressed, continuous, discrete." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_41
41
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
Recentemente, a agência espacial americana anunciou a descoberta de um planeta a trinta e nove anos-luz da Terra, orbitando uma estrela anã vermelha que faz parte da constelação de Cetus. O novo planeta possui dimensões e massa pouco maiores do que as da Terra e se tornou um dos principais candidatos a abrigar vida fora do sistema solar. Considere este novo planeta esférico com um raio igual a Rp = 2Rt e massa Mp = 8Mt , em que Rt e Mt são o raio e a massa da Terra, respectivamente. Para planetas esféricos de massa M e raio R , a aceleração da gravidade na superfície do planeta é dada por = GM/R^2, , em que G é uma constante universal. Assim, considerando a Terra esférica e usando a aceleração da gravidade na sua superfície, o valor da aceleração da gravidade na superfície do novo planeta será de
{ "text": [ "5 m/s^2.", "20 m/s^2.", "40 m/s^2.", "80 m/s^2." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_42
42
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
O primeiro satélite geoestacionário brasileiro foi lançado ao espaço em 2017 e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e na ampliação da oferta de comunicação de banda larga. O foguete que levou o satélite ao espaço foi lançado do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. A massa do satélite é constante desde o lançamento até a entrada em órbita e vale m = 6,0 x 10^3. O módulo de dua velocidade orbital é V_or = 3,0 x10^3 m/s. Desprezando a velocidade inicial do satélite em razão do movimento de rotação da Terra, o trabalho da força resultante sobre o satélite para levá-lo até a sua órbita é igual a
{ "text": [ "2 MJ.", "18 MJ.", "27 GJ.", "54 GJ." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_43
43
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
Em junho de 2017 uma intensa onda de calor atingiu os EUA, acarretando uma série de cancelamentos de voos do aeroporto de Phoenix no Arizona. A razão é que o ar atmosférico se torna muito rarefeito quando a temperatura sobe muito, o que diminui a força de sustentação da aeronave em voo. Essa força, vertical de baixo para cima, está associada à diferença de pressão ∆P entre as partes inferior e superior do avião. Considere um avião de massa total m = 3x10^5 kg em voo horizontal. Sendo a área efetiva de sustentação do avião A = 500 m^2 , na situação de voo horizontal ∆P vale
{ "text": [ "5x10^3 N/m^2.", "6x10^3 N/m^2.", "1,5x10^6 N/m^2.", "1,5x10^8 N/m^2." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_44
44
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
“Gelo combustível” ou “gelo de fogo” é como são chamados os hidratos de metano que se formam a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São geralmente encontrados em sedimentos do fundo do mar ou sob a camada de solo congelada dos polos. A considerável reserva de gelo combustível no planeta pode se tornar uma promissora fonte de energia alternativa ao petróleo. Considerando que a combustão completa de certa massa de gelo combustível libera uma quantidade de energia igual a E = 7,2 MJ, é correto afirmar que essa energia é capaz de manter aceso um painel de LEDs de potência P = 2 kW por um intervalo de tempo igual a
{ "text": [ "1 minuto.", "144 s.", "1 hora.", "1 dia." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_45
45
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
Um conjunto de placas de aquecimento solar eleva a temperatura da água de um reservatório de 500 litros de 20 oC para 47 oC em algumas horas. Se no lugar das placas solares fosse usada uma resistência elétrica, quanta energia elétrica seria consumida para produzir o mesmo aquecimento? Adote 1,0 kg/litro para a densidade e 4,0 kJ/(kg∙oC) para o calor específico da água. Além disso, use 1 kWh = 10^3 W x 3.600 s = 3,6 x 10^6 J.
{ "text": [ "15 kWh.", "26 kWh.", "40.000 kWh.", "54.000 kWh." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_49
49
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, inventaram a polis: a comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a necessidade da natureza, nem a vontade dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de criar problemas e propor soluções. O nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente falando, que já se produziu na história humana, é democracia. (Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.) Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga.
{ "text": [ "Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da \nliberdade dos homens e da tirania dos deuses.", "Os gregos inventaram a democracia, que tinha então \no mesmo funcionamento do sistema político vigente \natualmente no Brasil.", "Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida \nna polis e estava relacionada à capacidade de \ninvenção da política.", "A democracia foi uma invenção grega que criou \nproblemas em função do excesso de liberdade dos \nhomens." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_50
50
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Estamos acostumados a considerar que o sistema centro/periferia, ao menos no Ocidente, é um eixo essencial da estrutura e do funcionamento no espaço das economias, das sociedades, das civilizações. O historiador Fernand Braudel estimou que tal sistema só existiu e funcionou plenamente a partir do século XV. Essa definição não se aplica à Cristandade Medieval sem importantes correções. A noção de centro e a oposição centro/periferia são menos decisivas que outros sistemas de orientação espacial. O principal sistema é o que opõe o baixo ao alto, quer dizer, o Aqui, esse “mundo” imperfeito e marcado pelo Pecado Original, ao céu, morada de Deus. (Adaptado de Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt, “Centro/Periferia”, em Dicionário temático do ocidente medieval, v. 2. São Paulo: Edusc, 2002, p. 203.) A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "Usada nas Ciências Humanas para a compreensão \nde períodos históricos desde a Antiguidade, a noção \nde centro/periferia perdura até a atualidade e estrutura \no sistema econômico global contemporâneo.", "As noções de baixo e alto têm um sentido histórico \nmais preciso para a compreensão da Cristandade \nMedieval do que o sistema centro/periferia.", "O sistema centro/periferia é aplicável ao estudo da \nCristandade Medieval, já que os feudos constituíam o \ncentro da vida econômica e cultural naquele contexto.", "O sistema centro/periferia aplicado durante a Era \nMedieval espelhava o sistema de orientação baixo e \nalto, sendo o baixo o mundo do pecado e o alto o \nmundo da virtude cristã." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_51
51
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Na formação das monarquias confessionais da Época Moderna houve reforço das identidades territoriais, em função de critérios de caráter religioso ou confessional. Simultaneamente, houve uma progressiva incorporação da Igreja ao corpo do Estado, através de medidas de caráter patrimonial e jurisdicional que procuravam uma maior sujeição das estruturas e agentes eclesiásticos ao poder do príncipe. Na busca pela homogeneização da fé dentro de um território político, a Igreja cumpria também papel fundamental na formação do Estado moderno por meio de seus mecanismos de disciplinamento social dos comportamentos. (Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma em Portugal, 1540-1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006, p.52.) Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Europa Moderna, assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "Cada monarquia confessional adotou uma identidade \nreligiosa e medidas repressivas em relação às \ndissidências religiosas que poderiam ameaçar tal \nunidade.", "Monarquias confessionais são aquelas unidades \npolíticas nas quais havia a convivência pacífica de \nduas ou mais confissões religiosas, num mesmo \nterritório.", "São consideradas monarquias confessionais os \nterritórios protestantes que se mostravam mais \npropícios ao desenvolvimento do capitalismo \ncomercial, tornando-se, assim, nações enriquecidas.", "As monarquias confessionais contavam com a \ninstituição do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição \nem seu território, uma forma de controle cultural sobre \nreligiões politeístas." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_52
52
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em muitas situações, a composição química das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o completo despovoamento humano da área. (Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.) A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre História do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "A principal diferença entre as lavouras indígenas e a \nagricultura comercial colonial estava no uso de \nqueimadas pelos europeus, o que não era praticado \npelas populações autóctones.", "Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as \nnovas espécies de mandioca trazidas da Europa eram \nmenos resistentes às formigas cortadeiras, e por isso \nmais susceptíveis à infestação.", "Os colonizadores introduziram no território colonial novas \nespécies de mandioca e milho, que desequilibraram o \nsistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo \nde plantação.", "A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora \nnas lavouras da América Portuguesa, combinando \ntradições europeias de plantio com práticas indígenas." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_53
53
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Consideramos estas verdades como autoevidentes: que todos os homens e mulheres foram criados iguais; que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis. Entre os direitos inalienáveis estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para garantir esses direitos, os governos são instituídos. Os poderes do governo emanam do consentimento daqueles que são governados. Qualquer governo que se torna destrutivo para os direitos inalienáveis pode ser destituído por aqueles que sofrem. Os que sofrem podem recusar lealdade e exigir a instituição de um novo governo. E assim tem sido o sofrimento das mulheres sob este governo. E, por isso, é necessário exigir uma mudança. (Adaptado de Elizabeth Cady Stanton, A History of Woman Suffrage, v. 1. Rochester: Fowler and Wells, 1889, p. 70-71.) Assinale a alternativa correta. O documento acima integra
{ "text": [ "a Declaração de Independência dos Estados Unidos \nda América, baseada nos princípios de Jean-Jacques \nRousseau e do Pacto Social.", "a Declaração da primeira Convenção dos Direitos das \nMulheres nos Estados Unidos da América, que \nreconhece os princípios liberais de John Locke e o \ndireito à propriedade privada, ampliando-os.", "a Declaração de Independência dos Estados Unidos \nda América, baseada nos princípios de Thomas \nPaine, que reconhece como direitos inalienáveis a \nvida, a liberdade e a busca da felicidade.", "a Declaração da primeira Convenção dos Direitos das \nMulheres nos Estados Unidos da América, baseada \nnos princípios de Alexis de Tocqueville, que se \nopunha à democracia na América." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_54
54
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Em julho de 1917, convocou-se, em São Paulo, uma greve geral, com adesão de 45.000 trabalhadores, para pedir aumento salarial. A greve se estendeu ao Rio de Janeiro e levou o governo a reforçar o aparato repressivo e decretar estado de sítio em 1918. Nos anos de 1917-1919, o Chile registrou o recrudescimento da agitação sindical. Mobilizavam- se com facilidade 100.000 trabalhadores, como durante as manifestações contra o custo dos alimentos em 1918 e 1919. A Argentina foi outro país que teve um movimento sindical poderoso. Entre 1917 e 1921, o movimento sindical conheceu seu apogeu. Apenas durante o ano de 1919, registraram-se 367 greves na capital Buenos Aires. (Adaptado de Olivier Dabène, América Latina no século XX. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 64-65.) Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "Os movimentos grevistas foram espontâneos e \napartidários nos anos de 1910, rejeitando a infiltração \nideológica das lideranças sindicais, de maioria \nmarxista e comunista, pouco mobilizadoras no \nperíodo.", "Os movimentos sindicais estavam em processo de \nfortalecimento, entre outras razões, pela intensa \nruralização dos países latino-americanos na década \nde 1900.", "O processo de fortalecimento dos movimentos \nsindicais enfrentou um forte aparato repressivo, nos \nanos de 1920, marcado pela colaboração entre os \nEstados latino-americanos.", "Os movimentos sindicais latino-americanos \napresentavam, em 1917, especificidades em relação \naos da Europa quanto às pautas reivindicatórias dos \ntrabalhadores." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_55
55
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
Vistas em conjunto, as aspirações ruralistas não eram contraditórias ou incompatíveis com o programa desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. A ideia de incompatibilidade entre o projeto nacional- desenvolvimentista e os interesses agrários era uma ficção. (Adaptado de Vânia Moreira, “Os Anos JK: industrialização e modelo oligárquico de desenvolvimento rural”, em Jorge Ferreira e Lucília Delgado (Orgs.), O Brasil Republicano. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 169-170.) Considerando a composição do setor rural nacional e o programa desenvolvimentista do governo JK, é correto afirmar que:
{ "text": [ "A \"Marcha para o Oeste\" obteve grande êxito porque, \nalém dos grandes ruralistas, conseguia atender também \naos interesses dos pequenos posseiros, trabalhadores \nsem terra e indígenas.", "O desenvolvimentismo atendia às ambições da oligarquia \nrural, em função das políticas de modernização da \nagricultura, permitindo que ela se beneficiasse da \nexpansão do mercado consumidor, um dos \ndesdobramentos da industrialização.", "O Plano de Metas do governo JK fracassou porque os \ninteresses do agronegócio se mostraram posteriormente \ninconciliáveis com as demandas da velha oligarquia rural \ndas regiões Norte e Centro-Oeste.", "Os interesses agrários e o projeto de industrialização do \nnacional-desenvolvimentismo eram compatíveis porque o \nPartido Trabalhista Brasileiro era composto \nprincipalmente pela oligarquia rural." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_57
57
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
“Como na Argentina: Os corpos brotam do chão, como na Argentina. Corpo não é reciclável. Corpo não é reduzível. Dá para dissolver os corpos em ácido, mas não haveria ácido que chegasse para os assassinados do século. Valas mais fundas, mais escombros, nada adianta. Sempre sobra um dedo acusando. O corpo é como o nosso passado, não existe mais e não vai embora. Tentaram largar o corpo no meio do mar e não deu certo. O corpo boia. O corpo volta. Tentaram forjar o protocolo – foi suicídio, estava fugindo – e o corpo desmentia tudo. O corpo incomoda. O corpo faz muito silêncio. Consciência não é biodegradável. Memórias não apodrecem. Ficam os dentes.” (Luís Fernando Veríssimo, “Como na Argentina”, em A mãe do Freud. Porto Alegre: L&PM Editores, 1985, p. 46.) O texto se refere
{ "text": [ "ao trauma coletivo das políticas repressivas e crimes de \nEstado praticados pelos regimes ditatoriais latino-\namericanos.", "à memória dos exilados fugidos dos regimes ditatoriais \nlatino-americanos da segunda metade do século XX.", "ao movimento dos Montoneros, em busca de seus filhos \ne netos desaparecidos no período da ditadura na \nArgentina.", "aos julgamentos em andamento contra o clientelismo do \nregime peronista praticada na Argentina." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_59
59
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "history" ]
null
O pastor norte-americano Pat Robertson, dono do canal de comunicação Christian Broadcasting Network, afirmou que a tragédia provocada pelo terremoto no Haiti, em janeiro de 2010, foi decorrente do “pacto com o diabo” que setores da população haitiana teriam feito para que o país se tornasse independente. Nas palavras do Pastor, "Os haitianos estavam sob o jugo da França. Eles se uniram e fizeram um pacto com o diabo. Disseram: 'Serviremos a ti caso nos liberte da França'". (Adaptado de Haroldo Ceravolo Sereza, “Pastor americano atribui terremoto a 'pacto com o Diabo' e provoca protestos; país se libertou da França em 1804”. Uol notícias. 14/01/2010. Disponível em https://noticias.uol.com.br/ especiais/terremoto-haiti/ultnot/2010/01/14/ult9967u9.jhtm. Acessado em 30/08/2017.) A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "A independência do Haiti foi decisiva para que o Império \nBrasileiro, que projetava a construção de um Estado \nNação reconhecido internacionalmente, reprimisse \nmovimentos como a Revolta Malês, em Salvador (1835).", "A declaração do Pastor é pautada em preconceitos em \nrelação às práticas religiosas dos afrodescendentes no \nHaiti. A conquista espiritual, parte dos projetos \nimperialistas, garantiu a eliminação de religiões \nconsideradas pagãs nas Américas.", "Colônia francesa nas Antilhas, Saint Domingue tornou-se \nresponsável por 40% da produção mundial de cacau no \nséculo XVIII. A mão de obra empregada era \nmajoritariamente escrava, com a exploração de africanos \nou de seus descendentes.", "O processo de independência do Haiti foi apoiado por \noutras colônias, interrompendo o projeto imperialista \neuropeu no Novo Mundo. Após 1804, os EUA conduzem \nas ações imperialistas na América, tornando-se a \nprincipal referência cultural no continente." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_63
63
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "physics" ]
null
Icebergs flutuam na água do mar, assim como o gelo em um copo com água potável. Imagine a situação inicial de um copo com água e gelo, em equilíbrio térmico à temperatura de 0 °C. Com o passar do tempo o gelo vai derretendo. Enquanto houver gelo, a temperatura do sistema
{ "text": [ "permanece constante, mas o volume do sistema \naumenta.", "permanece constante, mas o volume do sistema \ndiminui.", "diminui e o volume do sistema aumenta.", "diminui, assim como o volume do sistema." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_65
65
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "chemistry" ]
null
Em 12 de maio de 2017 o Metrô de São Paulo trocou 240 metros de trilhos de uma de suas linhas, numa operação feita de madrugada, em apenas três horas. Na solda entre o trilho novo e o usado empregou-se uma reação química denominada térmita, que permite a obtenção de uma temperatura local de cerca de 2.000 °C. A reação utilizada foi entre um óxido de ferro e o alumínio metálico. De acordo com essas informações, uma possível equação termoquímica do processo utilizado seria
{ "text": [ "Fe2O3 + 2AI -> 2Fe + AI2O3; H = +852 kJ mol^(-1)", "FeO3 + AI -> Fe + AIO3; H = -852 kJ mol^(-1)", "FeO3 + AI -> Fe + AIO3; H = +852 kJ mol^(-1)", "Fe2O3 + 2AI -> 2Fe + AI2O3; H = -852 kJ mol^(-1)" ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_67
67
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "chemistry" ]
null
Dados de massas atômicas em Dalton: C = 12 e H = 1. Mais de 2.000 plantas produzem látex, a partir do qual se produz a borracha natural. A Hevea brasiliensis (seringueira) é a mais importante fonte comercial desse látex. O látex da Hevea brasiliensis consiste em um polímero do cis-1,4-isopreno, fórmula C5H8 , com uma 5 8 massa molecular média de 1.310 kDa (quilodaltons). De acordo com essas informações, a seringueira produz um polímero que tem em média
{ "text": [ "19 monômeros por molécula.", "100 monômeros por molécula.", "1.310 monômeros por molécula.", "19.000 monômeros por molécula." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_68
68
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "chemistry" ]
null
A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece. Ela foi descoberta na França no final do século XIX, quase por acaso, por um agricultor que aplicava água de cal nos cachos de uva para evitar que fossem roubados; a cal promovia uma mudança na aparência e no sabor das uvas. O agricultor logo percebeu que as plantas assim tratadas estavam livres de antracnose. Estudando-se o caso, descobriu-se que o efeito estava associado ao fato de a água de cal ter sido preparada em tachos de cobre. Atualmente, para preparar a calda bordalesa, coloca-se o sulfato de cobre em um pano de algodão que é mergulhado em um vasilhame plástico com água morna. Paralelamente, coloca-se cal em um balde e adiciona-se água aos poucos. Após quatro horas, adiciona-se aos poucos, e mexendo sempre, a solução de sulfato de cobre à água de cal. (Adaptado de Gervásio Paulus, André Muller e Luiz Barcellos, Agroecologia aplicada: práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica. Porto Alegre: EMATER-RS, 2000, p. 86.) Dados de massas molares em g∙mol-1: sulfato de cobre (II) pentaidratado = 250; hidróxido de cálcio = 74. Na preparação da calda bordalesa são usados 100 g de sulfato de cobre(II) pentaidratado e 100 g de hidróxido de cálcio (cal extinta). Para uma reação estequiométrica entre os íons cobre e hidroxila, há um excesso de aproximadamente
{ "text": [ "1,9 mol de hidroxila.", "2,3 mol de hidroxila.", "2,5 mol de cobre.", "3,4 mol de cobre." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_69
69
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "chemistry" ]
null
A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece. Ela foi descoberta na França no final do século XIX, quase por acaso, por um agricultor que aplicava água de cal nos cachos de uva para evitar que fossem roubados; a cal promovia uma mudança na aparência e no sabor das uvas. O agricultor logo percebeu que as plantas assim tratadas estavam livres de antracnose. Estudando-se o caso, descobriu-se que o efeito estava associado ao fato de a água de cal ter sido preparada em tachos de cobre. Atualmente, para preparar a calda bordalesa, coloca-se o sulfato de cobre em um pano de algodão que é mergulhado em um vasilhame plástico com água morna. Paralelamente, coloca-se cal em um balde e adiciona-se água aos poucos. Após quatro horas, adiciona-se aos poucos, e mexendo sempre, a solução de sulfato de cobre à água de cal. (Adaptado de Gervásio Paulus, André Muller e Luiz Barcellos, Agroecologia aplicada: práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica. Porto Alegre: EMATER-RS, 2000, p. 86.) Na formulação da calda bordalesa fornecida pela EMATER, recomenda-se um teste para verificar se a calda ficou ácida: coloca-se uma faca de aço carbono na solução por três minutos. Se a lâmina da faca adquirir uma coloração marrom ao ser retirada da calda, deve-se adicionar mais cal à mistura. Se não ficar marrom, a calda está pronta para o uso. De acordo com esse teste, conclui-se que a cal deve promover
{ "text": [ "uma diminuição do pH, e o sulfato de cobre(II), por sua \nvez, um aumento do pH da água devido à reação SO4^(-2) + H2O -> HSO4^(-) + OH^(-).", "um aumento do pH, e o sulfato de cobre(II), por sua vez, \numa diminuição do pH da água devido à reação Cu^(+2) + H2O -> Cu(OH)^(+) + H^(+).", "uma diminuição do pH, e o sulfato de cobre(II), por sua \nvez, um aumento do pH da água devido à reação Cu^(+2) + H2O -> Cu(OH)^(+) + H^(+).", "um aumento do pH, e o sulfato de cobre(II), por sua vez, \numa diminuição do pH da água devido à reação SO4^(-2) + H2O -> HSO4^(-) + OH^(-)." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_71
71
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "geography" ]
null
O referendo realizado no Reino Unido em junho de 2016 conduziu ao Brexit, após 43 anos de adesão à União Europeia. São potenciais consequências dessa decisão, nos níveis nacional e continental, respectivamente,
{ "text": [ "o pedido da Irlanda do Norte por um novo referendo \npara decidir sua permanência no Reino Unido e a \ncontinuidade da livre circulação da moeda europeia, o \neuro, no Reino Unido.", "o pedido da Inglaterra por um novo referendo para \ndecidir sua permanência no Reino Unido e a \ncontinuidade da livre circulação da moeda europeia, o \neuro, no Reino Unido.", "o pedido da Escócia por um novo referendo para \ndecidir sua permanência no Reino Unido e o \ncomprometimento da livre circulação de cidadãos \neuropeus no Reino Unido.", "o pedido do País de Gales por um novo referendo \npara decidir sua permanência no Reino Unido e o \ncomprometimento da livre circulação de cidadãos \neuropeus no Reino Unido." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2018_72
72
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "geography" ]
null
Em junho de 2017, o governo dos Estados Unidos da América (EUA) se retirou do “Acordo de Paris”, assinado em 2015 por 195 países. Sobre as medidas previstas no Acordo para a redução da emissão de gases do efeito estufa, e o motivo da saída dos Estados Unidos do referido acordo, é correto afirmar que
{ "text": [ "são medidas deliberativas e os países signatários \npagarão multas pelo descumprimento das metas; os \nEUA não aceitam o papel da ONU na função de \nagente fiscalizador.", "são medidas propositivas e os países signatários \ndeverão definir metas para os próximos anos; os EUA \nnão concordam com o controle externo sobre suas \nfontes poluidoras.", "são medidas restritivas e os países signatários \nsofrerão punições políticas e econômicas se não \natingirem as metas; os EUA não aprovam a presença \nda Rússia no acordo.", "são medidas normativas e os países signatários \ndeverão definir as estratégias a serem adotadas; os \nEUA não aceitam assumir as mesmas \nresponsabilidades da Índia, o maior poluidor do \nplaneta." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_73
73
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "geography", "history" ]
null
Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit resulta dos seguintes processos:
{ "text": [ "ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e \nconcorrência com capitais europeus; deslocamento de \nindústrias para cidades vizinhas.", "consolidação do regime de acumulação fordista; \nprotecionismo econômico e concorrência com capitais \neuropeus; deslocamento de indústrias para outros \npaíses;", "declínio do toyotismo; liberalização econômica e \nconcorrência com capitais asiáticos; deslocamento de \nindústrias para cidades vizinhas.", "ascensão do regime de acumulação flexível; \nliberalização econômica e concorrência com capitais \nasiáticos; deslocamento de indústrias para outros \npaíses." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_77
77
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "geography" ]
null
Assinale a alternativa correta sobre a presença de agrotóxicos e de sementes transgênicas na agricultura brasileira.
{ "text": [ "O uso de agrotóxicos e sementes transgênicas \nassocia-se à busca de maior produtividade, sobretudo \nem áreas de fronteira agrícola.", "As sementes transgênicas e o uso de agrotóxicos \nadequados ampliaram o interesse de países da União \nEuropeia pelos produtos agrícolas brasileiros.", "O uso de agrotóxicos no Brasil reduziu a necessidade \nde aproveitamento das sementes transgênicas nos \ncultivos agrícolas de grãos no país.", "Por ser signatário de acordos internacionais, o Brasil \nreduziu o uso de agrotóxicos e sementes transgênicas \nem áreas próximas a mananciais." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
A
UNICAMP_2018_78
78
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "geography" ]
null
Frequentemente o terrorismo recorre a ações de grande impacto. Contudo, seu objetivo maior é o de influenciar os espíritos; antes de tudo, ele visa a aterrorizar, e se distingue da criminalidade. Invocando reivindicações políticas, de natureza social, econômica ou religiosa, o terrorismo
{ "text": [ "realiza-se apenas no âmbito internacional, enquanto a \ncriminalidade é marcada pelo objetivo primeiro do \nganho financeiro.", "realiza-se nacional e internacionalmente, enquanto a \ncriminalidade é marcada pelo objetivo primeiro do \nganho financeiro.", "realiza-se apenas no âmbito internacional, enquanto a \ncriminalidade é marcada basicamente por objetivos \nideológicos.", "realiza-se nacional e internacionalmente, enquanto a \ncriminalidade é marcada basicamente por objetivos \nideológicos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_82
82
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Os anfíbios constituem um dos grupos de animais com maior número de espécies ameaçadas de extinção. Entre outras razões, isso ocorre porque eles são suscetíveis à contaminação por substâncias nocivas e à infecção por fungos. Os anfíbios apresentam tal suscetibilidade porque têm
{ "text": [ "hábitos aquáticos, que os tornam suscetíveis a \npredadores.", "pulmões bem desenvolvidos, que acumulam \nimpurezas e fungos.", "sangue frio, que diminui a atividade de enzimas \nhepáticas.", "pele úmida e permeável, que possibilita a respiração \ncutânea." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_83
83
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Em alguns casos, as organelas celulares podem transformar-se e perder a funcionalidade, como acontece com os cloroplastos. Em plantas com alta atividade de fotossíntese, mas com crescimento paralisado e sem drenos ativos (como flores e frutos), os cloroplastos podem dar origem a
{ "text": [ "protoplastos ― células vegetais desprovidas de parede \ncelular.", "amiloplastos ― organelas em que ocorre acúmulo de \namido.", "proplastos ― organelas imaturas que dão origem a \ncloroplastos.", "cromoplastos ― organelas em que ocorre acúmulo de \npigmentos." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_84
84
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou novas diretrizes para o tratamento de três doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorreia e clamidíase. As três doenças citadas são causadas por
{ "text": [ "microrganismos (bactérias ou vírus), que passaram \ndos macacos para o ser humano há muitos anos, \nlevando ao surgimento de epidemias e pandemias.", "bactérias, que podem se tornar resistentes a \nantibióticos, se utilizados em excesso ou de forma \ninapropriada, dificultando o tratamento.", "bactérias, que podem ser tratadas e eliminadas pelo \nuso diligente de preservativos (masculinos ou \nfemininos) durante as relações sexuais.", "protozoários, que podem ser tratados e eliminados \npelo uso diligente de preservativos (masculinos ou \nfemininos) durante as relações sexuais." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_86
86
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas nas definições a seguir. (i) ____________ é o conjunto de toda a informação genética de um organismo. (ii) _____________ é um trecho do material genético que fornece instruções para a fabricação de um produto gênico. (iii) _____________ é a constituição de alelos que um indivíduo possui em um determinado loco gênico. (iv) _____________ é a correspondência que existe entre códons e aminoácidos, relativa a uma sequência codificadora no DNA.
{ "text": [ "(i) Código genético; (ii) Alelo; (iii) Homozigoto; (iv) Gene.", "(i) Genoma; (ii) Gene; (iii) Genótipo; (iv) Código genético.", "(i) Código genético; (ii) DNA; (iii) Genótipo; (iv) tRNA.", "(i) Genoma; (ii) Código genético; (iii) Homozigoto; (iv) tRNA." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2018_89
89
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Altas concentrações de metais pesados foram encontradas nas águas de inúmeras bacias hidrográficas brasileiras. Esses poluentes podem rapidamente se acumular em seres vivos. Por exemplo, peixes podem absorver metais pesados da água e pela ingestão de alimentos, retendo-os em seu tecido muscular. (Adaptado de Daniel P. de Lima e outros, Contaminação por metais pesados em peixes e água da bacia do rio Cassiporé, Estado do Amapá, Brasil. Acta Amazonica, Manaus, 45, pp. 405-414, 2015.) Assinale a alternativa correta.
{ "text": [ "Metais pesados, como o urânio, são encontrados em \nmaiores concentrações em herbívoros longevos ou do \nmeio da teia alimentar, como tartarugas marinhas e \npeixes de fundo de rio.", "Metais pesados, como o mercúrio, são encontrados \nem maiores concentrações em carnívoros do meio da \nteia alimentar, como aves de rapina e peixes \npredatórios.", "Metais pesados, como o ferro, são encontrados em \nmaiores concentrações em herbívoros e carnívoros do \ntopo da teia alimentar, como aves de rapina e peixes \npredatórios.", "Metais pesados, como o chumbo, são encontrados em \nmaiores concentrações em predadores longevos ou do \ntopo da teia alimentar, como aves de rapina e peixes \npredatórios." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2018_90
90
UNICAMP_2018
2018
UNICAMP
[ "biology" ]
null
Algumas plantas de ambientes áridos apresentam o chamado "metabolismo ácido das crassuláceas", em que há captação do CO atmosférico durante a noite, quando 2 os estômatos estão abertos. Como resultado, as plantas produzem ácidos orgânicos, que posteriormente fornecem substrato para a principal enzima fotossintética durante o período diurno. É correto afirmar que essas plantas
{ "text": [ "respiram e fotossintetizam apenas durante o período \ndiurno.", "respiram e fotossintetizam apenas durante o período \nnoturno.", "respiram o dia todo e fotossintetizam apenas durante o \nperíodo diurno.", "respiram e fotossintetizam o dia todo." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2019_2
2
UNICAMP_2019
2019
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice. (Adaptado de Eduardo Affonso, “Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto”. Disponível em www.facebook.com/eduardo22affonso/.) Segundo o texto, as proparoxítonas são palavras que
{ "text": [ "garantem sua pronúncia graças à exigência de uma\nsílaba tônica.", "conferem nobreza ao léxico da língua graças à\nfacilidade de sua pronúncia.", "revelam mais prestígio em função de seu pouco uso e\nde sua dupla acentuação.", "exibem sempre sua prepotência, além de imporem a\nobrigatoriedade da acentuação." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2019_3
3
UNICAMP_2019
2019
UNICAMP
[ "portuguese", "history" ]
null
Na década de 1950, quando iniciava seu governo, Juscelino Kubitschek prometeu “50 anos em 5”. Na campanha do atual governo o slogan ficou assim: “O Brasil voltou, 20 anos em dois”. A ‘tradução’ não tinha como dar certo; era como comparar vinho com água. E mais: havia uma vírgula no meio do caminho. Na propaganda, apenas uma vírgula impede que a leitura, ao invés de ser positiva e associada ao progressismo de Juscelino, se transforme numa mensagem de retrocesso: o Brasil de fato ‘voltou’ muito nesses últimos dois anos; para trás. (Adaptado de Lilia Schwarcz, Havia uma vírgula no meio do caminho. Nexo Jornal, 21/05/2018.) Considerando o gênero propaganda institucional e o paralelo histórico traçado pela autora, é correto afirmar que o slogan do atual governo fracassou porque
{ "text": [ "o uso da vírgula provocou uma leitura negativa do\ntrecho que alude ao slogan da década de 1950.", "a mensagem projetada pelo slogan anterior era mais\nclara, direta, e não exigia o uso da vírgula.", "a alusão ao slogan anterior afasta o público jovem e\nprovoca a perda de seu poder persuasivo.", "o duplo sentido do verbo “voltar” gerou uma\nmensagem que se afasta daquela projetada pelo\nslogan anterior." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D
UNICAMP_2019_4
4
UNICAMP_2019
2019
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
Alguns pesquisadores falam sobre a necessidade de um “letramento racial”, para “reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista”, baseado em fundamentos como o reconhecimento de privilégios, do racismo como um problema social atual, não apenas legado histórico, e a capacidade de interpretar as práticas racializadas. Ouvir é sempre a primeira orientação dada por qualquer especialista ou ativista: uma escuta atenta, sincera e empática. Luciana Alves, educadora da Unifesp, afirma que "Uma das principais coisas é atenção à linguagem. A gente tem uma linguagem sexista, racista, homofóbica, que passa pelas piadas e pelo uso de termos que a gente já naturalizou. ‘A coisa tá preta’, ‘denegrir’, ‘serviço de preto’... Só o fato de você prestar atenção na linguagem já anuncia uma postura de reconstrução. Se o outro diz que tem uma carga negativa e ofensiva, acredite”. (Adaptado de Gente branca: o que os brancos de um país racista podem fazer pela igualdade além de não serem racistas. UOL, 21/05/2018) Segundo Luciana Alves, para combater o racismo e mudar de postura em relação a ele, é fundamental
{ "text": [ "ouvir com atenção os discursos e orientações de\nespecialistas e ativistas.", "reconhecer expressões racistas existentes em práticas\nnaturalizadas.", "passar por um “letramento racial” que dispense o\nlegado histórico.", "prestar atenção às práticas históricas e às orientações\nda educadora." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
B
UNICAMP_2019_7
7
UNICAMP_2019
2019
UNICAMP
[ "portuguese", "history" ]
null
Para driblar a censura imposta pela ditadura militar, compositores de música popular brasileira (MPB) valiam-se do que Gilberto Vasconcelos chamou de “linguagem da fresta”, expressão inspirada na canção “Festa imodesta”, de Caetano Veloso. (...) Numa festa imodesta como esta Vamos homenagear Todo aquele que nos empresta sua testa Construindo coisas pra se cantar Tudo aquilo que o malandro pronuncia E que o otário silencia Toda festa que se dá ou não se dá Passa pela fresta da cesta e resta a vida. Acima do coração que sofre com razão A razão que volta do coração E acima da razão a rima E acima da rima a nota da canção Bemol natural sustenida no ar Viva aquele que se presta a esta ocupação Salve o compositor popular (Gilberto de Vasconcelos, Música popular: de olho na fresta. Rio de Janeiro: Graal, 1977.) É correto afirmar que, na canção, essa “linguagem da fresta” transparece
{ "text": [ "na contradição entre “festa” e “fresta”, que funciona\ncomo crítica ao malandro.", "na repetição de palavras com pronúncia semelhante\npara louvar a MPB.", "na referência à “fresta” como forma de o compositor se\npronunciar.", "na incoerência da rima entre “festa” e “imodesta” para\nprestigiar o compositor." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
C
UNICAMP_2019_8
8
UNICAMP_2019
2019
UNICAMP
[ "portuguese" ]
null
“Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada. Sentia-se banida porque nenhum pobre beberia água nas suas mãos ardentes. Ah! era mais fácil ser um santo que uma pessoa! Por Deus, pois não fora verdadeira a piedade que sondara no seu coração as águas mais profundas? Mas era uma piedade de leão.” (Clarice Lispector, “Amor”, em Laços de família. 20ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, p. 39.) Ao caracterizar a personagem Ana, a expressão “piedade de leão” reúne valores opostos, remetendo simultaneamente à compaixão e à ferocidade. É correto afirmar que, no conto “Amor”, essa formulação
{ "text": [ "revela um embate de natureza social, já que a pobreza\ndo cego causa náuseas na personagem.", "expressa o dilema cristão da alma pecadora diante de\nsua incapacidade de fazer o bem.", "indica um conflito psicológico, uma vez que a\npersonagem não se sente capaz de amar.", "alude a um contraste moral e existencial que provoca\nna personagem um sentimento de angústia." ], "label": [ "A", "B", "C", "D" ] }
D