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1 |
-
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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2 |
-
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
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3 |
-
CONSELHO PLENO
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4 |
-
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5 |
-
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015 O 9
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6 |
-
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7 |
-
Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
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8 |
-
formação inicial em nível superior (cursos de
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9 |
-
licenciatura, cursos de formação pedagógica para
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10 |
-
graduados e cursos de segunda licenciatura) e para
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11 |
-
a formação continuada.
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12 |
-
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13 |
-
O Presidente do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições
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14 |
-
legais e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, Lei nº 9.394,
|
15 |
-
de 20 de dezembro de 1996, Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, Lei nº 11.502, de 11 de
|
16 |
-
julho de 2007, Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, Lei
|
17 |
-
nº 13.005, de 25 de junho de 2014, observados os preceitos dos artigos 61 até 67 e do artigo
|
18 |
-
87 da Lei nº 9.394, de 1996, que dispõem sobre a formação de profissionais do magistério, e
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19 |
-
considerando o Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009, as Resoluções CNE/CP nº 1, de
|
20 |
-
18 de fevereiro de 2002, CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, CNE/CP nº 1, de 15 de
|
21 |
-
maio de 2006, CNE/CP nº 1, de 11 de fevereiro de 2009, CNE/CP nº 3, de 15 de junho de
|
22 |
-
2012, e as Resoluções CNE/CEB nº 2, de 19 de abril de 1999, e CNE/CEB nº 2, de 25 de
|
23 |
-
fevereiro de 2009, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, bem como o
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24 |
-
Parecer CNE/CP nº 2, de 9 de junho de 2015, homologado por Despacho do Ministro de
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25 |
-
Estado da Educação publicado no Diário Oficial do União de 25 de junho de 2015, e
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26 |
-
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27 |
-
CONSIDERANDO que a consolidação das normas nacionais para a formação
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28 |
-
de profissionais do magistério para a educação básica é indispensável para o projeto nacional
|
29 |
-
da educação brasileira, em seus níveis e suas modalidades da educação, tendo em vista a
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30 |
-
abrangência e a complexidade da educação de modo geral e, em especial, a educação escolar
|
31 |
-
inscrita na sociedade;
|
32 |
-
|
33 |
-
CONSIDERANDO que a concepção sobre conhecimento, educação e ensino é
|
34 |
-
basilar para garantir o projeto da educação nacional, superar a fragmentação das políticas
|
35 |
-
públicas e a desarticulação institucional por meio da instituição do Sistema Nacional de
|
36 |
-
Educação, sob relações de cooperação e colaboração entre entes federados e sistemas
|
37 |
-
educacionais;
|
38 |
-
|
39 |
-
CONSIDERANDO que a igualdade de condições para o acesso e a
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40 |
-
permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
|
41 |
-
pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; o respeito à
|
42 |
-
liberdade e o apreço à tolerância; a valorização do profissional da educação; a gestão
|
43 |
-
democrática do ensino público; a garantia de um padrão de qualidade; a valorização da
|
44 |
-
experiência extraescolar; a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
|
45 |
-
sociais; o respeito e a valorização da diversidade étnico-racial, entre outros, constituem
|
46 |
-
princípios vitais para a melhoria e democratização da gestão e do ensino;
|
47 |
-
|
48 |
-
CONSIDERANDO que as instituições de educação básica, seus processos de
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49 |
-
organização e gestão e projetos pedagógicos cumprem, sob a legislação vigente, um papel
|
50 |
-
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51 |
-
Resolução CNE/CP 2/2015. Diário Oficial da União, Brasília, 2 de julho de 2015 — Seção 1 — pp. 8-12.
|
52 |
-
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53 |
-
(9 Retificação publicada no DOU de 3/7/2015, Seção 1, p. 28: Na Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de
|
54 |
-
2015, publicada no Diário Oficial da União de 2/7/2015, Seção 1, pp. 8-12, no Art. 17, 8 1º, p. 11, onde se lê: "II
|
55 |
-
- atividades ou cursos de extensão, oferecida por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto
|
56 |
-
de extensão aprovado pela instituição de educação superior formadora;", leia-se: "III - atividades ou cursos de
|
57 |
-
extensão, oferecida por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto de extensão aprovado pela
|
58 |
-
instituição de educação superior formadora;".
|
59 |
-
|
60 |
-
(9 Alterada pela Resolução CNE/CP nº 1, de 9 de agosto de 2017.
|
61 |
-
estratégico na formação requerida nas diferentes etapas (educação infantil, ensino
|
62 |
-
fundamental e ensino médio) e modalidades da educação básica;
|
63 |
-
|
64 |
-
CONSIDERANDO a necessidade de articular as Diretrizes Curriculares
|
65 |
-
Nacionais para a Formação Inicial e Continuada, em Nível Superior, e as Diretrizes
|
66 |
-
Curriculares Nacionais para a Educação Básica;
|
67 |
-
|
68 |
-
CONSIDERANDO os princípios que norteiam a base comum nacional para a
|
69 |
-
formação inicial e continuada, tais como: a) sólida formação teórica e interdisciplinar; b)
|
70 |
-
unidade teoria-prática; c) trabalho coletivo e interdisciplinar; d) compromisso social e
|
71 |
-
valorização do profissional da educação; e) gestão democrática; f) avaliação e regulação dos
|
72 |
-
cursos de formação;
|
73 |
-
|
74 |
-
CONSIDERANDO a articulação entre graduação e pós-graduação e entre
|
75 |
-
pesquisa e extensão como princípio pedagógico essencial ao exercício e aprimoramento do
|
76 |
-
profissional do magistério e da prática educativa;
|
77 |
-
|
78 |
-
CONSIDERANDO a docência como ação educativa e como processo
|
79 |
-
pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares
|
80 |
-
e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem entre
|
81 |
-
conhecimentos científicos e culturais, nos valores éticos, políticos e estéticos inerentes ao
|
82 |
-
ensinar e aprender, na socialização e construção de conhecimentos, no diálogo constante entre
|
83 |
-
diferentes visões de mundo;
|
84 |
-
|
85 |
-
CONSIDERANDO o currículo como o conjunto de valores propício à
|
86 |
-
produção e à socialização de significados no espaço social e que contribui para a construção
|
87 |
-
da identidade sociocultural do educando, dos direitos e deveres do cidadão, do respeito ao
|
88 |
-
bem comum e à democracia, às práticas educativas formais e não formais e à orientação para
|
89 |
-
o trabalho;
|
90 |
-
|
91 |
-
CONSIDERANDO a realidade concreta dos sujeitos que dão vida ao currículo
|
92 |
-
e às instituições de educação básica, sua organização e gestão, os projetos de formação,
|
93 |
-
devem ser contextualizados no espaço e no tempo e atentos às características das crianças,
|
94 |
-
adolescentes, jovens e adultos que justificam e instituem a vida da/e na escola, bem como
|
95 |
-
possibilitar a reflexão sobre as relações entre a vida, o conhecimento, a cultura, o profissional
|
96 |
-
do magistério, o estudante e a instituição;
|
97 |
-
|
98 |
-
CONSIDERANDO que a educação em e para os direitos humanos é um direito
|
99 |
-
fundamental constituindo uma parte do direito à educação e, também, uma mediação para
|
100 |
-
efetivar o conjunto dos direitos humanos reconhecidos pelo Estado brasileiro em seu
|
101 |
-
ordenamento jurídico e pelos países que lutam pelo fortalecimento da democracia, e que a
|
102 |
-
educação em direitos humanos é uma necessidade estratégica na formação dos profissionais
|
103 |
-
do magistério e na ação educativa em consonância com as Diretrizes Nacionais para a
|
104 |
-
Educação em Direitos Humanos;
|
105 |
-
|
106 |
-
CONSIDERANDO a importância do profissional do magistério e de sua
|
107 |
-
valorização profissional, assegurada pela garantia de formação inicial e continuada, plano de
|
108 |
-
carreira, salário e condições dignas de trabalho;
|
109 |
-
|
110 |
-
CONSIDERANDO o trabalho coletivo como dinâmica político-pedagógica
|
111 |
-
que requer planejamento sistemático e integrado,
|
112 |
-
|
113 |
-
Resolve:
|
114 |
-
|
115 |
-
CAPÍTULO I
|
116 |
-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
|
117 |
-
|
118 |
-
Art. 1º Ficam instituídas, por meio da presente Resolução, as Diretrizes
|
119 |
-
Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de
|
120 |
-
Profissionais do Magistério para a Educação Básica, definindo princípios, fundamentos,
|
121 |
-
dinâmica formativa e procedimentos a serem observados nas políticas, na gestão e nos
|
122 |
-
programas e cursos de formação, bem como no planejamento, nos processos de avaliação e de
|
123 |
-
regulação das instituições de educação que as ofertam.
|
124 |
-
|
125 |
-
8 1º Nos termos do 8 1º do artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
|
126 |
-
Nacional (LDB), as instituições formadoras em articulação com os sistemas de ensino, em
|
127 |
-
regime de colaboração, deverão promover, de maneira articulada, a formação inicial e
|
128 |
-
continuada dos profissionais do magistério para viabilizar o atendimento às suas
|
129 |
-
especificidades nas diferentes etapas e modalidades de educação básica, observando as
|
130 |
-
normas específicas definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
|
131 |
-
|
132 |
-
8 2º As instituições de ensino superior devem conceber a formação inicial e
|
133 |
-
continuada dos profissionais do magistério da educação básica na perspectiva do atendimento
|
134 |
-
às políticas públicas de educação, às Diretrizes Curriculares Nacionais, ao padrão de
|
135 |
-
qualidade e ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), manifestando
|
136 |
-
organicidade entre o seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), seu Projeto
|
137 |
-
Pedagógico Institucional (PPT) e seu Projeto Pedagógico de Curso (PPC) como expressão de
|
138 |
-
uma política articulada à educação básica, suas políticas e diretrizes.
|
139 |
-
|
140 |
-
83º Os centros de formação de estados e municípios, bem como as instituições
|
141 |
-
educativas de educação básica que desenvolverem atividades de formação continuada dos
|
142 |
-
profissionais do magistério, devem concebê-la atendendo às políticas públicas de educação, às
|
143 |
-
Diretrizes Curriculares Nacionais, ao padrão de qualidade e ao Sistema Nacional de Avaliação
|
144 |
-
da Educação Superior (Sinaes), expressando uma organicidade entre o seu Plano Institucional,
|
145 |
-
o Projeto Político Pedagógico (PPP) e o Projeto Pedagógico de Formação Continuada (PPFC)
|
146 |
-
através de uma política institucional articulada à educação básica, suas políticas e diretrizes.
|
147 |
-
|
148 |
-
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e
|
149 |
-
Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica
|
150 |
-
aplicam-se à formação de professores para o exercício da docência na educação infantil, no
|
151 |
-
ensino fundamental, no ensino médio e nas respectivas modalidades de educação (Educação
|
152 |
-
de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do
|
153 |
-
Campo, Educação Escolar Indígena, Educação a Distância e Educação Escolar Quilombola),
|
154 |
-
nas diferentes áreas do conhecimento e com integração entre elas, podendo abranger um
|
155 |
-
campo específico e/ou interdisciplinar.
|
156 |
-
|
157 |
-
8 1º Compreende-se a docência como ação educativa e como processo
|
158 |
-
pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares
|
159 |
-
e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem na
|
160 |
-
construção e apropriação dos valores éticos, linguísticos, estéticos e políticos do
|
161 |
-
conhecimento inerentes à sólida formação científica e cultural do ensinar/aprender, à
|
162 |
-
socialização e construção de conhecimentos e sua inovação, em diálogo constante entre
|
163 |
-
diferentes visões de mundo.
|
164 |
-
|
165 |
-
8 2º No exercício da docência, a ação do profissional do magistério da
|
166 |
-
educação básica é permeada por dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas por meio de
|
167 |
-
sólida formação, envolvendo o domínio e manejo de conteúdos e metodologias, diversas
|
168 |
-
linguagens, tecnologias e inovações, contribuindo para ampliar a visão e a atuação desse
|
169 |
-
profissional.
|
170 |
-
|
171 |
-
Art. 3º A formação inicial e a formação continuada destinam-se,
|
172 |
-
respectivamente, à preparação e ao desenvolvimento de profissionais para funções de
|
173 |
-
magistério na educação básica em suas etapas — educação infantil, ensino fundamental, ensino
|
174 |
-
médio — e modalidades — educação de jovens e adultos, educação especial, educação
|
175 |
-
profissional e técnica de nível médio, educação escolar indígena, educação do campo,
|
176 |
-
educação escolar quilombola e educação a distância — a partir de compreensão ampla e
|
177 |
-
contextualizada de educação e educação escolar, visando assegurar a produção e difusão de
|
178 |
-
conhecimentos de determinada área e a participação na elaboração e implementação do
|
179 |
-
projeto político-pedagógico da instituição, na perspectiva de garantir, com qualidade, os
|
180 |
-
direitos e objetivos de aprendizagem e o seu desenvolvimento, a gestão democrática e a
|
181 |
-
avaliação institucional.
|
182 |
-
|
183 |
-
$ 1º Por educação entendem-se os processos formativos que se desenvolvem na
|
184 |
-
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino, pesquisa e
|
185 |
-
extensão, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas relações criativas
|
186 |
-
entre natureza e cultura.
|
187 |
-
|
188 |
-
8 2º Para fins desta Resolução, a educação contextualizada se efetiva, de modo
|
189 |
-
sistemático e sustentável, nas instituições educativas, por meio de processos pedagógicos
|
190 |
-
entre os profissionais e estudantes articulados nas áreas de conhecimento específico e/ou
|
191 |
-
interdisciplinar e pedagógico, nas políticas, na gestão, nos fundamentos e nas teorias sociais e
|
192 |
-
pedagógicas para a formação ampla e cidadã e para o aprendizado nos diferentes níveis,
|
193 |
-
etapas e modalidades de educação básica.
|
194 |
-
|
195 |
-
83º A formação docente inicial e continuada para a educação básica constitui
|
196 |
-
processo dinâmico e complexo, direcionado à melhoria permanente da qualidade social da
|
197 |
-
educação e à valorização profissional, devendo ser assumida em regime de colaboração pelos
|
198 |
-
entes federados nos respectivos sistemas de ensino e desenvolvida pelas instituições de
|
199 |
-
educação credenciadas.
|
200 |
-
|
201 |
-
8 4º Os profissionais do magistério da educação básica compreendem aqueles
|
202 |
-
que exercem atividades de docência e demais atividades pedagógicas, incluindo a gestão
|
203 |
-
educacional dos sistemas de ensino e das unidades escolares de educação básica, nas diversas
|
204 |
-
etapas e modalidades de educação (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio,
|
205 |
-
educação de jovens e adultos, educação especial, educação profissional e técnica de nível
|
206 |
-
médio, educação escolar indígena, educação do campo, educação escolar quilombola e
|
207 |
-
educação a distância), e possuem a formação mínima exigida pela legislação federal das
|
208 |
-
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
|
209 |
-
|
210 |
-
8 5º São princípios da Formação de Profissionais do Magistério da Educação
|
211 |
-
Básica:
|
212 |
-
|
213 |
-
I - a formação docente para todas as etapas e modalidades da educação básica
|
214 |
-
como compromisso público de Estado, buscando assegurar o direito das crianças, jovens e
|
215 |
-
adultos à educação de qualidade, construída em bases científicas e técnicas sólidas em
|
216 |
-
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica;
|
217 |
-
|
218 |
-
II - a formação dos profissionais do magistério (formadores e estudantes) como
|
219 |
-
compromisso com projeto social, político e ético que contribua para a consolidação de uma
|
220 |
-
nação soberana, democrática, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos indivíduos e
|
221 |
-
grupos sociais, atenta ao reconhecimento e à valorização da diversidade e, portanto, contrária
|
222 |
-
a toda forma de discriminação;
|
223 |
-
|
224 |
-
II - a colaboração constante entre os entes federados na consecução dos
|
225 |
-
objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação
|
226 |
-
Básica, articulada entre o Ministério da Educação (MEC), as instituições formadoras e os
|
227 |
-
sistemas e redes de ensino e suas instituições;
|
228 |
-
|
229 |
-
IV - a garantia de padrão de qualidade dos cursos de formação de docentes
|
230 |
-
ofertados pelas instituições formadoras;
|
231 |
-
|
232 |
-
V - a articulação entre a teoria e a prática no processo de formação docente,
|
233 |
-
fundada no domínio dos conhecimentos científicos e didáticos, contemplando a
|
234 |
-
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
|
235 |
-
|
236 |
-
VI - o reconhecimento das instituições de educação básica como espaços
|
237 |
-
necessários à formação dos profissionais do magistério;
|
238 |
-
|
239 |
-
VII - um projeto formativo nas instituições de educação sob uma sólida base
|
240 |
-
teórica e interdisciplinar que reflita a especificidade da formação docente, assegurando
|
241 |
-
organicidade ao trabalho das diferentes unidades que concorrem para essa formação;
|
242 |
-
|
243 |
-
VIII - a equidade no acesso à formação inicial e continuada, contribuindo para
|
244 |
-
a redução das desigualdades sociais, regionais e locais;
|
245 |
-
IX - a articulação entre formação inicial e formação continuada, bem como
|
246 |
-
entre os diferentes níveis e modalidades de educação;
|
247 |
-
|
248 |
-
X - a compreensão da formação continuada como componente essencial da
|
249 |
-
profissionalização inspirado nos diferentes saberes e na experiência docente, integrando-a ao
|
250 |
-
cotidiano da instituição educativa, bem como ao projeto pedagógico da instituição de educação
|
251 |
-
básica;
|
252 |
-
|
253 |
-
XI - a compreensão dos profissionais do magistério como agentes formativos
|
254 |
-
de cultura e da necessidade de seu acesso permanente às informações, vivência e atualização
|
255 |
-
culturais.
|
256 |
-
|
257 |
-
8 6º O projeto de formação deve ser elaborado e desenvolvido por meio da
|
258 |
-
articulação entre a instituição de educação superior e o sistema de educação básica,
|
259 |
-
envolvendo a consolidação de fóruns estaduais e distrital permanentes de apoio à formação
|
260 |
-
docente, em regime de colaboração, e deve contemplar:
|
261 |
-
|
262 |
-
I- sólida formação teórica e interdisciplinar dos profissionais;
|
263 |
-
|
264 |
-
IH - a inserção dos estudantes de licenciatura nas instituições de educação
|
265 |
-
básica da rede pública de ensino, espaço privilegiado da práxis docente;
|
266 |
-
|
267 |
-
III - o contexto educacional da região onde será desenvolvido;
|
268 |
-
|
269 |
-
IV - as atividades de socialização e a avaliação de seus impactos nesses
|
270 |
-
contextos;
|
271 |
-
|
272 |
-
V - a ampliação e o aperfeiçoamento do uso da Língua Portuguesa e da
|
273 |
-
capacidade comunicativa, oral e escrita, como elementos fundamentais da formação dos
|
274 |
-
professores, e da aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras);
|
275 |
-
|
276 |
-
VI - as questões socioambientais, éticas, estéticas e relativas à diversidade
|
277 |
-
étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural como princípios
|
278 |
-
de equidade.
|
279 |
-
|
280 |
-
8 7º Os cursos de formação inicial e continuada de profissionais do magistério
|
281 |
-
da educação básica para a educação escolar indígena, a educação escolar do campo e a
|
282 |
-
educação escolar quilombola devem reconhecer que:
|
283 |
-
|
284 |
-
I - a formação inicial e continuada de profissionais do magistério para a
|
285 |
-
educação básica da educação escolar indígena, nos termos desta Resolução, deverá considerar
|
286 |
-
as normas e o ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando à
|
287 |
-
valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua
|
288 |
-
diversidade étnica;
|
289 |
-
|
290 |
-
II - a formação inicial e continuada de profissionais do magistério para a
|
291 |
-
educação básica da educação escolar do campo e da educação escolar quilombola, nos termos
|
292 |
-
desta Resolução, deverá considerar a diversidade étnico-cultural de cada comunidade.
|
293 |
-
|
294 |
-
Art. 4º A instituição de educação superior que ministra programas e cursos de
|
295 |
-
formação inicial e continuada ao magistério, respeitada sua organização acadêmica, deverá
|
296 |
-
contemplar, em sua dinâmica e estrutura, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão para
|
297 |
-
garantir efetivo padrão de qualidade acadêmica na formação oferecida, em consonância com o
|
298 |
-
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPT) e o
|
299 |
-
Projeto Pedagógico de Curso (PPC).
|
300 |
-
|
301 |
-
Parágrafo único. Os centros de formação de estados e municípios, bem como as
|
302 |
-
instituições educativas de educação básica que desenvolverem atividades de formação
|
303 |
-
continuada dos profissionais do magistério, deverão contemplar, em sua dinâmica e estrutura,
|
304 |
-
a articulação entre ensino e pesquisa, para garantir efetivo padrão de qualidade acadêmica na
|
305 |
-
formação oferecida, em consonância com o plano institucional, o projeto político-pedagógico
|
306 |
-
e o projeto pedagógico de formação continuada.
|
307 |
-
|
308 |
-
. CAPÍTULO II .
|
309 |
-
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
|
310 |
-
PARA EDUCAÇÃO BÁSICA: BASE COMUM NACIONAL
|
311 |
-
Art. 5º A formação de profissionais do magistério deve assegurar a base
|
312 |
-
comum nacional, pautada pela concepção de educação como processo emancipatório e
|
313 |
-
permanente, bem como pelo reconhecimento da especificidade do trabalho docente, que
|
314 |
-
conduz à práxis como expressão da articulação entre teoria e prática e à exigência de que se
|
315 |
-
leve em conta a realidade dos ambientes das instituições educativas da educação básica e da
|
316 |
-
profissão, para que se possa conduzir o(a) egresso(a):
|
317 |
-
|
318 |
-
I - à integração e interdisciplinaridade curricular, dando significado e
|
319 |
-
relevância aos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural, consoantes às
|
320 |
-
exigências da educação básica e da educação superior para o exercício da cidadania e
|
321 |
-
qualificação para o trabalho;
|
322 |
-
|
323 |
-
II - à construção do conhecimento, valorizando a pesquisa e a extensão como
|
324 |
-
princípios pedagógicos essenciais ao exercício e aprimoramento do profissional do magistério
|
325 |
-
e ao aperfeiçoamento da prática educativa;
|
326 |
-
|
327 |
-
III - ao acesso às fontes nacionais e internacionais de pesquisa, ao material de
|
328 |
-
apoio pedagógico de qualidade, ao tempo de estudo e produção acadêmica-profissional,
|
329 |
-
viabilizando os programas de fomento à pesquisa sobre a educação básica;
|
330 |
-
|
331 |
-
IV - às dinâmicas pedagógicas que contribuam para o exercício profissional e o
|
332 |
-
desenvolvimento do profissional do magistério por meio de visão ampla do processo
|
333 |
-
formativo, seus diferentes ritmos, tempos e espaços, em face das dimensões psicossociais,
|
334 |
-
histórico-culturais, afetivas, relacionais e interativas que permeiam a ação pedagógica,
|
335 |
-
possibilitando as condições para o exercício do pensamento crítico, a resolução de problemas,
|
336 |
-
o trabalho coletivo e interdisciplinar, a criatividade, a inovação, a liderança e a autonomia;
|
337 |
-
|
338 |
-
V - à elaboração de processos de formação do docente em consonância com as
|
339 |
-
mudanças educacionais e sociais, acompanhando as transformações gnosiológicas e
|
340 |
-
epistemológicas do conhecimento;
|
341 |
-
|
342 |
-
VI - ao uso competente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
|
343 |
-
para o aprimoramento da prática pedagógica e a ampliação da formação cultural dos(das)
|
344 |
-
professores(as) e estudantes;
|
345 |
-
|
346 |
-
VII - à promoção de espaços para a reflexão crítica sobre as diferentes
|
347 |
-
linguagens e seus processos de construção, disseminação e uso, incorporando-os ao processo
|
348 |
-
pedagógico, com a intenção de possibilitar o desenvolvimento da criticidade e da criatividade;
|
349 |
-
|
350 |
-
VIII - à consolidação da educação inclusiva através do respeito às diferenças,
|
351 |
-
reconhecendo e valorizando a diversidade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa
|
352 |
-
geracional, entre outras;
|
353 |
-
|
354 |
-
IX - à aprendizagem e ao desenvolvimento de todos(as) os(as) estudantes
|
355 |
-
durante o percurso educacional por meio de currículo e atualização da prática docente que
|
356 |
-
favoreçam a formação e estimulem o aprimoramento pedagógico das instituições.
|
357 |
-
|
358 |
-
Art. 6º A oferta, o desenvolvimento e a avaliação de atividades, cursos e
|
359 |
-
programas de formação inicial e continuada, bem como os conhecimentos específicos,
|
360 |
-
interdisciplinares, os fundamentos da educação e os conhecimentos pedagógicos, bem como
|
361 |
-
didáticas e práticas de ensino e as vivências pedagógicas de profissionais do magistério nas
|
362 |
-
modalidades presencial e a distância, devem observar o estabelecido na legislação e nas
|
363 |
-
regulamentações em vigor para os respectivos níveis, etapas e modalidades da educação
|
364 |
-
nacional, assegurando a mesma carga horária e instituindo efetivo processo de organização,
|
365 |
-
de gestão e de relação estudante/professor, bem como sistemática de acompanhamento e
|
366 |
-
avaliação do curso, dos docentes e dos estudantes.
|
367 |
-
|
368 |
-
CAPÍTULO II
|
369 |
-
DO(A) EGRESSO(A) DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
|
370 |
-
Art. 7º O(A) egresso(a) da formação inicial e continuada deverá possuir um
|
371 |
-
repertório de informações e habilidades composto pela pluralidade de conhecimentos teóricos
|
372 |
-
e práticos, resultado do projeto pedagógico e do percurso formativo vivenciado cuja
|
373 |
-
consolidação virá do seu exercício profissional, fundamentado em princípios de
|
374 |
-
interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética
|
375 |
-
e sensibilidade afetiva e estética, de modo a lhe permitir:
|
376 |
-
|
377 |
-
I - o conhecimento da instituição educativa como organização complexa na
|
378 |
-
função de promover a educação para e na cidadania;
|
379 |
-
|
380 |
-
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de
|
381 |
-
interesse da área educacional e específica;
|
382 |
-
|
383 |
-
III - a atuação profissional no ensino, na gestão de processos educativos e na
|
384 |
-
organização e gestão de instituições de educação básica.
|
385 |
-
|
386 |
-
Parágrafo único. O PPC, em articulação com o PPI e o PDI, deve abranger
|
387 |
-
diferentes características e dimensões da iniciação à docência, entre as quais:
|
388 |
-
|
389 |
-
I - estudo do contexto educacional, envolvendo ações nos diferentes espaços
|
390 |
-
escolares, como salas de aula, laboratórios, bibliotecas, espaços recreativos e desportivos,
|
391 |
-
ateliês, secretarias;
|
392 |
-
|
393 |
-
Il - desenvolvimento de ações que valorizem o trabalho coletivo,
|
394 |
-
interdisciplinar e com intencionalidade pedagógica clara para o ensino e o processo de ensino-
|
395 |
-
aprendizagem;
|
396 |
-
|
397 |
-
II - planejamento e execução de atividades nos espaços formativos
|
398 |
-
(instituições de educação básica e de educação superior, agregando outros ambientes
|
399 |
-
culturais, científicos e tecnológicos, físicos e virtuais que ampliem as oportunidades de
|
400 |
-
construção de conhecimento), desenvolvidas em níveis crescentes de complexidade em
|
401 |
-
direção à autonomia do estudante em formação;
|
402 |
-
|
403 |
-
IV - participação nas atividades de planejamento e no projeto pedagógico da
|
404 |
-
escola, bem como participação nas reuniões pedagógicas e órgãos colegiados;
|
405 |
-
|
406 |
-
V - análise do processo pedagógico e de ensino-aprendizagem dos conteúdos
|
407 |
-
específicos e pedagógicos, além das diretrizes e currículos educacionais da educação básica;
|
408 |
-
|
409 |
-
VI - leitura e discussão de referenciais teóricos contemporâneos educacionais e
|
410 |
-
de formação para a compreensão e a apresentação de propostas e dinâmicas didático-
|
411 |
-
pedagógicas;
|
412 |
-
|
413 |
-
VII - cotejamento e análise de conteúdos que balizam e fundamentam as
|
414 |
-
diretrizes curriculares para a educação básica, bem como de conhecimentos específicos
|
415 |
-
pedagógicos, concepções e dinâmicas didático-pedagógicas, articuladas à prática e à
|
416 |
-
experiência dos professores das escolas de educação básica, seus saberes sobre a escola e
|
417 |
-
sobre a mediação didática dos conteúdos;
|
418 |
-
|
419 |
-
VIII - desenvolvimento, execução, acompanhamento e avaliação de projetos
|
420 |
-
educacionais, incluindo o uso de tecnologias educacionais e diferentes recursos e estratégias
|
421 |
-
didático-pedagógicas;
|
422 |
-
|
423 |
-
IX - sistematização e registro das atividades em portfólio ou recurso
|
424 |
-
equivalente de acompanhamento.
|
425 |
-
|
426 |
-
Art. 8º O(A) egresso(a) dos cursos de formação inicial em nível superior
|
427 |
-
deverá, portanto, estar apto a:
|
428 |
-
|
429 |
-
I - atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade
|
430 |
-
justa, equânime, igualitária;
|
431 |
-
|
432 |
-
II - compreender o seu papel na formação dos estudantes da educação básica a
|
433 |
-
partir de concepção ampla e contextualizada de ensino e processos de aprendizagem e
|
434 |
-
desenvolvimento destes, incluindo aqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na
|
435 |
-
idade própria;
|
436 |
-
|
437 |
-
D
|
438 |
-
III - trabalhar na promoção da aprendizagem e do desenvolvimento de sujeitos
|
439 |
-
em diferentes fases do desenvolvimento humano nas etapas e modalidades de educação
|
440 |
-
básica;
|
441 |
-
|
442 |
-
IV - dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico-
|
443 |
-
metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do
|
444 |
-
desenvolvimento humano;
|
445 |
-
|
446 |
-
V - relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos
|
447 |
-
processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e
|
448 |
-
comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem;
|
449 |
-
|
450 |
-
VI - promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a
|
451 |
-
família e a comunidade;
|
452 |
-
|
453 |
-
VII - identificar questões e problemas socioculturais e educacionais, com
|
454 |
-
postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de
|
455 |
-
contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais,
|
456 |
-
religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras;
|
457 |
-
|
458 |
-
VIII - demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de
|
459 |
-
natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes
|
460 |
-
sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras;
|
461 |
-
|
462 |
-
IX - atuar na gestão e organização das instituições de educação básica,
|
463 |
-
planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas
|
464 |
-
educacionais;
|
465 |
-
|
466 |
-
X - participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para
|
467 |
-
a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto
|
468 |
-
pedagógico;
|
469 |
-
|
470 |
-
XI - realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre os estudantes e
|
471 |
-
sua realidade sociocultural, sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios
|
472 |
-
ambiental-ecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo
|
473 |
-
e práticas pedagógicas, entre outros;
|
474 |
-
|
475 |
-
XII - utilizar instrumentos de pesquisa adequados para a construção de
|
476 |
-
conhecimentos pedagógicos e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria prática e a
|
477 |
-
discussão e disseminação desses conhecimentos;
|
478 |
-
|
479 |
-
XIII - estudar e compreender criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais,
|
480 |
-
além de outras determinações legais, como componentes de formação fundamentais para o
|
481 |
-
exercício do magistério.
|
482 |
-
|
483 |
-
Parágrafo único. Os professores indígenas e aqueles que venham a atuar em
|
484 |
-
escolas indígenas, professores da educação escolar do campo e da educação escolar
|
485 |
-
quilombola, dada a particularidade das populações com que trabalham e da situação em que
|
486 |
-
atuam, sem excluir o acima explicitado, deverão:
|
487 |
-
|
488 |
-
I - promover diálogo entre a comunidade junto a quem atuam e os outros
|
489 |
-
grupos sociais sobre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas
|
490 |
-
e religiosas próprios da cultura local;
|
491 |
-
|
492 |
-
II - atuar como agentes interculturais para a valorização e o estudo de temas
|
493 |
-
específicos relevantes.
|
494 |
-
|
495 |
-
CAPÍTULO IV
|
496 |
-
DA FORMAÇÃO INICIAL DO MAGISTÉRIO DA
|
497 |
-
EDUCAÇÃO BÁSICA EM NÍVEL SUPERIOR
|
498 |
-
|
499 |
-
Art. 9º Os cursos de formação inicial para os profissionais do magistério para a
|
500 |
-
educação básica, em nível superior, compreendem:
|
501 |
-
|
502 |
-
I- cursos de graduação de licenciatura;
|
503 |
-
|
504 |
-
II - cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados;
|
505 |
-
III - cursos de segunda licenciatura.
|
506 |
-
|
507 |
-
8 1º A instituição formadora definirá no seu projeto institucional as formas de
|
508 |
-
desenvolvimento da formação inicial dos profissionais do magistério da educação básica
|
509 |
-
articuladas às políticas de valorização desses profissionais e à base comum nacional
|
510 |
-
explicitada no capítulo TI desta Resolução.
|
511 |
-
|
512 |
-
8 2º A formação inicial para o exercício da docência e da gestão na educação
|
513 |
-
básica implica a formação em nível superior adequada à área de conhecimento e às etapas de
|
514 |
-
atuação.
|
515 |
-
|
516 |
-
8 3º A formação inicial de profissionais do magistério será ofertada,
|
517 |
-
preferencialmente, de forma presencial, com elevado padrão acadêmico, científico e
|
518 |
-
tecnológico e cultural.
|
519 |
-
|
520 |
-
Art. 10. A formação inicial destina-se àqueles que pretendem exercer o
|
521 |
-
magistério da educação básica em suas etapas e modalidades de educação e em outras áreas
|
522 |
-
nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, compreendendo a articulação entre
|
523 |
-
estudos teórico-práticos, investigação e reflexão crítica, aproveitamento da formação e
|
524 |
-
experiências anteriores em instituições de ensino.
|
525 |
-
|
526 |
-
Parágrafo único. As atividades do magistério também compreendem a atuação
|
527 |
-
e participação na organização e gestão de sistemas de educação básica e suas instituições de
|
528 |
-
ensino, englobando:
|
529 |
-
|
530 |
-
I - planejamento, desenvolvimento, coordenação, acompanhamento e avaliação
|
531 |
-
de projetos, do ensino, das dinâmicas pedagógicas e experiências educativas;
|
532 |
-
|
533 |
-
II - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico das áreas
|
534 |
-
específicas e do campo educacional.
|
535 |
-
|
536 |
-
Art. 11. A formação inicial requer projeto com identidade própria de curso de
|
537 |
-
licenciatura articulado ao bacharelado ou tecnológico, a outra(s) licenciatura(s) ou a cursos de
|
538 |
-
formação pedagógica de docentes, garantindo:
|
539 |
-
|
540 |
-
I - articulação com o contexto educacional, em suas dimensões sociais,
|
541 |
-
culturais, econômicas e tecnológicas;
|
542 |
-
|
543 |
-
II - efetiva articulação entre faculdades e centros de educação, institutos,
|
544 |
-
departamentos e cursos de áreas específicas, além de fóruns de licenciatura;
|
545 |
-
|
546 |
-
III - coordenação e colegiado próprios que formulem projeto pedagógico e se
|
547 |
-
articulem com as unidades acadêmicas envolvidas e, no escopo do PDI e PPI, tomem decisões
|
548 |
-
sobre a organização institucional e sobre as questões administrativas no âmbito de suas
|
549 |
-
competências;
|
550 |
-
|
551 |
-
IV - interação sistemática entre os sistemas, as instituições de educação
|
552 |
-
superior e as instituições de educação básica, desenvolvendo projetos compartilhados;
|
553 |
-
|
554 |
-
V - projeto formativo que assegure aos estudantes o domínio dos conteúdos
|
555 |
-
específicos da área de atuação, fundamentos e metodologias, bem como das tecnologias;
|
556 |
-
|
557 |
-
VI - organização institucional para a formação dos formadores, incluindo
|
558 |
-
tempo e espaço na jornada de trabalho para as atividades coletivas e para o estudo e a
|
559 |
-
investigação sobre o aprendizado dos professores em formação;
|
560 |
-
|
561 |
-
VII - recursos pedagógicos como biblioteca, laboratórios, videoteca, entre
|
562 |
-
outros, além de recursos de tecnologias da informação e da comunicação, com qualidade e
|
563 |
-
quantidade, nas instituições de formação;
|
564 |
-
|
565 |
-
VIII - atividades de criação e apropriação culturais junto aos formadores e
|
566 |
-
futuros professores.
|
567 |
-
|
568 |
-
Art. 12. Os cursos de formação inicial, respeitadas a diversidade nacional e a
|
569 |
-
autonomia pedagógica das instituições, constituir-se-ão dos seguintes núcleos:
|
570 |
-
|
571 |
-
I - núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e
|
572 |
-
interdisciplinares, e do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas
|
573 |
-
realidades educacionais, articulando:
|
574 |
-
a) princípios, concepções, conteúdos e critérios oriundos de diferentes áreas do
|
575 |
-
conhecimento, incluindo os conhecimentos pedagógicos, específicos e interdisciplinares, os
|
576 |
-
fundamentos da educação, para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e da
|
577 |
-
sociedade;
|
578 |
-
|
579 |
-
b) princípios de justiça social, respeito à diversidade, promoção da participação
|
580 |
-
e gestão democrática;
|
581 |
-
|
582 |
-
c) conhecimento, avaliação, criação e uso de textos, materiais didáticos,
|
583 |
-
procedimentos e processos de ensino e aprendizagem que contemplem a diversidade social e
|
584 |
-
cultural da sociedade brasileira;
|
585 |
-
|
586 |
-
d) observação, análise, planejamento, desenvolvimento e avaliação de
|
587 |
-
processos educativos e de experiências educacionais em instituições educativas;
|
588 |
-
|
589 |
-
e) conhecimento multidimensional e interdisciplinar sobre o ser humano e
|
590 |
-
práticas educativas, incluindo conhecimento de processos de desenvolvimento de crianças,
|
591 |
-
adolescentes, jovens e adultos, nas dimensões física, cognitiva, afetiva, estética, cultural,
|
592 |
-
lúdica, artística, ética e biopsicossocial;
|
593 |
-
|
594 |
-
f) diagnóstico sobre as necessidades e aspirações dos diferentes segmentos da
|
595 |
-
sociedade relativamente à educação, sendo capaz de identificar diferentes forças e interesses,
|
596 |
-
de captar contradições e de considerá-los nos planos pedagógicos, no ensino e seus processos
|
597 |
-
articulados à aprendizagem, no planejamento e na realização de atividades educativas;
|
598 |
-
|
599 |
-
g) pesquisa e estudo dos conteúdos específicos e pedagógicos, seus
|
600 |
-
fundamentos e metodologias, legislação educacional, processos de organização e gestão,
|
601 |
-
trabalho docente, políticas de financiamento, avaliação e currículo;
|
602 |
-
|
603 |
-
h) decodificação e utilização de diferentes linguagens e códigos linguístico-
|
604 |
-
sociais utilizadas pelos estudantes, além do trabalho didático sobre conteúdos pertinentes às
|
605 |
-
etapas e modalidades de educação básica;
|
606 |
-
|
607 |
-
i) pesquisa e estudo das relações entre educação e trabalho, educação e
|
608 |
-
diversidade, direitos humanos, cidadania, educação ambiental, entre outras problemáticas
|
609 |
-
centrais da sociedade contemporânea;
|
610 |
-
|
611 |
-
j) questões atinentes à ética, estética e ludicidade no contexto do exercício
|
612 |
-
profissional, articulando o saber acadêmico, a pesquisa, a extensão e a prática educativa;
|
613 |
-
|
614 |
-
1) pesquisa, estudo, aplicação e avaliação da legislação e produção específica
|
615 |
-
sobre organização e gestão da educação nacional.
|
616 |
-
|
617 |
-
II - núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação
|
618 |
-
profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos, priorizadas pelo projeto
|
619 |
-
pedagógico das instituições, em sintonia com os sistemas de ensino, que, atendendo às
|
620 |
-
demandas sociais, oportunizará, entre outras possibilidades:
|
621 |
-
|
622 |
-
a) investigações sobre processos educativos, organizacionais e de gestão na
|
623 |
-
área educacional;
|
624 |
-
|
625 |
-
b) avaliação, criação e uso de textos, materiais didáticos, procedimentos e
|
626 |
-
processos de aprendizagem que contemplem a diversidade social e cultural da sociedade
|
627 |
-
brasileira;
|
628 |
-
|
629 |
-
c) pesquisa e estudo dos conhecimentos pedagógicos e fundamentos da
|
630 |
-
educação, didáticas e práticas de ensino, teorias da educação, legislação educacional, políticas
|
631 |
-
de financiamento, avaliação e currículo.
|
632 |
-
|
633 |
-
d) Aplicação ao campo da educação de contribuições e conhecimentos, como o
|
634 |
-
pedagógico, o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o
|
635 |
-
linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural;
|
636 |
-
|
637 |
-
INI - núcleo de estudos integradores para enriquecimento curricular,
|
638 |
-
compreendendo a participação em:
|
639 |
-
|
640 |
-
a) seminários e estudos curriculares, em projetos de iniciação científica,
|
641 |
-
iniciação à docência, residência docente, monitoria e extensão, entre outros, definidos no
|
642 |
-
|
643 |
-
10
|
644 |
-
projeto institucional da instituição de educação superior e diretamente orientados pelo corpo
|
645 |
-
docente da mesma instituição;
|
646 |
-
|
647 |
-
b) atividades práticas articuladas entre os sistemas de ensino e instituições
|
648 |
-
educativas de modo a propiciar vivências nas diferentes áreas do campo educacional,
|
649 |
-
assegurando aprofundamento e diversificação de estudos, experiências e utilização de
|
650 |
-
recursos pedagógicos;
|
651 |
-
|
652 |
-
c) mobilidade estudantil, intercâmbio e outras atividades previstas no PPC;
|
653 |
-
|
654 |
-
d) atividades de comunicação e expressão visando à aquisição e à apropriação
|
655 |
-
de recursos de linguagem capazes de comunicar, interpretar a realidade estudada e criar
|
656 |
-
conexões com a vida social.
|
657 |
-
|
658 |
-
. CAPÍTULO V . ,
|
659 |
-
DA FORMAÇÃO INICIAL DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
|
660 |
-
EM NÍVEL SUPERIOR: ESTRUTURA E CURRÍCULO
|
661 |
-
|
662 |
-
Art. 13. Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica
|
663 |
-
em nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas especializadas, por
|
664 |
-
componente curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar, considerando-se a
|
665 |
-
complexidade e multirreferencialidade dos estudos que os englobam, bem como a formação
|
666 |
-
para o exercício integrado e indissociável da docência na educação básica, incluindo o ensino
|
667 |
-
e a gestão educacional, e dos processos educativos escolares e não escolares, da produção e
|
668 |
-
difusão do conhecimento científico, tecnológico e educacional, estruturam-se por meio da
|
669 |
-
garantia de base comum nacional das orientações curriculares.
|
670 |
-
|
671 |
-
8 1º Os cursos de que trata o caput terão, no mínimo, 3.200 (três mil e
|
672 |
-
duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, em cursos com duração de, no mínimo, 8
|
673 |
-
(oito) semestres ou 4 (quatro) anos, compreendendo:
|
674 |
-
|
675 |
-
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular,
|
676 |
-
distribuídas ao longo do processo formativo;
|
677 |
-
|
678 |
-
II - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de
|
679 |
-
formação e atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for
|
680 |
-
o caso, conforme o projeto de curso da instituição;
|
681 |
-
|
682 |
-
III - pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas às atividades
|
683 |
-
formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II do artigo 12 desta
|
684 |
-
Resolução, conforme o projeto de curso da instituição;
|
685 |
-
|
686 |
-
IV - 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em
|
687 |
-
áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo definido no inciso III do artigo
|
688 |
-
12 desta Resolução, por meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da extensão e da
|
689 |
-
monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição.
|
690 |
-
|
691 |
-
8 2º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos
|
692 |
-
específicos da respectiva área de conhecimento ou interdisciplinares, seus fundamentos e
|
693 |
-
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na
|
694 |
-
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos
|
695 |
-
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua
|
696 |
-
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e
|
697 |
-
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
|
698 |
-
|
699 |
-
8 3º Deverá ser garantida, ao longo do processo, efetiva e concomitante relação
|
700 |
-
entre teoria e prática, ambas fornecendo elementos básicos para o desenvolvimento dos
|
701 |
-
conhecimentos e habilidades necessários à docência.
|
702 |
-
|
703 |
-
8 4º Os critérios de organização da matriz curricular, bem como a alocação de
|
704 |
-
tempos e espaços curriculares, se expressam em eixos em torno dos quais se articulam
|
705 |
-
dimensões a serem contempladas, como previsto no artigo 12 desta Resolução.
|
706 |
-
|
707 |
-
11
|
708 |
-
8 5º Nas licenciaturas, curso de Pedagogia, em educação infantil e anos iniciais
|
709 |
-
do ensino fundamental a serem desenvolvidas em projetos de cursos articulados, deverão
|
710 |
-
preponderar os tempos dedicados à constituição de conhecimento sobre os objetos de ensino,
|
711 |
-
e nas demais licenciaturas o tempo dedicado às dimensões pedagógicas não será inferior à
|
712 |
-
quinta parte da carga horária total.
|
713 |
-
|
714 |
-
8 6º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da
|
715 |
-
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente
|
716 |
-
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico.
|
717 |
-
|
718 |
-
Art. 14. Os cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados, de
|
719 |
-
caráter emergencial e provisório, ofertados a portadores de diplomas de curso superior
|
720 |
-
formados em cursos relacionados à habilitação pretendida com sólida base de conhecimentos
|
721 |
-
na área estudada, devem ter carga horária mínima variável de 1.000 (mil) a 1.400 (mil e
|
722 |
-
quatrocentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, dependendo da equivalência entre o curso
|
723 |
-
de origem e a formação pedagógica pretendida.
|
724 |
-
|
725 |
-
8 1º A definição da carga horária deve respeitar os seguintes princípios:
|
726 |
-
|
727 |
-
I - quando o curso de formação pedagógica pertencer à mesma área do curso de
|
728 |
-
origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.000 (mil) horas;
|
729 |
-
|
730 |
-
II - quando o curso de formação pedagógica pertencer a uma área diferente da
|
731 |
-
do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.400 (mil e quatrocentas) horas;
|
732 |
-
|
733 |
-
II - a carga horária do estágio curricular supervisionado é de 300 (trezentas)
|
734 |
-
horas;
|
735 |
-
|
736 |
-
IV - deverá haver 500 (quinhentas) horas dedicadas às atividades formativas
|
737 |
-
referentes ao inciso I deste parágrafo, estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II
|
738 |
-
do artigo 12 desta Resolução, conforme o projeto de curso da instituição;
|
739 |
-
|
740 |
-
V - deverá haver 900 (novecentas) horas dedicadas às atividades formativas
|
741 |
-
referentes ao inciso II deste parágrafo, estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos 1 e II
|
742 |
-
do artigo 12 desta Resolução, conforme o projeto de curso da instituição;
|
743 |
-
|
744 |
-
VI - deverá haver 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de
|
745 |
-
aprofundamento em áreas específicas de interesse dos alunos, conforme núcleo definido no
|
746 |
-
inciso II do artigo 12, consoante o projeto de curso da instituição;
|
747 |
-
|
748 |
-
8 2º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos
|
749 |
-
específicos da respectiva área de conhecimento ou interdisciplinares, seus fundamentos e
|
750 |
-
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na
|
751 |
-
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos
|
752 |
-
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua
|
753 |
-
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e
|
754 |
-
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
|
755 |
-
|
756 |
-
8 3º Cabe à instituição de educação superior ofertante do curso verificar a
|
757 |
-
compatibilidade entre a formação do candidato e a habilitação pretendida.
|
758 |
-
|
759 |
-
8 4º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da
|
760 |
-
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente
|
761 |
-
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico.
|
762 |
-
|
763 |
-
85º A oferta dos cursos de formação pedagógica para graduados poderá ser
|
764 |
-
realizada por instituições de educação superior, preferencialmente universidades, que ofertem
|
765 |
-
curso de licenciatura reconhecido e com avaliação satisfatória realizada pelo Ministério da
|
766 |
-
Educação e seus órgãos na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos
|
767 |
-
autorizativos.
|
768 |
-
|
769 |
-
8 6º A oferta de cursos de formação pedagógica para graduados deverá ser
|
770 |
-
considerada quando dos processos de avaliação do curso de licenciatura mencionado no
|
771 |
-
parágrafo anterior.
|
772 |
-
|
773 |
-
8 7º No prazo máximo de 5 (cinco) anos, o Ministério da Educação, em
|
774 |
-
articulação com os sistemas de ensino e com os fóruns estaduais permanentes de apoio à
|
775 |
-
|
776 |
-
12
|
777 |
-
formação docente, procederá à avaliação do desenvolvimento dos cursos de formação
|
778 |
-
pedagógica para graduados, definindo prazo para sua extinção em cada estado da federação.
|
779 |
-
|
780 |
-
Art. 15. Os cursos de segunda licenciatura terão carga horária mínima variável
|
781 |
-
de 800 (oitocentas) a 1.200 (mil e duzentas) horas, dependendo da equivalência entre a
|
782 |
-
formação original e a nova licenciatura.
|
783 |
-
|
784 |
-
8 1º A definição da carga horária deve respeitar os seguintes princípios:
|
785 |
-
|
786 |
-
I - quando o curso de segunda licenciatura pertencer à mesma área do curso de
|
787 |
-
origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 800 (oitocentas) horas;
|
788 |
-
|
789 |
-
II - quando o curso de segunda licenciatura pertencer a uma área diferente da
|
790 |
-
do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.200 (mil e duzentas) horas;
|
791 |
-
|
792 |
-
II - a carga horária do estágio curricular supervisionado é de 300 (trezentas)
|
793 |
-
horas;
|
794 |
-
|
795 |
-
$ 2º Durante o processo formativo, deverá ser garantida efetiva e concomitante
|
796 |
-
relação entre teoria e prática, ambas fornecendo elementos básicos para o desenvolvimento
|
797 |
-
dos conhecimentos e habilidades necessários à docência.
|
798 |
-
|
799 |
-
8 3º Os cursos de formação deverão garantir nos currículos conteúdos
|
800 |
-
específicos da respectiva área de conhecimento e/ou interdisciplinar, seus fundamentos e
|
801 |
-
metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na
|
802 |
-
área de políticas públicas e gestão da educação, seus fundamentos e metodologias, direitos
|
803 |
-
humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua
|
804 |
-
Brasileira de Sinais (Libras), educação especial e direitos educacionais de adolescentes e
|
805 |
-
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
|
806 |
-
|
807 |
-
8 4º Os cursos descritos no caput poderão ser ofertados a portadores de
|
808 |
-
diplomas de cursos de graduação em licenciatura, independentemente da área de formação.
|
809 |
-
|
810 |
-
8 5º Cabe à instituição de educação superior ofertante do curso verificar a
|
811 |
-
compatibilidade entre a formação do candidato e a habilitação pretendida.
|
812 |
-
|
813 |
-
8 6º O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da
|
814 |
-
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade específica intrinsecamente
|
815 |
-
articulada com a prática e com as demais atividades de trabalho acadêmico.
|
816 |
-
|
817 |
-
8 7º Os portadores de diploma de licenciatura com exercício comprovado no
|
818 |
-
magistério e exercendo atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da
|
819 |
-
carga horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 100 (cem) horas.
|
820 |
-
|
821 |
-
8 8º A oferta dos cursos de segunda licenciatura poderá ser realizada por
|
822 |
-
instituição de educação superior que oferte curso de licenciatura reconhecido e com avaliação
|
823 |
-
satisfatória pelo MEC na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos
|
824 |
-
autorizativos.
|
825 |
-
|
826 |
-
89º A oferta de cursos de segunda licenciatura deverá ser considerada quando
|
827 |
-
dos processos de avaliação do curso de licenciatura mencionado no parágrafo anterior.
|
828 |
-
|
829 |
-
8 10. Os cursos de segunda licenciatura para professores em exercício na
|
830 |
-
educação básica pública, coordenados pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas
|
831 |
-
de ensino e realizados por instituições públicas e comunitárias de educação superior,
|
832 |
-
obedecerão às diretrizes operacionais estabelecidas na presente Resolução.
|
833 |
-
|
834 |
-
. CAPÍTULO VI .
|
835 |
-
DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
|
836 |
-
|
837 |
-
Art. 16. A formação continuada compreende dimensões coletivas,
|
838 |
-
organizacionais e profissionais, bem como o repensar do processo pedagógico, dos saberes e
|
839 |
-
valores, e envolve atividades de extensão, grupos de estudos, reuniões pedagógicas, cursos,
|
840 |
-
programas e ações para além da formação mínima exigida ao exercício do magistério na
|
841 |
-
educação básica, tendo como principal finalidade a reflexão sobre a prática educacional e a
|
842 |
-
busca de aperfeiçoamento técnico, pedagógico, ético e político do profissional docente.
|
843 |
-
|
844 |
-
13
|
845 |
-
Parágrafo único. A formação continuada decorre de uma concepção de
|
846 |
-
desenvolvimento profissional dos profissionais do magistério que leva em conta:
|
847 |
-
|
848 |
-
I - os sistemas e as redes de ensino, o projeto pedagógico das instituições de
|
849 |
-
educação básica, bem como os problemas e os desafios da escola e do contexto onde ela está
|
850 |
-
inserida;
|
851 |
-
|
852 |
-
II - a necessidade de acompanhar a inovação e o desenvolvimento associados
|
853 |
-
ao conhecimento, à ciência e à tecnologia;
|
854 |
-
|
855 |
-
III - o respeito ao protagonismo do professor e a um espaço-tempo que lhe
|
856 |
-
permita refletir criticamente e aperfeiçoar sua prática;
|
857 |
-
|
858 |
-
IV - o diálogo e a parceria com atores e instituições competentes, capazes de
|
859 |
-
contribuir para alavancar novos patamares de qualidade ao complexo trabalho de gestão da
|
860 |
-
sala de aula e da instituição educativa.
|
861 |
-
|
862 |
-
Art. 17. A formação continuada, na forma do artigo 16, deve se dar pela oferta
|
863 |
-
de atividades formativas e cursos de atualização, extensão, aperfeiçoamento, especialização,
|
864 |
-
mestrado e doutorado que agreguem novos saberes e práticas, articulados às políticas e gestão
|
865 |
-
da educação, à área de atuação do profissional e às instituições de educação básica, em suas
|
866 |
-
diferentes etapas e modalidades da educação.
|
867 |
-
|
868 |
-
8 1º Em consonância com a legislação, a formação continuada envolve:
|
869 |
-
|
870 |
-
I - atividades formativas organizadas pelos sistemas, redes e instituições de
|
871 |
-
educação básica incluindo desenvolvimento de projetos, inovações pedagógicas, entre outros;
|
872 |
-
|
873 |
-
II - atividades ou cursos de atualização, com carga horária mínima de 20
|
874 |
-
(vinte) horas e máxima de 80 (oitenta) horas, por atividades formativas diversas, direcionadas
|
875 |
-
à melhoria do exercício do docente;
|
876 |
-
|
877 |
-
II - atividades ou cursos de extensão, oferecida por atividades formativas
|
878 |
-
diversas, em consonância com o projeto de extensão aprovado pela instituição de educação
|
879 |
-
superior formadora;
|
880 |
-
|
881 |
-
IV - cursos de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 (cento e
|
882 |
-
oitenta) horas, por atividades formativas diversas, em consonância com o projeto pedagógico
|
883 |
-
da instituição de educação superior;
|
884 |
-
|
885 |
-
V - cursos de especialização lato sensu por atividades formativas diversas, em
|
886 |
-
consonância com o projeto pedagógico da instituição de educação superior e de acordo com
|
887 |
-
as normas e resoluções do CNE;
|
888 |
-
|
889 |
-
VI - cursos de mestrado acadêmico ou profissional, por atividades formativas
|
890 |
-
diversas, de acordo com o projeto pedagógico do curso/programa da instituição de educação
|
891 |
-
superior, respeitadas as normas e resoluções do CNE e da Coordenação de Aperfeiçoamento
|
892 |
-
de Pessoal de Nível Superior — Capes;
|
893 |
-
|
894 |
-
VII - curso de doutorado, por atividades formativas diversas, de acordo com o
|
895 |
-
projeto pedagógico do curso/programa da instituição de educação superior, respeitadas as
|
896 |
-
normas e resoluções do CNE e da Capes.
|
897 |
-
|
898 |
-
8 2º A instituição formadora, em efetiva articulação com o planejamento
|
899 |
-
estratégico do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente e com os sistemas e
|
900 |
-
redes de ensino e com as instituições de educação básica, definirá no seu projeto
|
901 |
-
institucional as formas de desenvolvimento da formação continuada dos profissionais do
|
902 |
-
magistério da educação básica, articulando-as às políticas de valorização a serem efetivadas
|
903 |
-
pelos sistemas de ensino.
|
904 |
-
|
905 |
-
CAPÍTULO vII .
|
906 |
-
DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO E SUA VALORIZAÇÃO
|
907 |
-
|
908 |
-
Art. 18. Compete aos sistemas de ensino, às redes e às instituições educativas a
|
909 |
-
|
910 |
-
responsabilidade pela garantia de políticas de valorização dos profissionais do magistério da
|
911 |
-
educação básica, que devem ter assegurada sua formação, além de plano de carreira, de
|
912 |
-
|
913 |
-
14
|
914 |
-
acordo com a legislação vigente, e preparação para atuar nas etapas e modalidades da
|
915 |
-
educação básica e seus projetos de gestão, conforme definido na base comum nacional e nas
|
916 |
-
diretrizes de formação, segundo o PDI, PPI e PPC da instituição de educação superior, em
|
917 |
-
articulação com os sistemas e redes de ensino de educação básica.
|
918 |
-
|
919 |
-
8 1º Os profissionais do magistério da educação básica compreendem aqueles
|
920 |
-
que exercem atividades de docência e demais atividades pedagógicas, como definido no artigo
|
921 |
-
3º, 8 4º, desta Resolução;
|
922 |
-
|
923 |
-
8 2º No quadro dos profissionais do magistério da instituição de educação
|
924 |
-
básica deve constar quem são esses profissionais, bem como a clara explicitação de sua
|
925 |
-
titulação, atividades e regime de trabalho.
|
926 |
-
|
927 |
-
83º A valorização do magistério e dos demais profissionais da educação deve
|
928 |
-
ser entendida como uma dimensão constitutiva e constituinte de sua formação inicial e
|
929 |
-
continuada, incluindo, entre outros, a garantia de construção, definição coletiva e aprovação
|
930 |
-
de planos de carreira e salário, com condições que assegurem jornada de trabalho com
|
931 |
-
dedicação exclusiva ou tempo integral a ser cumprida em um único estabelecimento de ensino
|
932 |
-
e destinação de 1/3 (um terço) da carga horária de trabalho a outras atividades pedagógicas
|
933 |
-
inerentes ao exercício do magistério, tais como:
|
934 |
-
|
935 |
-
I- preparação de aula, estudos, pesquisa e demais atividades formativas;
|
936 |
-
|
937 |
-
II - participação na elaboração e efetivação do projeto político-pedagógico da
|
938 |
-
instituição educativa;
|
939 |
-
|
940 |
-
III - orientação e acompanhamento de estudantes;
|
941 |
-
|
942 |
-
IV - avaliação de estudantes, de trabalhos e atividades pedagógicas;
|
943 |
-
|
944 |
-
V - reuniões com pais, conselhos ou colegiados escolares;
|
945 |
-
|
946 |
-
VI - participação em reuniões e grupos de estudo e/ou de trabalho, de
|
947 |
-
coordenação pedagógica e gestão da escola;
|
948 |
-
|
949 |
-
VII - atividades de desenvolvimento profissional;
|
950 |
-
|
951 |
-
VIII - outras atividades de natureza semelhante e relacionadas à comunidade
|
952 |
-
escolar na qual se insere a atividade profissional.
|
953 |
-
|
954 |
-
Art. 19. Como meio de valorização dos profissionais do magistério público nos
|
955 |
-
planos de carreira e remuneração dos respectivos sistemas de ensino, deverá ser garantida a
|
956 |
-
convergência entre formas de acesso e provimento ao cargo, formação inicial, formação
|
957 |
-
continuada, jornada de trabalho, incluindo horas para as atividades que considerem a carga
|
958 |
-
horária de trabalho, progressão na carreira e avaliação de desempenho com a participação dos
|
959 |
-
pares, asseverando-se:
|
960 |
-
|
961 |
-
I - acesso à carreira por concurso de provas e títulos orientado para assegurar a
|
962 |
-
qualidade da ação educativa;
|
963 |
-
|
964 |
-
II - fixação do vencimento ou salário inicial para as carreiras profissionais da
|
965 |
-
educação de acordo com a jornada de trabalho definida nos respectivos planos de carreira no
|
966 |
-
caso dos profissionais do magistério, com valores nunca inferiores ao do Piso Salarial
|
967 |
-
Profissional Nacional, vedada qualquer diferenciação em virtude da etapa ou modalidade de
|
968 |
-
educação e de ensino de atuação;
|
969 |
-
|
970 |
-
III - diferenciação por titulação dos profissionais da educação escolar básica
|
971 |
-
entre os habilitados em nível médio e os habilitados em nível superior e pós-graduação lato
|
972 |
-
sensu, com percentual compatível entre estes últimos e os detentores de cursos de mestrado e
|
973 |
-
doutorado;
|
974 |
-
|
975 |
-
IV - revisão salarial anual dos vencimentos ou salários conforme a Lei do Piso;
|
976 |
-
|
977 |
-
V - manutenção de comissão paritária entre gestores e profissionais da
|
978 |
-
educação e os demais setores da comunidade escolar para estudar as condições de trabalho e
|
979 |
-
propor políticas, práticas e ações para o bom desempenho e a qualidade dos serviços prestados
|
980 |
-
à sociedade;
|
981 |
-
|
982 |
-
VI - elaboração e implementação de processos avaliativos para o estágio
|
983 |
-
probatório dos profissionais do magistério, com a sua participação;
|
984 |
-
|
985 |
-
15
|
986 |
-
VII - oferta de programas permanentes e regulares de formação e
|
987 |
-
aperfeiçoamento profissional do magistério e a instituição de licenças remuneradas e
|
988 |
-
formação em serviço, inclusive em nível de pós-graduação, de modo a atender às
|
989 |
-
especificidades do exercício de suas atividades, bem como os objetivos das diferentes etapas e
|
990 |
-
modalidades da educação básica.
|
991 |
-
|
992 |
-
Art. 20. Os critérios para a remuneração dos profissionais do magistério
|
993 |
-
público devem se pautar nos preceitos da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que
|
994 |
-
estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional, e no artigo 22 da Lei nº 11.494, de 20 de
|
995 |
-
junho de 2007, que dispõe sobre a parcela da verba do Fundo de Manutenção e
|
996 |
-
Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb), destinada ao
|
997 |
-
pagamento dos profissionais do magistério, bem como no artigo 69 da Lei nº 9.394, de 20 de
|
998 |
-
dezembro de 1996, que define os percentuais mínimos de investimento dos entes federados na
|
999 |
-
educação, em consonância com a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano
|
1000 |
-
Nacional de Educação (PNE).
|
1001 |
-
|
1002 |
-
Parágrafo único. As fontes de recursos para o pagamento da remuneração dos
|
1003 |
-
profissionais do magistério público são aquelas descritas no artigo 212 da Constituição
|
1004 |
-
Federal e no artigo 60 do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, além de
|
1005 |
-
recursos provenientes de outras fontes vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do
|
1006 |
-
ensino.
|
1007 |
-
|
1008 |
-
Art. 21. Sobre as formas de organização e gestão da educação básica, incluindo
|
1009 |
-
as orientações curriculares, os entes federados e respectivos sistemas de ensino, redes e
|
1010 |
-
instituições educativas deverão garantir adequada relação numérica professor/educando,
|
1011 |
-
levando em consideração as características dos educandos, do espaço físico, das etapas e
|
1012 |
-
modalidades da educação e do projeto pedagógico e curricular.
|
1013 |
-
|
1014 |
-
CAPÍTULO vm
|
1015 |
-
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
|
1016 |
-
|
1017 |
-
Art. 22. Os cursos de formação de professores que se encontram em
|
1018 |
-
funcionamento deverão se adaptar a esta Resolução no prazo de 2 (dois) anos, a contar da data
|
1019 |
-
de sua publicação.
|
1020 |
-
|
1021 |
-
Parágrafo único. Os pedidos de autorização para funcionamento de curso em
|
1022 |
-
andamento serão restituídos aos proponentes para que sejam feitas as adequações necessárias.
|
1023 |
-
|
1024 |
-
Art. 23. Os processos de avaliação dos cursos de licenciatura serão realizados
|
1025 |
-
pelo órgão próprio do sistema e acompanhados por comissões próprias de cada área.
|
1026 |
-
|
1027 |
-
Art. 24. Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica
|
1028 |
-
em nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas interdisciplinares, serão
|
1029 |
-
objeto de regulamentação suplementar.
|
1030 |
-
|
1031 |
-
Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
|
1032 |
-
disposições em contrário, em especial a Resolução CNE/CP nº 2, de 26 de junho de 1997, a
|
1033 |
-
Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de setembro de 1999, a Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de
|
1034 |
-
fevereiro de 2002 e suas alterações, a Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002 e
|
1035 |
-
suas alterações, a Resolução nº 1, de 11 de fevereiro de 2009, e a Resolução nº 3, de 7 de
|
1036 |
-
dezembro de 2012.
|
1037 |
-
|
1038 |
-
GILBERTO GONÇALVES GARCIA
|
1039 |
-
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1040 |
-
16
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1041 |
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